Quarta-Feira, 30 de Setembro de 2020 @ 07:30

O Rádio Hoje | Rádio é fonte de novas músicas para a maioria dos gêneros musicais. Pesquisa mapeia o uso de redes sociais por parte dos ouvintes

São Paulo - Levantamento é feito pela Edison em conjunto com a Triton Digital. Ele aponta quais as redes sociais mais usadas por ouvintes de determinados formatos de rádio

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Um levantamento feito pela Edison Research em conjunto com a Triton Digital entre os meses de janeiro e fevereiro mostra um mapa do uso de redes sociais com base na preferência musical dos ouvintes. A pesquisa é relacionada ao mercado dos Estados Unidos e considera apenas ouvintes de rádio e mostra também o consumo em dispositivos como caixas de som com inteligência artificial e fones de ouvido com base na preferência de formato e também onde essa audiência descobre novas músicas (tendo o rádio na liderança na maioria dos formatos). Acompanhe:

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Em relação às redes sociais, ouvintes de hard rock/heavy metal costumam usar mais o Facebook e o Linkedin. Já aqueles que preferem hip-hop/rap e alterativo/rock são usuários mais assíduos do Instagram. Ouvintes de programação esportiva tem o Twitter como rede social preferencial. Já a audiência interessada em Top40/CHR está preferencialmente espalhada entre redes como Pinterest, Tik Tok, Snapchat, entre outros.

O mapa é importante para ajudar as estações de rádio à estudarem as suas estratégias de distribuição de conteúdo nessas redes, tendo como base o perfil de seu ouvinte. Porém, "o Facebook ainda é a marca de mídia social usada com mais frequência para a maior porcentagem de todos os formatos", alerta feito pela diretora de pesquisa da Edison, Laura Ivey. A afirmação é importante, já que há uma movimentação de declínio do uso do Facebook entre os públicos mais jovens.

Distribuição do uso preferencial por rede, com base nos formatos de rádio

Descoberta de novas músicas

O levantamento mostra também onde os ouvintes de vários formatos descobrem novas músicas, algo fundamental para a defesa e as estratégias de programação do meio. O rádio AM / FM foi uma das três principais fontes de descoberta de novas músicas para todos os formatos de música, com exceção do hip hop.

Ou seja, ouvintes de rádios top 40/CHR tem o rádio como principal fonte de descoberta de novas músicas, seguido pelo YouTube e depois indicações de amigos ou familiares. Já o gênero alternativo/rock tem o rádio como terceira fonte de novas músicas, atrás do YouTube e as indicações familiares/amigos.

Dos principais gêneros musicais, além do Pop CHR, o country, classic rock, classic hits, Religioso/musical (similar a gospel) e o Hard Rock / Heavy Metal tem o rádio AM/FM como principal fonte de novas músicas. Já para os gêneros R&B e o já citado alternativo/rock tem o rádio como uma das três principais fontes.

Uso de plataformas para se descobrir novas músicas

Fones de ouvido, receptores FM/AM e smart-speakers (caixas de som com inteligência artificial)

O estudo também considerou o uso de fones de ouvidos com base nos formatos de rádio. Os dados de Edison mostram que quase todos os ouvintes de rádios hip-hop (93%) ouvem algum áudio por meio de fones de ouvido, seguidos de R&B (86%) e esportes (83%). 

A pesquisa ainda aponta que os formatos com menos ouvintes usando fones de ouvido são rock clássico (63%), notícias / talk (60%) e cristão contemporâneo (59%). "Fones de ouvido e fones de ouvido geralmente são conectados a computadores ou dispositivos móveis", destaca Ivey, destacando que é importante que o rádio a encoraje o público a ouvir suas transmissões online (streaming).

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Os formatos cujos ouvintes são mais propensos a possuir um receptor FM/AM em casa são os seguintes (ordem do mais propenso até o menos): classe hits, classic rock, country, hard rock / heavy metal, news / talk e esportes. 

Já os menos propensos a contar com o tradicional receptor FM/AM são os ouvintes de formatos como alternativo/rock, religioso/musical, hip hop e pop CHR. Mas a pesquisa alerta que os dados de propriedade de rádio não incluem os receptores automotivos, onde ocorre a maior parte da audição no Estados Unidos.

Para cada formato entre os 11 primeiros no estudo, pelo menos 58% de seus ouvintes têm pelo menos um rádio em casa. "O rádio enfrenta um desafio de hardware, mas ainda temos uma grande maioria de pessoas com rádios em suas casas", afirma Ivey, que completa dizendo que "o objetivo do rádio é convencer mais quem não tem rádio a ouvir conteúdo de rádio via stream".

Considerando esse cenário, a pesquisa alerta que uma das maneiras mais fáceis para convencer o ouvinte a continuar acompanhando as estações, mas via streaming de áudio, é através das smart-speakers (caixas de som com inteligência artificial). 

Uma das maneiras mais fáceis de fazer isso em casa é transmitir a estação em um alto-falante inteligente e os resultados mostram quais formatos têm a maior oportunidade de alto-falante inteligente. Os ouvintes de formatos de esportes são os mais propensos a usar esses dispositivos, seguidos dos interessados no gênero musical Pop CHR/Top 40 (veja a lista na imagem a seguir). Ouvintes de Hard Rock / Heavy Metal, R&B e alternativo/rock também estão com uso acima da média. Já a audiência de news/talk é a menos propensa para usar as caixas.

Uso de caixas de som inteligentes por formatos

O estudo também descobriu que, pelo menos 75% dos ouvintes que responderam a pesquisa ouviram áudio online na última semana. Na lista entre os que mais usaram o streaming estão a audiência interessada em esportes, depois Pop CHR/Top 40, alternativo rock, hard rock e hip hop. Porém a pesquisa também aponta que a maioria significativa das escutas seguem ocorrendo via ondas terrestres, como já mostrou o share of Ear durante a pandemia

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Com informações da Edison Research, Triton Digital e portal Inside Radio

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Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.

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