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Terça-Feira, 26 de Abril de 2016 @ 07:44

Especial: Possível limite na banda-larga pode forçar uma adaptação das rádios on-line

São Paulo - Possível limite no consumo de dados da internet banda-larga vai na contramão da tendência mundial

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Atualizado - 10h46

Um dos assuntos mais discutidos no país é a possibilidade de as operadoras de internet adotarem limites para consumo de dados na utilização da internet banda-larga, prática já existente nos pacotes de internet móvel. Apesar de ser uma reivindicação antiga das operadoras, o tema é polêmico e aponta uma tendência contrária do que ocorre no resto do mundo. Caso seja limitada a internet para os usuários, o mercado de rádio vai precisar se adaptar com um ouvinte que estará preocupado com o consumo de seus dados. Outro ponto que preocupa é o custo, já que o limite também poderá afetar quem transmite. Acompanhe:
 
Caso o limite de dados trafegados seja implantado no Brasil, o único ponto positivo para o rádio on-line é vencer uma eventual concorrência com outros serviços de streaming (destaque para os vídeos). A maioria das emissoras brasileiras atua com uma taxa relativamente baixa no streaming, oscilando entre 32kbps a 64kbps (pratica adotada pelo mercado devido a limitação já existente na rede móvel - 3G/4G). Ou seja, o streaming de rádio deverá estar longe dos "vilões" do consumo de dados, tendo o vídeo em alta definição e os jogos on-line como os principais "ladrões" de dados. Porém o limite no consumo de dados passa longe de um cenário ideal para o rádio on-line.
 
Com um possível limite mensal para os usuários (planos de 160GB a 800GB), as rádios deverão adotar taxas de streaming cada vez mais baixas. Isso poderá influenciar diretamente na compatibilidade dessas tecnologias (caso adote um AAC+ para ter uma qualidade de áudio superior) ou a qualidade do áudio emitido. O consumo seria considerável para aqueles usuários que ficam "pendurados" o dia todo no áudio in-line, uma prática crescente do país. Com o limite, aumenta o custo nas duas pontas, principalmente para aqueles que transmitem os áudios on-line (como emissoras - que precisarão de planos de internet com um elevado limite de dados para manter a transmissão durante 24 horas por dia - como também as empresas de streaming).
 
Consumo
 
O Tudo Rádio ouviu empresas parceiras que atuam na área de streaming e rádios on-line. O cenário hipotético em questão: uma pessoa consome de "banda" cerca de 56 megabytes em 1 hora ouvindo uma rádio a 128kbps (alta qualidade de áudio). Se colocarmos uma média de 4 horas por dia, seriam 200mb de dados consumidos. Caso o usuário em questão tenha 10GB de franquia, ele vai conseguir ouvir normalmente como é hoje. Porém esse consumo é compartilhado com outros serviços, devido o perfil de navegação do usuário de internet.
 
Resumindo: é possível que o usuário não deixe de ouvir rádio on-line, mas é bem possível que essa qualidade de áudio seja drasticamente reduzida, evitando prejudicar o ouvinte no consumo de sua franquia e baixando os custos para as rádios.
 
Contramão
 
O limite vai na contramão de várias tendências, inclusive nos formatos de transmissão de streaming. Em AAC+ e via Wowza (servidor comum utilizado em Flash Player) é possível manter uma qualidade de áudio relativamente boa, com taxas baixas como 32kbps. Porém esse formato está cada vez mais incompatível com as atualizações tecnologias dos navegadores (como o Google Chrome). A tendência é utilizar o formato MP3 em servidores Shoutcast e Icecast, porém esse formato com uma taxa baixa de kbps diminui consideravelmente a qualidade do áudio transmitido;
 
Já para as rádios físicas um eventual limite também é ruim: além de um possível aumento no custo para transmitir via internet (a maioria das emissoras brasileiras disponibilizam seu áudio ao vivo via internet), os principais institutos de pesquisa estão considerando a audiência on-line. O mercado cresce, rádios ganham universo e até fortalecem a presença no FM/AM com o avanço do áudio via streaming. Mas um eventual limite no consumo dos dados da internet banda-larga pode desacelerar o avanço desse cenário. 
 
A palavra "retrocesso" foi utilizada pela maioria dos profissionais da área ouvidos pelo Tudo Rádio.
 
Rádio já convive com limites
 
O streaming de rádio já convive com um "universo de franquias limitadas". Trata-se do celular, onde o consumo de dados 2G/3G/4G é controlado pelas operadoras. E os planos disponíveis no mercado são modestos: 10MB por dia, 50MB por dia, 300MB por mês, 1GB por mês, 3GB por mês, entre outros. Franquias acima de 3GB por mês não é algo comum entre os usuários da telefonia móvel no Brasil devido o custo desses pacotes. 
 
Para atingir esse universo o rádio tem trabalhado com baixas taxas no streaming (32 a 64kbps).
 
Outro detalhe interessante: diferentes modelos de celulares costumam informar o consumo de dados nas redes móveis. Porém o mesmo não se aplica ao Wi-Fi. Ou seja: controlar franquias para conexões via banda-larga não é um universo comum. Nesse cenário (para usuários que ouvem rádios via streaming no celular, porém em conexões Wi-Fi) um eventual limite poderá incomodar.
 
Pressão contrária
 
A pressão popular e de empresas que atuam na internet pode impedir a adoção desses limites de consumo de dados na franquia de internet banda-larga. Gigantes da internet são contrárias a adoção do controle, além do apoio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que notificou a Anatel sobre a implantação dos limites. Ontem (25) a agência informou que desistiu de autorizar operadoras a limitar banda larga, porém a ação ainda não é definitiva.
 
Outro ponto importante é a concorrência que um eventual limite pode gerar entre as empresas que oferecem serviços de acessos de conexão banda-larga. Várias operadoras já se manifestaram previamente que não irão limitar o consumo de franquia de dados. Ou seja, é possível que existam saídas mesmo após a adoção do limite na internet banda-larga.
 
Curiosidade - O Tudo Rádio chegou a publicar um artigo sobre tendências do streaming. Clique aqui e leia sobre.
 
Tags: Rádio, streaming, Anatel, internet

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Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.



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