SET Expo 2019 reforça que entrega de conteúdo multiplataforma é uma necessidade real para o mercado

Como dito em matéria veiculada pela redação do tudoradio.com, o SET Expo 2019 acabou e os profissionais de rádio já estão de volta às suas rotinas diárias, provavelmente inquietos (o que é muito bom). É seguro afirmar que os participantes do SET Rádio voltaram com a sensação que a entrega de conteúdo multiplataforma é uma necessidade real para manter a relevância do meio rádio.

O panorama multiplataforma foi demonstrado ao longo de toda a programação do SET Rádio, realizado no último dia 28, em São Paulo. E essa entrega ocorre em diferentes frentes, seja no mundo físico (através de eventos e ações locais próximas da audiência), como no digital (em áudio, em vídeo, matérias gráficos, etc). Não parece ser uma novidade para quem acompanha as principais discussões que cercam o nosso querido rádio, mas na prática é.

As emissoras de rádio até podem optar qual é a melhor estratégia multiplataforma para a sua realidade e/ou para o seu público-alvo. Não é um erro abrir mão de uma entrega mais ampla de vídeo para priorizar o áudio (seja ele live - ao vivo - ou o podcast - na entrega on-demand), até pelo fato desse recurso ser onde as emissoras possuem mais expertise.

Também é fato que não há uma estratégia fechada, visto que os cases bem sucedidos usados como exemplos possuem várias diferenças entre eles. Foi destacado que tudo parte de tentativas e vários erros, até aparecer o primeiro acerto no digital. Ou seja, vai ser preciso um belo planejamento, principalmente de custos, para ter “o erro na conta”.

Mas algumas questões são regras, independente do que for escolhido pela emissora. Tudo começa no fortalecimento da marca e na qualidade do conteúdo oferecido, independente da plataforma. As duas situações precisam se conversar a partir de uma demanda real do público-alvo.

Na sequência, a atuação multiplataforma entra como necessidade na entrega da marca e do conteúdo, com alguns passos sendo obrigatórios. Isso vai desde a transmissão terrestre de qualidade (boa qualidade de áudio, sinal, uso de recursos como RDS, entre outros pontos), como também no digital. Óbvio? Talvez, mas lembre-se do panorama prático. Detalhe que isso é algo martelado lá na NAB Show desde o ano passado, pensando na concorrência com outras mídias.

No on-line, é repetido de forma exaustiva a necessidade de contar com plataformas próprias com funções intuitivas para o usuário, uso de ambientes relevantes de terceiros (indexadores de áudio/streaming, como este portal - o tudoradio.com - sim, estamos nesta conta, conscientes de como podemos ajudar, mas também de nossa responsabilidade perante o meio rádio), agregadores de podcasts, mídias digitais, entre outros pontos de distribuição, já que há concentração de público nessas ferramentas, possibilitando também novas frentes de comercialização).

Apesar de serem situações aparentemente repetidas, conforme a tecnologia evoluí, o cenário ganha contornos emergenciais. Estar presente em todos os lugares, torna a rádio pronta para possíveis viradas futuras nos hábitos de consumo, ambientes impulsionados por novidades como smart-speakers (caixas de som com inteligência artificial) e automóveis conectados.

Outro ponto fundamental é a necessidade de seguir essas tendências mais próximas e evoluir de forma significativa na produção e entrega de conteúdo. Pois, algo que foi muito falado em vários painéis do SET Expo 2019, é a imprecisão nas previsões de como estará o mercado daqui cinco anos. E isso vale para todos os modelos de negócio da economia atual.

Perdeu algum conteúdo noticiado durante o SET Expo 2019, com foco no SET Rádio? Confira no link https://tudoradio.com/noticias/busca/SET%20Expo%202019%20%7C e amplie a discussão (com a sua equipe, colegas, nós e demais peças que estão ou orbitam o meio rádio).