Sexta-Feira, 30 de Julho de 2021 @ 07:31

Reportagem destaca atuação de rádios como Alpha FM, 89 FM A Rádio Rock e CBN na criação de conteúdos extradial

São Paulo - Conteúdos complementar ao dial/streaming e até exclusivo são explorados pelas emissoras em suas plataformas digitais

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Uma reportagem especial produzida pela AERP destacou na semana passada, a expansão na oferta de conteúdos oferecidos por rádios de São Paulo. Como exemplos, o texto destaca a atuação do grupo GC2 (Alpha FM 101.7 e 89 FM A Rádio Rock FM 89.1) e da CBN FM 90.5. As três bandeiras são exemplos na criação "extradial", ou seja, uma expansão da entrega de conteúdos através do digital, sendo eles exclusivos para o ambiente on-line ou complementar ao que vai ao ar em FM/streaming ao vivo. E produções, como podcasts, podem ajudar a conquistar e ampliar a audiência das emissoras, segundo a reportagem.

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A matéria destaca que as rádios do Grupo Camargo de Comunicação (GC2) encaram o digital como "uma forma de expansão de conteúdo daquilo que as emissoras se propõem a comunicar". Conta que as pautas do dia a dia servem ao dial, com apenas alguns programas, boletins e colunas contam com distribuição no digital. Já para podcasts, a produção de conteúdo é exclusiva para esse formato de áudio.

"Desenvolvemos produtos inéditos, ou até mesmo um aprofundamento daquilo que não conseguimos passar no ar. Por exemplo, não conseguimos tocar um artista duas vezes na sequência, mas é possível fazer um especial para o digital neste formato", explica Juliana Simomura, Head de Marketing do GC2. 

Os podcasts possibilitam uma maior diversidade de temas a serem abordados pelas emissoras. "O dial impulsiona, e por meio do podcast conseguimos mostrar mais conteúdos. Por isso, hoje somos mais reconhecidos como produtores de conteúdo e não somente uma emissora", informa a executiva.

Juliana conta que as emissoras precisaram se adaptar a lógica desse ambiente digital para a criação de conteúdos de qualidade, contando também com testes de novos produtos e uma equipe capacitada. "A gente se adaptou e contratou profissionais com perfil multimídia, e dentro da versatilidade do rádio já tínhamos a base de conteúdo. A partir disso, tivemos que aprender a trabalhar neste ambiente", destaca Simomura.

A executiva também destaca que é importante acompanhar as métricas e resultados para saber o alcance do trabalho neste ambiente e, caso necessário, mudar o rumo da produção. "Com elas foi possível constatar que temos uma abrangência maior de público nos podcasts, e também, conseguimos testar novos conteúdos no ambiente digital, antes mesmo de ir para o dial", afirma Juliana.


Plataforma de podcast da Alpha FM. Registro do acesso via desktop

Toda essa movimentação da Alpha FM e da 89 FM no digital foram acelerados a partir do ano passado, contando com a chegada de Juliana ao grupo (profissional com passagem pela gestão de marketing do Grupo Bandeirantes de Comunicação). E a ampliação da oferta de conteúdo da Alpha FM no digital foi uma etapa importante no reposicionamento adotado pela rádio no início deste ano, quando renovou toda a sua plástica, apresentou um novo slogan, criou tema musical (que contou com várias aplicações diferentes, como em ações promocionais), entrevistas e lives em vídeo no digital, boletins, entre outras novidades.

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É preciso entender qual é o público para oferecer conteúdos no digital

A reportagem da AERP também conversou com Thiago Barbosa, gerente de produtos digitais da Rede CBN. A emissora jornalística do Sistema Globo de Rádio atua com podcasts desde 2006 e, desde então, tem acelerado na divulgação e oferta de conteúdos nesse formato. O gestor afirmou à AERP que lá no começo, a rádio começou a entregar parte da programação em podcasts, aproveitando os melhores quadros disponíveis. Depois, a entrega evoluiu conforme a rádio foi entendendo o perfil e o desejo dos ouvintes.

"Acho que o primeiro passo é começar a entender qual é o público, o que eles gostariam de saber mais, o que a base de ouvintes e seguidores gosta. A vantagem do podcast é que quando o ouvinte dá o play, ele já tem interesse naquele assunto. Diferente do rádio que precisa estar o tempo inteiro conquistando o ouvinte, no podcast é preciso ser mais íntimo e entregar da melhor forma possível uma conversa sobre aquilo que o ouvinte se interessa", explica Thiago.


Plataforma de podcast da CBN. Registro do acesso via desktop

O executivo também explica que a entrega de conteúdos do dial no formato podcast depende muito da programação da emissora. "A gente faz grandes apostas em programas que teriam menos de uma hora e os nomes mais famosos da programação. Acho que faz sentido fazer esses recortes e colocar em podcast, mas acho que faz mais sentido ainda e promove um maior poder comercial e de comunicação, desenvolver produtos que sejam exclusivamente para o digital", afirma Barbosa.

O gerente também afirma que o público de podcast é fiel, comenta e faz sugestões, comportamento este que ajuda a rádio a criar um jeito diferente de conversar com esse ouvinte. 

Thiago também dá dicas para quem deseja produzir um conteúdo atrativo em podcasts, como dar destaque para os personagens reais das histórias e temas abordados pela produção. Confira a matéria na íntegra através do link: https://aerp.org.br/geral/podcast-conteudos-para-conquistar-sua-audiencia/. O texto foi escrito pela jornalista Fernanda Nardo.

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Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.

https://www.tudoradio.com/noticias/ver/25828-reportagem-destaca-atuacao-de-radios-como-alpha-fm-89-fm-a-radio-rock-e-cbn-na-criacao-de-conteudos-extradial