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Segunda-Feira, 19 de Março de 2018 @ 00:00

Henrique do Valle | NAB SHOW 2018

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Estamos bem próximos de mais um NAB Show e, conforme anunciado anteriormente pelo tudoradio.com, o portal vai acompanhar de perto as novidades para o setor. E, como aperitivo dessa cobertura, acompanhe o bate-papo com Henrique do Valle, representante da produtora de jingles ReelWorld.

Henrique conhece bem o mercado de rádio norte-americano, este que conta com uma “enxurrada” de notícias positivas de audiência e faturamento. Mas como traduzir isso para o Brasil? 

Caixas inteligentes, internet, aplicativos, interação com os artistas, formatos de rádio, pesquisas… o bate-papo com o Henrique passou por esses temas. Vale lembrar que o profissional será um dos palestrantes da programação da AESP/ABERT para o NAB Show em Las Vegas.

Ah, e o próximo Painel tudoradio.com será com ele mesmo, direto de Las Vegas, onde o portal terá a oportunidade de ampliar a discussão sobre esses temas.

Então aproveite o “aquecimento NAB Show”: boa leitura!


Henrique, para começarmos, precisamos fazer um gancho entre o mercado daqui (brasileiro) e o daí (norte-americano). Quais são as principais semelhanças entre esses dois universos, até para efeitos comparativos?

Vejo que algumas emissoras estão se dedicando em uma maior interação com shows de artistas. Aqui as grandes networks fazem isso e solidificam o gancho entre ouvinte/emissora. Alem disso, todas estão vendo a necessidade de estarem on line. Com a diversidade de onde o ouvinte pode ouvir o conteúdo  - quando me refiro sobre conteúdo, me refiro as musicas, plásticas, locutores,  remixes exclusivos, entrevistas com artistas - é necessário que a emissora esteja engajada em ter tudo isso, caso contrario ela não vai encarar a competição de hoje. Hoje vejo por exemplo em São Paulo, a Mix FM, Metropolitana, trabalhando muito bem as ações promocionais. O ouvinte sabe que essas emissoras tem o artista de perto, e sabe que la vai poder ouvir coisas que outras emissoras não transmitem, porque não tem essa grande relação com os artistas, talvez porque seja uma radio menor. No entanto, mesmo ela sendo uma emissora menor, e importante que ela esteja presente no evento daquele determinado artista, e criar um relacionamento com ele, para que quando ele se apresente naquela região, o artista faça questão de visitar aquela emissora. Isso e feito com muito efeito com as emissoras americanas.

Nos últimos anos o rádio dos Estados Unidos tem acompanhado uma enxurrada de notícias positivas, como aumento da audiência (inclusive a offline), a importância do rádio na hora da venda… o que impulsionou isso na sua visão?

Tudo que se faz aqui é baseado em pesquisas. As radios analisam o comportamento das pessoas, do seu publico. Portanto as emissoras sabem o que o ouvinte gosta de ouvir, comer, beber, fazer no dia a dia. Tendo essas informações, as radios preparam um menu exclusivo para elas. As radios aqui são extremamente segmentadas e elas se preocupam em ser a numero 1 dentro do seu segmento. Por isso que na hora da venda, voce não precisa convencer muita a agencia ou o cliente….a coisa é obvia. Aqui em NY, se a meta é atingir o publico jovem, especialmente as mulheres na faixa de 12 a 25 anos, o tiro certo é a Z100.  

O Estados Unidos é um farol para o Brasil? Com acesso a mais pesquisas que nós, esses dados positivos podem animar o rádio brasileiro? 

Com certeza! Porém acho que as radios no Brasil se dispersam em obter o primeiro lugar a todo custo, mas esquecem de focar em qual e o seu público alvo. Digo de uma maneira geral, não que isso seja implantado por todas. Mas eu ja ouvi emissoras que em 24 horas tem quatro formatos completamente diferentes. Uma total salada e isso na minha opinião não é uma forma válida da emissora criar uma identidade.

Você acredita que um maior volume de formatos de rádios em mercados médios e grandes trás mais ouvintes para o meio ou isso não está relacionado à alta do rádio nos EUA? Caso sim, isso serve para o Brasil?

Eu acho que não. Tudo depende da região que você esta implementando uma emissora. Como a coisa e super segmentada, talvez em uma região onde o demográfico e mais voltando para o ouvinte qual, classe media, sexo masculino predominante, cuja renda anual e de US$60K por ano, o formato da emissora vai ter atrair esse publico. Uma radio adulta tocando smooth jazz nessa região não vai funcionar. Tudo depende do seu público. 

A audiência web (aplicativos e desktops) já faz muita diferença no dia a dia das rádios norte-americanas?

Sim! Pra você ter uma ideia quase que 67 milhões de americanos usaram serviços de musicas online em 2017 - media de 14 horas e 39 mins por semana. Quase que 56% de toda a população americana que usa internet serão usuários de radios on line em 2018. Ou seja, o radio e uma midia que é usada pelos americanos de uma forma extremamente dinâmica, seja on line ou “terrestre”. Com essa grande competição, se a emissora não tiver uma dinâmica com conteúdo diferenciado, uma plástica atraente, locutores com carisma que sejam pessoas capazes de entreter, e uma programacao voltada para o publico especifico, a chance dela quebrar é muito grande. 

Esses problemas de falência de grandes grupos de mídia nos Estados Unidos estão relacionados ao modelo de negócio norte-americano (de fusões) do que propriamente da eficiência dos veículos?

Sim. O exemplo foi a gigante iHeart Media. Ela que era conhecidas como Clear Channel Communications e se transformou em um grande conglomerado de media com 850 emissoras de radios, além de outras entidades. Apesar deles terem tido um aumento de faturamento na ordem de US$2.4 milhões durante o ultimo trimestre de 2017.  A IHeartMedia, uma das maiores empresas de rádio do mundo, está buscando proteção contra falências como parte de um acordo com seus credores para reduzir a dívida que tomou para se tornar uma empresa privada.

A empresa anteriormente conhecida como Clear Channel Communications vai operar seus negócios como de costume enquanto reestrutura suas finanças para reduzir a dívida em mais de US $ 10 bilhões.

O mercado de smartphones dos EUA é dominado pela Apple. Na sua opinião a discussão da liberação da sintonia FM nesses aparelhos é algo superado em território norte-americano ou ainda poderemos ter novidades nesse sentido? 

Acredito que sim pois devido as constantes catástrofes que acontecem por aqui, lembre-se que ano passado tivemos três grandes furacões que acabaram derrubando a comunicação em varias partes dos Estados Unidos (Texas, Florida e Porto Rico). A pressão e grande na FCC, mas a Apple é muito poderosa, mas acredito que em breve tenhamos algumas novidades.

E as caixas de som inteligentes? Podem beneficiar ou atrapalhar o rádio? Algumas emissoras dos EUA já indicam para a audiência a possibilidade de ouvir essas rádios através desses dispositivos.

Isso é o assunto do momento! Essa onda de caixas de som inteligente e iInteligência virtual, são tópicos que estão tomando uma grande dimensão Já nas ultimas Olimpíadas de Inverno, a NBC ofereceu uma transmissão via Inteligência Virtual jamais feita antes. E as grandes networks como a própria iHeart ja esta presente nessas caixas de som inteligente. Logo pela manha o ouvinte levanta e ja “fala” com a “Alexia”, e ja pede para ligar na Z100, porque ja quer ouvir o programa do Elvis Duran”. Mais uma vez é aquele lance de fidelidade!

Estamos a quatro semanas da NAB SHOW. O que podemos esperar do evento? Algo deve chamar mais a atenção do setor de comunicação neste ano?

A NAB traz todos os anos inovações tecnológicas. Eu acredito que o grande gancho esse ano seja a realidade Virtual. No entanto, um recado aos profissionais de rádio que querem saber mais sobre pesquisas de comportamento, conteúdo, plástica e tudo relacionado ao branding, o evento do momento e o http://www.worldwideradiosummit.com/. Este sim e um evento para programadores, e diretores de radio pois e mais focado nesses assuntos. A NAB na minha opinião não da muito foco nesse aspecto quanto ao Radio Summit.  

Conte um pouco mais como será o evento da AESP/ABERT dentro da NAB Show. Você está entre os palestrantes? Pode nos dar uma “palhinha” sobre o que você irá discutir?

Iremos falar sobre a realidade do radio nos Estados Unidos e das diferentes coisas que as radios aqui fazem para ter o faturamento que tem. Na verdade sinto o Brasil bem desmotivado nessa questão e esse papo vai com certeza mostrar o outro lado da moeda! O rádio ta bombando aqui nos US, e com certeza pode bombar igualmente no Brasil! 

Tags: Henrique do Valle, iHeart Media, rádio, EUA, pesquisa, audiência, caixas inteligentes, aplicativos, formatos

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Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.










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