Basta de nostalgia. Vamos para a realidade

O que isso significa? Na Realidade Virtual, somos catapultados para um ambiente digital completamente imersivo. Imagine-se, colocando os óculos de RV e sendo transportado para dentro do estúdio da sua estação de rádio favorita. Vendo os locutores ou uma entrevista e interagindo como se estivesse lá.

Agora, imagine-se usando óculos de Realidade Aumentada enquanto ouve a sua estação de rádio, vendo informações sobre a música atual, a biografia do artista e até enquetes interativas flutuando bem na sua frente.

E onde entra o rádio nessa história toda? Vamos ser audaciosos e nos perguntar: onde estará o rádio daqui a 30 anos? Será que vai estar escondido em algum canto escuro, coberto de poeira, sufocado pela avalanche de avanços tecnológicos? Ou será que estará lá, brilhando, integrado aos óculos de RA e RV, e pronto para o futuro? Ah, ainda não poderia deixar de lembrar dos carros autônomos, nos quais você vai poder até jogar video game enquanto dirige. Mas, não é assunto para este texto.

Não podemos mais nos esconder atrás do dial, temos que tomar a frente. Para competir com a RV e RA, temos que começar a nos preparar agora. Estamos na era das mãos livres, onde os gestos e a voz comandam e os controles são ativados com um piscar de olhos.

Você pode perguntar: será que as pessoas vão usar óculos virtuais e ouvir rádio ao mesmo tempo? Eu respondo: por que não? Imagine ouvir o noticiário da manhã enquanto informações visuais complementam a reportagem. Isso é o futuro, meus amigos.

A grande questão é: que tipo de conteúdo de rádio será agradável para quem usa um óculos de realidade virtual? A resposta: precisamos inovar. Os programas de rádio precisam ser construídos em torno de uma experiência imersiva, misturando o auditivo e o visual para criar algo verdadeiramente inesquecível.

Hoje, os óculos de realidade virtual podem ser caros e inacessíveis para muitos, mas lembrem-se dos smartphones. Assim como eles, a RV e a RA se tornarão cada vez mais acessíveis. Com os óculos Vision Pro da Apple, por exemplo, é possível estar nos ambientes virtual e real ao mesmo tempo. Como o rádio pode se integrar a isso? Que tal transmitir em tempo real as interações do estúdio, permitindo que os ouvintes se sintam como se estivessem lá, enquanto continuam em contato com o mundo real?

Temos que encarar esses desafios de frente e encontrar nossa voz nessa nova era de realidade virtual e aumentada. O futuro já está aqui. E você, está pronto para sintonizar?

Lembre-se, a internet já tem cerca de 35 anos no Brasil e ainda temos radialistas e radiodifusoresvivendo na era das torres de metal, pensando apenas em antenas. Alguns ainda se recusam a admitir que o digital não é concorrente do dial, mas uma mídia complementar. E há aqueles que pensam: "já sabemos o suficiente". Mas nessa era de velocidade mil vezes maior do que um dia imaginamos, nunca sabemos o suficiente.

Entendo as preocupações financeiras. Sim, você pode dizer: "É fácil para você falar, Cristiano, mas de onde tiraremos o dinheiro?" Concordo, o investimento não é pequeno. Por isso, desafio nossas associações a se unirem e buscarem parcerias com as gigantes da tecnologia.

Por que não fazer uma visita ao Vale do Silício e conversar com o Google? Já tentamos estabelecer um contato com a Apple? E a Amazon? Já conversamos com a Meta sobre como inserir o rádio no MetaVerso e em seus dispositivos?

A conquista dessas parcerias é um desafio gigante, mas temos que começar algum dia e em algum lugar. E prefiro que seja agora, para que em 10 anos possamos surfar na onda da tecnologia, mesmo que ela esteja mais tranquila do que esperamos.

Então, eu te convido para essa jornada. O futuro já está aqui. E a pergunta que fica é: você está pronto para sintonizar?

Assista acima a peça sobre o Apple Vision Pro