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Terça-Feira, 02 de Fevereiro de 2010 @ 00:00

Tatiana Hovoruski

Teste

2010 chegou e o Tudo Rádio começa o ano com tudo. Em entrevista, a musa da Nativa FM 95,3, Tatiana  Hovoruski conta tudo com exclusividade sobre a carreira, curiosidade e os bastidores da rádio que é uma das três primeiras colocadas (segundo dados do Ibope) na capital paulista.

Tati, de onde vem à paixão pelo rádio?

Na verdade eu fui me apaixonando, pelo rádio... Ao contrário da maioria dos locutores, eu nunca sonhei em trabalhar em rádio... Caí meio que "de paraquedas", rsss... Eu fazia a faculdade de arquitetura, em campinas, interior de São Paulo... Tinha acabado de passar para o quarto ano e era amiga de uma locutora que na época trabalhava na Educadora FM ( Fernanda Pavani)... Certa vez, quanto fui visitá-la na rádio, o coordenador na época  me ouviu falando ao telefone e disse que eu tinha uma boa voz... Nem dei atenção, disse que meu negócio era desenhar e não falar... Três meses depois,  ele me chamou para fazer um teste, eu fiz, passei, larguei a faculdade de arquitetura e estou aqui , há vinte anos.... Não me pergunte o porque, mas senti que tinha que aceitar...

Resultado: ganhei duas grandes paixões... O rádio e meu marido, que era o “tal coordenador” rsss coisas do destino que ninguém consegue explicar...

O começo de tudo foi na Educadora FM 91,7 em Campinas? Com quantos anos?

Quer entregar minha idade né???  Eu era uma menina praticamente rss... Foi no carnaval de 1989, tinha 20 anos ....  Mas fiquei pouco tempo na educadora (cerca de três meses)...  Não deu nem tempo de saber  o que era o rádio e o quanto de responsabilidade que esse veículo nos impõe... Considero na verdade minha primeira rádio, a Transamérica de Curitiba que trabalhei por dois anos e meio... Depois em 1991 fiz a Transamérica do Rio de Janeiro, em  1992 a extinta rádio Cidade do Rio... Depois vim para São Paulo e  então trabalhei na Transamérica, Jovem Pan 2, Band FM e finalmente vim para Nativa, dia 13 de agosto de 2001... Até que eu andei né ???

Você por muitos anos fez um estilo totalmente diferente de locução na Jovem Pan 2. Qual a maior dificuldade que você encontrou na locução popular?

Nenhuma!!!  Na verdade me ajudou demais... Minha locução hoje é muito diferente das rádios populares justamente por isso, minha escola é o rádio jovem... Então eu não tenho muito aquela coisa melosa, de falar toda meiguinha.... Tenho um “time” mais acelerado, sou direta, não enrolo... Sou totalmente “moleca” no ar ( até assovio as vezes)... O que pra mim não é muito difícil, afinal de contas, como diz meu filho “minha mãe é misturada com criança”, rsss ...

Mesmo no programa romântico que faço, não sou melada... Falo num tom mais baixo, coloco mais a voz, uso os graves, a interpretação... Mas não arrasto....

Qual desses estilos você se identifica mais?

As rádios jovens têm seus encantos.... Mas as populares são demais!!! Pra nós comunicadores, não dá pra comparar... Nas rádios jovens os ouvintes nem sabem direito quem está ali falando... (salvo algumas exceções)  querem ouvir música... Já a rádio popular e principalmente a Nativa, tem uma relação muito íntima com os ouvintes... Fazemos parte da rotina deles, da vida deles... Pra se ter uma ideia, tenho ouvintes, que na mesa do café tem um lugar para mim... Eles colocam o rádio ocupando  um lugar como uma pessoa da família... Isso não tem preço... Esse é um de vários e vários exemplos, que se fosse contar, precisaria de outra entrevista .... Rádio popular é muito, muito, muito, boa !!!!

Se pudesse escolher um determinado estilo de programação, qual estilo você gostaria de fazer?

Sou meio eclética pra música, se fosse fazer uma rádio não teria nenhum estilo, porque gosto desde Chico Buarque à Fabio Jr., de “ Supertramp e Journey”  à Kelly Clarkson...

Mas também têm alguns pagodes que me agradam, sertanejão raiz, romântico e até rap... Só não sou muito ligada em funk ...

O carisma da sua voz reflete uma mulher forte e determinada. Qual o segredo para estar sempre com alto astral?

Sou determinada mesmo... quando quero uma coisa luto até acabarem minhas forças, me empenho...... trabalho mesmo... trabalho duro... sou caprichosa e até um pouco ciumenta com meu trabalho... e tenho que confessar que até agora consegui conquistar tudo aquilo a que me propus  alcançar...  quanto a minha alegria, bem... dizem que quando nasci eu não chorei... dei uma gargalhada pra vida... mas essa minha determinação pode ser um  dos segredos da minha alegria também... tenho prazer em tudo que faço... amo de verdade o que faço... amo a vida.... e sou muito grata a Deus por tudo que tenho e conquistei...

Seu dom para o romântico é evidente, esse é o estilo de programa que você mais se identificou?

Não é dom não... Apenas sou mulher.... E toda mulher é romântica, não adianta negar... Umas demonstram mais outras menos, mas nesse caso não tem exceção.... Aí aproveito o programa pra colocar pra fora tudo que sinto...

O Paixão Nativa é o programas mais ouvido do segmento romântico, a que você atribui esse sucesso?

Eu acredito que não exista uma fórmula mágica para o rádio... Mas eu costumo trabalhar com a verdade... Nesse programa tem sempre uma mensagem no final, são fábulas, poemas, textos de auto ajuda, etc... Eu escolho pessoalmente cada texto, ou por muitas vezes escrevo o que sinto... Recebo centenas de mensagens todos os dias, mas se o texto não me toca... Não vai pro ar!!! E nos recados procuro me colocar no lugar do ouvinte, passar a verdade deles em cada palavra... Pra mim, só funciona assim...

Você é casada com o Alexandre Hovoruski (um dos grandes profissionais do rádio do país), ele te da muitas dicas?

Tenho que confessar que até hoje tenho um certo receio de perguntar a ele como estou e o que preciso mudar... (ele é muito crítico e se não gosta de alguma coisa ele fala mesmo... precisa estar muito, muito  bom para ele fazer qualquer elogio)  mas eu acabo  perguntando e ele me ajuda muito...

Mas elogios, posso contar nos dedos os que ele me fez nesses 20 anos... O que é bom, pois sempre procuro melhorar...

Como é sua relação profissional com ele? (Alexandre Hovoruski)

Ele é meu ídolo, sempre foi... Sei que sou suspeita pra falar, mas não existe no mercado um profissional tão completo como ele... Costumo dizer que “ele é o cara”!!!!

Muito do que sou  profissionalmente, devo a ele...

Como é fazer parte da equipe Nativa FM?

É como fazer parte de uma família... Lutamos juntos, sorrimos juntos, brigamos, choramos... E perdendo ou ganhando permanecemos juntos... Somos parceiros, cúmplices.... Quando um cai, tem sempre uma mão pra  segurar...

Posso classificar essa equipe da nativa como "rara"... Não se encontra em qualquer lugar...

O ambiente da equipe é muito bom. Qual o segredo para essa harmonia?

Vou resumir em uma palavra "respeito"... A equipe, embora muito pequena, é muito forte... Com profissionais incríveis... Somos fãs uns dos outros... Nos respeitamos e admiramos o trabalho e o talento de cada um ... E isso nos torna diferentes, únicos.

O que você destaca na Nativa FM para estar entre as três primeiras colocadas? (segundo dados do Ibope)

Sem dúvida nenhuma a comunicação da rádio... Como já disse, temos uma intimidade única com os ouvintes... um laço afetivo e verdadeiro com cada um deles... É um respeito com esse ouvinte, que poucas rádios têm... E eles (os ouvintes ) percebem isso... Sabem que na nativa vão encontrar uma rádio  que, como costumo dizer, "não é feita de qualquer jeito não”!!!!

Além de fazer a Nativa FM e ser coordenadora na Conteúdo Radiofônico, você desempenha outro trabalho ligado ao rádio?

Já fiz, não faço mais... Já trabalhei dois anos e meio, fazendo cabine, no SBT... Já fui voz padrão da Rede Mulher e fiquei mais de um ano na “Conteúdo”... Mas sabe como é.... Nas minhas horas vagas, tenho que ser dona de casa, esposa e mãe... Imagine: casa, marido, dois filhos e dois empregos...  É complicado...

Hoje até faço alguns ofs, pra Tv Band... mas nada fixo.... Só a rádio mesmo.

Novos profissionais estão surgindo no mercado, muitas vozes femininas têm você como referencia. Como se sente sendo o espelho de muitas delas?

É uma honra... Fico feliz demais... Quem diria que um dia eu seria referência de alguma coisa, rsss

Qual sua maior realização profissional?

A que ainda está por vir...

Estou sempre em busca de algo novo, diferente, de um aperfeiçoamento...

Qual foi o momento de maior alegria na sua carreira?

Nossa... Tantos!!! Que difícil responder com um exemplo só... mas vamos lá: em Curitiba, quando a Transamérica foi segundo lugar no ibope geral e primeiro no segmento jovem... foi inesquecível!! Como era a minha primeira rádio, de verdade e tinha uma equipe muito pequena, a gente fazia de tudo, até telefone, um locutor atendia para o outro... não tínhamos estrutura nenhuma (não tinha nem cadeira pra sentar, rss... É verdade!!! Eu fazia dupla, ou casal como se fala hoje, com o "saudoso" locutor Roger Villela e no studio só tinha uma única cadeira para o locutor do horário... então a gente pegava a lixeira colocava uma tampa de madeira, sentava e fazia o horário feliz!!! Nem blindado o studio era)... E vencemos, na raça, no gogó e no suor de cada um...  Lembro como se fosse hoje, quando chegou o resultado da pesquisa... eu saí gritando e chorando pela rádio toda... a gente se abraçava e chorava... foi incrível...  Posso dizer que foi um dos momentos mais felizes de minha carreira....

O crescimento da internet ameaça de alguma forma o radio?

Na minha maneira de ver, não... Porque fazer rádio boa e ao vivo, custa muito caro e dá trabalho... E a internet, ainda vai demorar um bocado pra dar um retorno financeiro significativo...

Existem várias rádios na internet... Mas  a grande maioria é gravada, com uma programação que roda sozinha, não tem o "frescor e a emoção” do estar ao vivo... De poder surpreender o ouvinte... De mudar uma música na "hora" porque combina mais com o clima que está fazendo no dia... Ou porque o ouvinte pediu... E no caso das rádios populares, mais ainda... Primeiro, porque o acesso a internet é bem menor, depois porque na internet não se manda beijo, não se oferece música, o ouvinte não fala no ar... Isso sem falar que a conexão cai, picota, tem que fazer download de novo, o provedor dá defeito, rssss

Mas é indiscutível, que a internet é uma realidade, que cresce a cada dia, e em alguns anos, será parte fundamental de uma rádio, mas jamais a substituirá. Por exemplo, a nativa será sempre ouvida, ou via FM, internet, rádio satélite, celular, etc.

O bacana hoje da rádio internet, é que ela já atende a alguns nichos que o rádio não consegue, ou não quer atender, como por exemplo, rádios de música clássica, jazz, smooth jazz, anos 60,70, 80, heavy metal, e até rádios rock, que tem hoje um público completamente carente.

O rádio ao vivo é mágico, consegue surpreender de uma maneira única...  É a arte da imaginação, da emoção... E isso não acaba!

A discussão em torno da implantação do rádio digital no país está cada vez mais acirrada. O que você acha da chegada do rádio digital no Brasil?

Sinceramente, em minha opinião acho que o rádio digital demorou tanto, que no momento estou bastante pessimista a respeito.

A diferença sonora (qualidade de áudio) não é lá tão grande assim e o “multicast” (várias emissoras na mesma frequência) ainda vai gerar muito debate...

É importante lembrar que a entrada do rádio digital significa que todo mundo vai ter que trocar o seu rádio de hoje para um rádio digital para poder ter as vantagens desse sistema. Já imaginou o tempo que isso vai levar?

Além disso, as empresas de telefonia estão investindo um caminhão de dinheiro no transporte de dados, e cada vez será mais fácil ouvir as rádios no celular, ou no seu computador, e até no seu carro, via internet, e diferente do rádio digital, isso já está acontecendo.

A Nativa FM  por exemplo já está nos iphones. Então  existe uma grande possibilidade  de as rádios estarem bem mais difundidas em transmissões via internet, do que o rádio digital.

Bom Tati, o Tudo Rádio agradece a oportunidade que você nos deu de conhecer um pouco mais sobra sua carreira e seu talento, agora abro esse espaço para que você possa deixar uma mensagem a todos aqueles que admiram e acompanham seu trabalho.

O que posso dizer, além de obrigada, é que me considero uma pessoa de sorte... Amo o que faço, me divirto e tenho prazer cada vez que entro no ar, sou apaixonada pelo ser humano e é maravilhoso saber o quanto nós, comunicadores, podemos transformar o dia dessas pessoas que nos ouvem, apenas com uma palavra...  E ainda por cima, ganho a vida com isso!!! Vê se pode???

Um grande beijo a todos...

Tags: Nativa

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César Porto

César Porto é jornalista e radialista. Iniciou sua carreira em São Paulo com passagem pela rádio Iguatemi AM da Rede Mundial, entre outras FMs da capital. Atualmente est? na Minas FM 91.5 do Sul de Minas Gerais. Participa da equipe do Tudo Rádio.com desde 2008.










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