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Terça-Feira, 14 de Junho de 2016 @ 00:00

Rubens Olbrisch

Entrevista com o presidente da ACAERT, que realiza um balanço do congresso realizado em maio
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Em maio o Tudo Rádio acompanhou de perto o 16º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão, realizado em Florianópolis e que reuniu nomes importantes da comunicação nacional. Temas vitais para as emissoras de rádio estiveram na pauta de discussões no evento realizado pela ACAERT. 

Entrevistamos Rubens Olbrisch, presidente da ACAERT (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão), que realiza um balanço do congresso, além de destacar pontos importantes dos temas que movimentaram os painéis em Florianópolis.
 
Acompanhe!
 
Rubens, primeiro eu gostaria de agradecer a atenção com os leitores do Tudo Rádio. Durante a cobertura do congresso, percebemos vários radiodifusores comentando sobre o tamanho e o grau de importância da edição deste ano. O que possibilitou esse crescimento do evento? O momento atual da radiodifusão influenciou nesse cenário?
 
Olá Daniel, Massaro e toda a equipe do Tudo Rádio. É um prazer poder responder aos questionamentos do portal mais abrangente e importante do Brasil, quando se trata do meio rádio. Obrigado pelo interesse na entrevista. Quanto ao Congresso, acredito que o crescimento do nosso evento é um desafio natural que a ACAERT se impõe a cada nova edição. Realmente as metas foram ambiciosas, tínhamos que ajudar a esclarecer o radiodfisusor quanto a migração, debater as mudanças na legislação eleitoral e defender a regionalização da mídia. Também discutimos o atual momento político e de produção de conteúdo através de nomes de peso no cenário nacional como: Sônia Bridi (Globo), Ricardo Boechat (Band), Eduardo Ribeiro (Record) e Roberto Franco (SBT). Enfim, acredito que percebemos quais eram as demandas da radiodifusão e buscamos os melhores especialistas para atender essas necessidades. Destaco ainda a parceria do meu vice-presidente Saul Brandalise Jr., e da equipe da ACAERT, que me ajudaram a garantir o sucesso do evento.  
 
O balanço do congresso foi positivo para a ACAERT? Apesar do fraco momento econômico do país, o congresso deu uma injeção de ânimo nos radiodifusores?
 
Acredito que acertamos ao mostrar alternativas de comercialização e vendas nas emissoras, boas práticas de gestão e a importância de produzir conteúdo de qualidade para fidelizar os nossos ouvintes e telespectadores. Esse tripé – Comercial, Gestão e Conteúdo – é o pilar de sustentação de qualquer emissora, especialmente em momentos de crise. Por outro lado, não fomos imprudentes em mostrar um país que não existe, debatemos a atual realidade econômica e política com transparência, até porque, só seremos capazes de superar a crise, se não nos iludirmos com realidades contaminadas por otimismo em demasia ou ideologias políticas. 
  
Uma das principais demandas cobradas pelas entidades durante o congresso é a fiscalização de rádios clandestinas e RADCOM. A ACAERT acredita que haverá uma melhora no cenário em curto prazo?
 
A cobrança em uma fiscalização mais efetiva vai além de uma defesa exclusiva das emissoras comerciais. Quando pedimos uma fiscalização mais efetiva das rádios clandestinas e contra a atuação comercial ilegal das comunitárias, queremos equilibrar a concorrência do mercado, profissionalizando todo setor. Não é justo que o radiodifusor comercial esteja sujeito a multas, encargos e fiscalização quando rádios piratas e comunitárias agem acima da lei. Reitero que queremos a punição criminal das emissoras piratas, mas não somos contra a atuação das comunitárias, desde que elas respeitem a legislação que regula o nosso setor. Esperamos que o novo Ministério, formado por gente extremamente qualificada, consiga solucionar essa questão a curto prazo, essa é nossa expectativa.
 
A migração AM-FM deverá fortalecer o mercado de rádio? Como a ACAERT vê o processo para Santa Catarina? Haverá maior competitividade nos mercados catarinenses com essas “novas FMs”?
 
A Migração é, sem dúvida, a melhor notícia para o mercado de rádio das últimas décadas. Ela vai dar sobrevida comercial a todas as emissoras, aumentando a concorrência, é verdade, mas consequentemente elevando também a qualidade do produto, com isso ganham os ouvintes e o mercado como um todo.  Destaco e valorizo aqui o papel da ABERT, que foi fundamental para viabilizar a migração, tanto do ponto de vista político como econômico.
 
A expectativa é de contar com quantas migrantes AM-FM até o final de 2016? E quando a primeira migrante catarinense deverá ir ao ar em FM?
 
Nossa expectativa é ver todo o primeiro lote operando no FM até o final deste ano, o que em Santa Catarina significam 45 emissoras. Temos cinco emissoras que estão no lote pioneiro, que é como estamos chamando as emissoras que já receberam a autorização para migrar, nesse grupo, acreditamos que até agosto já teremos uma ou mais operando na nova faixa. As cinco emissoras já liberadas são das cidades de: São Joaquim, Jaraguá do Sul, Ibirama, Lages e Braço do Norte.
 
A parceria com a ALESC na produção de conteúdos como o programete “Notícias em 1 Minuto” também teve destaque no congresso e nas conversas entre os radiodifusores. É um case de sucesso? Quais são os principais resultados sentidos pelas emissoras catarinenses?
 
O convênio entre a ALESC e a ACAERT é o maior case de regionalização de mídia do qual temos conhecimento no Brasil. Todas as emissoras do Estado estão contempladas no convênio, respeitando uma realidade técnica e transparente. Importante destacar o profissionalismo com que a diretoria de comunicação da ALESC conduz a produção deste conteúdo, priorizando informações de interesse do cidadão, sem personalizar ou favorecer qualquer político ou partido. É, sem dúvida, um exemplo de sucesso, inaugurando um novo conceito na comunicação de instituições públicas, que deveria ser copiado em outras esferas de poder e em outros estados do país.
 
No congresso havia a presença de representantes de diferentes entidades do setor, inclusive de outros estados (como a AESP). É possível dizer que hoje existe uma maior integração entre as entidades que representam o meio? Como isso tem ajudado o rádio?
 
Tivemos o privilégio de contar com um público qualificado, formado por representantes de diversas entidades do setor da radiodifusão como AESP, AERP, ABERT, AGERT, FENAERT além de sindicatos e outras entidades do Trade da Comunicação. Somos muito gratos por esse reconhecimento e prestígio. Usamos como exemplo aqui em Santa Catarina, de que somos um dos poucos Estados em que os representantes de todas as emissoras, inclusive as TV’s, se sentam para discutir ações integradas em prol do setor. Para o meio rádio isso é fundamental, posso citar o exemplo do nosso constante apelo para que a inciativa privada e os órgãos públicos, apliquem suas rubricas de comunicação respeitando o lugar do Rádio no mercado da comunicação, ou seja, destinando a segunda maior fatia do bolo publicitário em mídia para o Rádio. Não menosprezamos a internet, e respeitamos sobremaneira o jornal. Mas, defendemos que o Rádio deve ser contemplado conforme sua capilaridade e eficiência de comunicação, um meio que oferece resultados concretos para todos os tipos de anunciantes.
 
Como a ACAERT viu a junção do Ministério das Comunicações com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações?
 
Acreditamos que são áreas que possuem muita afinidade e similaridade, portanto, é uma forma inteligente de reduzir a máquina pública, algo que cobramos muito dos governantes através dos nossos meios de comunicação. A eficiência de resultados com essa fusão só depende de uma gestão que tenha energia e vontade de empreender, se mantendo próxima ao setor da radiodifusão, para construir em conjunto uma política pública que atenda a todas as necessidades do setor.
 
E o novo ministro, Gilberto Kassab. Qual a avaliação sobre sua indicação para o comando do novo ministério que integra as Comunicações?
 
Ele é um dos políticos mais experientes que hoje atuam em nível nacional, por isso, comemoramos a sua indicação para o comando do Ministério. Apostamos que a sua habilidade como gestor público, comprovada em anos no executivo, e sua reconhecida capacidade em dialogar, serão extremamente positivas para o setor da comunicação e as demais áreas que integram a pasta. A indicação de nomes técnicos para ocupar as secretarias ligadas ao Ministério já é um fator extremante positivo, como Vanda Bonna Nogueira para a Secretaria de Radiodifusão, por exemplo.
 
Qual é a sua avaliação do cenário geral da radiodifusão no Brasil? 
 
Acredito que é um cenário que exige inovação por parte de todos os meios de comunicação, especialmente o Rádio e a TV. Nossos meios já deram reiteradas demonstrações da capacidade que tem de se reinventar, atendendo as demandas do mercado e do público de uma forma geral. Esses desafios são sempre “combustível” para entregar um produto melhor. Por isso, acredito que dessa vez não será diferente. Reforçamos aqui a necessidade de uma fiscalização eficiente das RADCOMS e das emissoras clandestinas para garantir a competitividade do mercado, e destacamos a necessidade de uma imprensa livre e forte para garantir a democracia. Grande parte da transformação política pela qual o nosso país atravessa não seria possível sem instituições consolidadas, como o judiciário, o congresso e o ministério público. A imprensa também foi fundamental para denunciar casos de corrupção e fiscalizar a atuação de todos esses poderes.  Dentro dos pilares de sustentação da democracia, a imprensa livre é um dos mais importantes. Avaliando o cenário geral da radiodifusão no Brasil, destaco que políticas públicas que atendam a necessidade de desenvolvimento do setor, fiscalização por parte dos órgãos reguladores e garantia da liberdade de expressão são os maiores desafios.
 
Tags: Rubens Olbrisch, ACAERT, congresso, migração AM-FM, economia, ministério, panorama, rádio

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Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.










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