Audiência de áudio cresce nos Estados Unidos no 3º trimestre; rádio mantém papel central no consumo

O consumo de áudio nos Estados Unidos apresentou crescimento no terceiro trimestre de 2025, consolidando o rádio como o principal meio do segmento. De acordo com o relatório The Record: Q3 U.S. Audio Listening Trends, elaborado pela Nielsen em parceria com a Edison Research, os norte-americanos dedicaram em média 3 horas e 53 minutos por dia ao consumo de conteúdo sonoro — tempo ligeiramente superior ao registrado no trimestre anterior, que foi de 3h50.O levantamento mostra que 64% de toda a escuta diária é composta por conteúdos com suporte publicitário, percentual idêntico ao do segundo trimestre.

Dentro desse universo, o rádio AM/FM segue como o maior responsável pela audiência, concentrando 62% do tempo diário dedicado ao áudio com anúncios. Em seguida aparecem os podcasts (20%), os serviços de streaming musical (15%) e o rádio via satélite (3%). Apesar da leve redução em relação ao trimestre anterior (quando o AM/FM registrava 64%), os números confirmam o papel central do meio no ecossistema de áudio norte-americano. Somados, rádio e podcasts representam 82% do consumo de áudio com publicidade, consolidando-se como as plataformas de maior alcance e engajamento entre os ouvintes.

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Os dados também indicam uma diversificação dos hábitos de escuta, com o público alternando entre transmissões lineares e digitais das próprias emissoras. A pesquisa reforça que a tendência observada é uma migração interna dentro do universo do áudio com anúncios, e não uma perda de relevância do rádio tradicional.

No detalhamento por formato, o relatório aponta o News/Talk (jornalismo e talk shows) como líder entre adultos a partir de 18 anos, com 10,6% da audiência total do AM/FM, ligeiramente abaixo dos 10,9% observados no trimestre anterior. O formato adulto Contemporâneo manteve estabilidade com 7,2%, enquanto o Country oscilou de 6,2% para 6,1%.

Outro destaque foi o avanço das emissoras esportivas em ambiente digital. As rádios All-Sports responderam por 10,4% do total de streaming de emissoras AM/FM, crescimento em relação aos 9,6% do trimestre anterior. Entre os ouvintes de 18 a 34 anos, o gênero alcançou 11,5% de participação, reforçando a tendência de expansão do conteúdo esportivo no digital.

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Entre os ouvintes acima de 35 anos, o rádio mantém posição de liderança absoluta: esse público destinou 71% do tempo de áudio com anúncios ao AM/FM, com os formatos News/Talk, Classic Hits e Country acima de 5% cada. Já no público mais jovem, a distribuição entre rádio, podcasts e streaming musical manteve-se equilibrada, com estabilidade nos percentuais em relação ao segundo trimestre.

O relatório conclui que, apesar da crescente fragmentação do consumo de mídia, o rádio permanece como o meio de maior alcance nos Estados Unidos, sendo a principal base para anunciantes em campanhas de áudio. Segundo a Nielsen e a Edison Research, mais de 93% dos ouvintes de rádio no país sintonizam semanalmente alguma estação afiliada a redes nacionais, reforçando o poder e a consistência do meio no cenário multiplataforma.

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Ilustração / tudoradio.com

E por qual razão olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

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