Sexta-Feira, 05 de Abril de 2019 @ 07:46
São Paulo - Relatório sobre o consumo de mídia nos Estados Unidos apontam que rádio, televisão e indicações de pessoas são importantes na escolha do que se ouvir ou assistir on-line
Às vésperas do NAB Show 2019 (este que será realizado em Las Vegas e terá a cobertura do tudoradio.com), a Nielsen publicou um relatório sobre o consumo de mídia nos Estados Unidos. O material mostra como o consumidor de conteúdo on-line se orienta em relação ao que ouvir ou o que assistir na internet (streaming). E a mídia considerada "tradicional", ou seja, rádios em FM/AM e a televisão aberta são importantes nesse processo de "filtragem" e referencia.
O relatório reconhece que "escolher o que assistir ou ouvir de um cardápio aparentemente interminável e cuidadosamente curado pode se transformar em um processo demorado” e conclui que o “público está contando com uma solução antiga para resolver esse problema da nova era: eles procuram programas que já conhecem em plataformas tradicionais e recorrem a pessoas em quem confiam para escolher o que assistem ou ouvem", afirma a Nielsen.
Por exemplo: rádio, inclusa no "broadcast media", sem considerar a transmissão em streaming, serve como referência para consumo on-line de audio para 56% do público, margem superior aos 52% daqueles que preferem ficar buscando em websites e aplicativos para poder ter uma referência no consumo. Lembrando que esse valor é relativo ao interesse em consumo de audio streaming em diferentes plataformas.
O valor também é superior à recomendações feitas em website ou aplicativos (47%), ou promoções em mídias sociais (41%). Há um outro ponto da pesquisa que aponta que programas de informações sobre o tema na mídia e também em plataformas on-line representa de referência para consumo de áudio via streaming para 44%.
O rádio ou a mídia tradicional só perde em relação à referência para consumo de áudio streaming para indicações de familiares e amigos, opção válida para 67% do público pesquisado. Vale lembrar que o levantamento não precisa somar 100%, pois ter um tipo de referência para busca de conteúdo on-line não representa a não utilização de outra.
Pontos considerados pela Nielsen:
Cerca de 67% dos usuários de streaming de vídeo e 56% dos usuários de streaming de áudio notaram que se referem à programação existente que costumavam assistir ou ouvir e estão revisitando agora que o conteúdo é mais acessível.
Embora as fontes confiáveis ??e a familiaridade sejam fundamentais para os usuários ao escolher o conteúdo, elas também são relativamente receptivas a entidades externas em certa medida. A influência das análises de conteúdo foi responsável por pelo menos metade dos usuários de streaming de áudio e vídeo, enquanto pouco menos de metade das recomendações fornecidas por sites e aplicativos de serviço de streaming.
Avanço dos dispositivos alavanca o streaming
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A Nielsen também chama a atenção para o aumento na adoção de dispositivos conectados, o que amplia a acessibilidade do streaming. E isso amplia o tempo gasto do público para aplicativos e sites em smartphones, finalidade que tirou parte do consumo destinado para outras plataformas de mídia (broadcast) e até para o uso de computadores (desktop).
O levantamento destaca a quantidade (em %) de cada faixa etária destina para o consumo de mídia por plataforma (veja abaixo), comparando o terceiro trimestre de 2018 com igual período em 2017. Para se ter uma ideia, no levantamento mais recente, o rádio ocupa 1h44 por dia da atenção do público no consumo de mídia. Aplicativos e websites em celulares representa 2h31 por dia, enquanto a televisão conta com 3h44 nos Estados Unidos.
Com informações da Nielsen
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.