AESP repudia agressão sofrida por repórter da Jovem Pan durante cobertura das manifestações em São Paulo

A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP) lançou uma nota de repúdio contra a agressão sofrida por um repórter e pelo cinegrafista da Jovem Pan News AM 620 de São Paulo que fazia a cobertura das manifestações de estudantes e professores contra congelamentos de verbas na educação, que foram realizadas na capital paulista na última quinta-feira (30). Os profissionais ouviram agressões verbais, além de serem empurrados enquanto faziam uma transmissão em vídeo.

De acordo com o jornalista Marcelo Mattos, um homem que estava usando o crachá da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) interveio na agressão para proteger a equipe da emissora. Para escapar do cerco, os profissionais foram para a estação Oscar Freire, da Linha Amarela do Metrô. A equipe foi recebida com gritos de "fascistas".

Na nota de repúdio da AESP, a associação ressalta que “toda essa violência improcedente decorre da incomplacência e da incompetência de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação aos cidadãos.” A agressão ocorreu enquanto os profissionais da Jovem Pan faziam a transmissão para o programa Os Pingos nos Is, que estava no ar no momento.

Ainda na nota, a AESP se solidarizou com os profissionais e com a Jovem Pan, “vítimas das agressões e hostilidades e espera que todos os fatos sejam apurados pelas autoridades responsáveis, com a punição dos agressores, nos termos da lei.”

Por fim, a AESP ressalta que “a liberdade de imprensa e o direito à informação são básicos nas sociedades democráticas. Todos aqueles que estimam a democracia precisam se colocar contra esses lamentáveis episódios e se mobilizar para que não voltem a ocorrer.”