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Terça-Feira, 11 de Abril de 2017 @ 00:00

Ivo Rocha

Ivo fala das expectativas dos radiodifusores da faixa AM sobre o processo de migração para o FMe
Teste

Na entrevista do mês de abril o portal tudoradio.com conversou com Ivo Rocha, conhecido radiodifusor das regiões de São Paulo e Campinas, responsável por rádios como Rádio ABC, Jovem Pan News Campinas e Clip FM. Ivo é um dos radiodifusores que está se preparando para o processo de migração AM-FM para a faixa estendida, conhecida como FMe. 

O radiodifusor contou ao tudoradio.com as suas impressões sobre o processo, desafios, expectativas e os ricos embutidos nessa trajetória.
 
Boa leitura!
 
Ivo, os canais analógicos de TV foram desligados na Grande São Paulo. E agora? Será preciso esperar as demais regiões para o processo andar?
 
Gostaria que não, pois ja foram realizados os testes da faixa estendida (Radio Jovem Pan na grande São Paulo em 84.7 FM). Mas ainda temos duas cidades onde ainda temos o Canal 6, Campinas e Santos, que poderão atrasar a liberação dos novos canais na faixa estendida.
 
Campinas não sera problema pois temos a Serra do Japi entre a cidade e a Grande São Paulo,  mas Santos pode ser um problema. Vamos aguardar uma solução técnica,  ou só em setembro com o desligamento do sinal analógico de TV em Campinas e Santos, o que é muito ruim e prejudicial a população. Infelizmente a Anatel não divulga o novo plano do FMe, que se ja estivesses feito as emissoras ja estariam se preparando.
 
Como será a canalização dos novos canais em FMe (faixa estendida)?
 
Entendo que já deveria estar finalizada para que as emissoras  udessem adiantar os procedimentos técnicos, localização da instalação, que deve ser no município da outorga, salvo casos excepcionais, compra das novas antenas e , se for o caso, nova torre etc.. isso tudo demanda muito tempo.
 
Há alguma previsão de prazo para a realização dessa canalização em FMe? 
 
Não, não há,  infelizmente! Isso é prejuízo muito grande para as emissoras e também para os ouvintes, que alias sempre são esquecidos, e vão ficar ainda um bom tempo ouvindo o sinal do AM.
 
O espectro em FMe conta com espaço suficiente para todas as migrantes em São Paulo e regiões metropolitanas próximas (como Campinas, Baixada, Vale do Paraíba e Sorocaba)?
 
São mais de 36 cidades na Região Metropolitana de São Paulo, temos por volta de umas 35 Emissoras, teremos mais duas de Santos pois serão uma Classe Especial e uma Classe A1 . Até hoje nenhum engenheiro da área conseguiu me dizer como sera feita a canalização e se todas vão se acomodar no novo espectro estendido, tai uma questão que deixa especulações e preocupações.
 
Uma das maiores preocupações com o FMe é a oferta de rádios. Há uma movimentação da industria automotiva para que os novos modelos tenham a faixa estendida. Isso tem andado?
 
Verdade. Um descuido do Governo Federal pois ao lançar o Decreto da Migração já deveria determinar que os novos aparelhos de rádios ja fossem com a faixa estendida, inclusive os instalados nos veículos novos a serem fabricados. Não sei como está a Indústria de aparelhos de rádios no Brasil, mas ja temos em grande quantidade no exterior, a importação é rápida.
 
Agora nas Grandes regiões, caso de São Paulo e outras, a população compra rapidamente os aparelhos, pois são muitas emissoras AMs que vão migrar e de muita relevância, então o mercado de venda de aparelhos vai ferver. Já nas cidades menores vai demorar mais um pouco.
 
Ja nos carros teremos alguma dificuldade poisos mais novos já tem o radio embutido no painel, não sei se podem ser reprogramados, mas na Grande São Paulo isso vai ser muito mais rápido, devido as grandes emissoras que vão migrar. 
 
Caso a indústria acelere o processo de rádios com FMe, como fazer com que a população “troque” os receptores? Principalmente aqueles de casa?
 
As emissoras podem fazer parcerias junto aos fabricantes, Importadoras, grandes lojas e Magazines para uma rápida oferta e a bom preço.  A Abert e as associações estaduais poderiam propor isso. ?As emissoras migrantes também poderiam fazer promoções sorteando aparelhos.
 
Os receptores de FM em celulares e nos carros serão os maiores aliados das emissoras que estarão na faixa estendida?
 
As pessoas ainda ouvem mais rádio em casa, nos celulares ainda não sei dizer, nos carros ouvem cada vez mais pelo transito congestionado etc… Mas as mulheres vão comprar logo o aparelho para ouvirem seus programas favoritos do AM.
 
O processo teve que esperar o desligamento da TV analógica. Isso tem atrasado a migração para o FMe, apesar de testes que não mostram interferências entre os veículos. No que isso pode prejudicar as emissoras AMs?
 
A demora prejudicou muito. O Decreto saiu em 2013, estamos em 2017, e ainda vai um bom tempo ate migrarem todas as emissoras. Poderia ser mais rápido, a população tem pressa o som do radio AAM esta cada vez com mais interferências.  As rádios AMs tem por volta de 15% dos ouvintes de rádios, enquanto o FM tem 85%. É desigual. Muitos profissionais perderam seus empregos por esse motivo.
 
?Esse processo poderia ser terceirizado, o radiodifusor precisa de mais agilidade, as coisas mudaram evoluíram e ainda estamos muito lentos em termos de regulamentos, burocracias etc... 
 
O Ministro Kassab está conseguindo avançar, isso e muito bom, mas precisamos de mais. Uma sugestão seria terceirizar , por meio de um convênio, a fundação CPQD de Campinas a administração do plano básico de canais. Hoje o radiodifusor chega a esperar ate 10 anos para conseguir a aprovação de um aumento de potência. 
Os radiodifusores deveriam ser mais ouvidos pelo Governo. Todo mundo ouve radio, mas parece que nossos governantes não.
 
Para operar simultaneamente, durante os 5 anos, as emissoras terão aumento de custos? Como o ECAD?
 
Sim claro, é não são poucos. O custo com energia elétrica será dobrado. O Ecad já se manifestou que cobrará duas vezes, tanto no AM quanto no FMe, o que é injusto visto que o número de ouvintes será o mesmo,  só que dividido em duas bandas. No caso do Ecad caberia uma providência governamental.  Temos emissoras em São Paulo capital, que pagam por volta de R$ 40 a 50 mil mensais, se for para pagar dobrado fica inviável.  Acho o prazo obrigatório de 5 anos muito longo, o ideal seriam 2 anos, ficando a critério de cada emissora  a opção de ficar mais tempo nas duas  bandas.
 
E como o Grupo ABC planeja trabalhar para popularizar a faixa estendida e suas operações, após o início das transmissões em FM em mercados como São Paulo e Campinas?
 
Temos emissoras am em Santos Santo Andre e Campinas e como estão em regiões altamente habitadas, não vejo problemas, os ouvintes comprarão os aparelhos bem rápido e quanto a programação sera bem adequada sim. E na capital teremos surpresas no Ibope com as novas FMe num prazo de uns 2 a 3 anos.
 
Por fim, como os pequenos e médios radiodifusores estão vendo a Migração na faixa estendida?
 
Estão um pouco inseguros, pois não temos mais informações e não se sabe quais canais serão atribuídos, investimentos e desconfiança no mercado cada vez mais competitivo. Mas cada um sabe como enfrentar o momento difícil e vamos a luta e ao sucesso.Agradeço muito a oportunidade de  falar com os colegas radiodifusores e fico a disposição pelo email: [email protected]
Tags: Ivo Rocha, ABC, migração AM-FM, FM estendido, dials

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Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.










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