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Quarta-Feira, 17 de Dezembro de 2014 @ 17:06
Assembleia Legislativa se reuniu para discutir prisão durante entrevista na Rádio Itatiaia
Belo Horizonte – Deputados se dividem em audiência pública sobre a prisão de suspeito durante entrevista ao vivo na Itatiaia
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A Assembleia Legislativa de Minas Gerais discutiu em audiência pública nesta terça-feira a prisão de Armando Pereira da Cruz enquanto era entrevistado ao vivo nos estúdios da Rádio Itatiaia AM 610 FM 95.7 de Belo Horizonte. Uma semana após o ocorrido, jornalistas da emissora e policiais envolvidos relataram suas versões e dividiram os deputados. Houve quem defendeu que faltou “bom senso” e questionou a falta da apresentação de mandado, e quem afirmou a necessidade de “celeridade” nestes casos
-> VÍDEO: Clique aqui e assista o vídeo publicado pela rádio que mostra a ação da polícia
-> OUÇA AQUI a transmissão da Rádio Itatiaia no momento da prisão
Durante o intervalo do programa, Armando Cruz, que ainda não tem o envolvimento confirmado no caso, foi revistado e preso logo em seguida. Segundo informações do site da Rádio Itatiaia, os policiais não teriam apresentado o mandado e efetuaram a prisão após receberem autorização do delegado responsável pelo caso, Jonas Tomazi.
-> VÍDEO: Clique aqui e assista o vídeo publicado pela rádio que mostra a ação da polícia
-> OUÇA AQUI a transmissão da Rádio Itatiaia no momento da prisão
Durante o intervalo do programa, Armando Cruz, que ainda não tem o envolvimento confirmado no caso, foi revistado e preso logo em seguida. Segundo informações do site da Rádio Itatiaia, os policiais não teriam apresentado o mandado e efetuaram a prisão após receberem autorização do delegado responsável pelo caso, Jonas Tomazi.
O detido é marido Flávia Renata Oliveira Silva Cruz, vereadora de Confins que já tinha sido presa na operação Lavagem III da Polícia Civil. Também investigado por esquema de fraude, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e corrupção, Armando Pereira da Cruz foi levado durante o intervalo do programa Chamada Geral, apresentado por Eduardo Costa.
Imagem: Rádio Itatiaia
Na audiência desta terça-feira, Eduardo Costa apresentou um vídeo com imagens do episódio e fez um relato sobre os acontecimentos. Segundo o jornalista, os policiais entraram no estúdio em que o programa era apresentado ao vivo e anunciaram a intenção de prisão. Eduardo Costa teria pedido paciência e entrado em contato com diretores da rádio e o ouvidor de Polícia Paulo Vaz Alkimim. O próprio ouvidor teria solicitado que os policiais aguardassem fora da rádio para cumprir a prisão, o que não foi levado em consideração e terminou na detenção imediata do acusado.
Os deputados Durval Ângelo (PT) e João Vítor Xavier (PSDB) falaram em defesa da compreensão do trabalho da imprensa. O primeiro enfatizou que a ação pode passar uma imagem de truculência para a polícia, já que o suspeito estava num local fechado e sem risco de fuga. O segundo, que também é radialista da Itatiaia, lembrou que o direito à liberdade de expressão já permitiu que os próprios servidores da segurança pública fizessem suas reivindicações nos microfones da emissora e declarou ser inadmissível que um profissional da comunicação tenha seu trabalho impedido.
Ainda houve declarações do Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, Kerison Lopes, que relatou a tensão vivida pelos jornalistas da rádio no momento da prisão. Ele destacou uma fala do presidente da emissora, Emanuel Carneiro, que teria dito que não passou por episódio semelhante nem na ditadura militar.
Na outra ponta, representantes da Polícia Civil elogiaram a eficiência da ação dos policias. O Presidente da Comissão de Prerrogativas do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepominas), delegado Paulo Felipe Saback, rebateu as críticas à falta do mandado afirmando que ele é dispensável em casos de crime inafiançável. Ressaltou ainda que a doutrina policial estipula celeridade na prisão em situações similares e que isso demonstra que os policiais foram prudentes, já que a agilidade pode evitar que o procurado faça reféns.
Os deputados que falaram em defesa dos policiais são representantes da classe dos servidores de segurança pública, Sargento Rodrigues (PDT) e Cabo Júlio (PMDB).
No dia da prisão, os funcionários da Itatiaia foram entrevistados pelo Subcorregedor da Polícia Civil, Antônio Gama Júnior, que preparou um relatório preliminar e sugeriu apuração administrativa e penal. O resultado da investigação deve ser encaminhado ao Ministério Público.
Imagem: Rádio Itatiaia
Na audiência desta terça-feira, Eduardo Costa apresentou um vídeo com imagens do episódio e fez um relato sobre os acontecimentos. Segundo o jornalista, os policiais entraram no estúdio em que o programa era apresentado ao vivo e anunciaram a intenção de prisão. Eduardo Costa teria pedido paciência e entrado em contato com diretores da rádio e o ouvidor de Polícia Paulo Vaz Alkimim. O próprio ouvidor teria solicitado que os policiais aguardassem fora da rádio para cumprir a prisão, o que não foi levado em consideração e terminou na detenção imediata do acusado.
Os deputados Durval Ângelo (PT) e João Vítor Xavier (PSDB) falaram em defesa da compreensão do trabalho da imprensa. O primeiro enfatizou que a ação pode passar uma imagem de truculência para a polícia, já que o suspeito estava num local fechado e sem risco de fuga. O segundo, que também é radialista da Itatiaia, lembrou que o direito à liberdade de expressão já permitiu que os próprios servidores da segurança pública fizessem suas reivindicações nos microfones da emissora e declarou ser inadmissível que um profissional da comunicação tenha seu trabalho impedido.
Ainda houve declarações do Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, Kerison Lopes, que relatou a tensão vivida pelos jornalistas da rádio no momento da prisão. Ele destacou uma fala do presidente da emissora, Emanuel Carneiro, que teria dito que não passou por episódio semelhante nem na ditadura militar.
Na outra ponta, representantes da Polícia Civil elogiaram a eficiência da ação dos policias. O Presidente da Comissão de Prerrogativas do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepominas), delegado Paulo Felipe Saback, rebateu as críticas à falta do mandado afirmando que ele é dispensável em casos de crime inafiançável. Ressaltou ainda que a doutrina policial estipula celeridade na prisão em situações similares e que isso demonstra que os policiais foram prudentes, já que a agilidade pode evitar que o procurado faça reféns.
Os deputados que falaram em defesa dos policiais são representantes da classe dos servidores de segurança pública, Sargento Rodrigues (PDT) e Cabo Júlio (PMDB).
No dia da prisão, os funcionários da Itatiaia foram entrevistados pelo Subcorregedor da Polícia Civil, Antônio Gama Júnior, que preparou um relatório preliminar e sugeriu apuração administrativa e penal. O resultado da investigação deve ser encaminhado ao Ministério Público.
Com informações do site da Rádio Itatiaia
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Ana Ferreira
Ana Ferreira é de Curitiba e atua na administração do Tudo Rádio.com há cinco anos. É Mestre em Letras pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e artista.
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