25º Congresso: A Voz do Brasil é classificada como ?confisco?

O programa obrigatório A Voz do Brasil e marco regulatório movimentaram a tarde de quarta-feira no congresso. Conforme noticiado anteriormente pelo Tudo Rádio foi realizada uma plenária para discutir a posição que a radiodifusão deverá tomar perante a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que será realizada em dezembro deste ano. A Voz do Brasil foi alvo de críticas por parte de radiodifusores durante o 25° Congresso Brasileiro da Radiodifusão.

A plenária da tarde de quarta-feira reuniu o vice-presidente de Relações Institucionais das Organizações Globo e consultor da Abert, Evandro Guimarães, e os deputados federais Luiza Erundina (PSB-SP) e Paulo Bornhausen (PFL-SC), integrantes da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.

Segundo o vice-presidente de Relações Institucionais das Organizações Globo,  Evandro Guimarães, o que não poderá deixar de ser abordado na I Confecom em dezembro é a garantia de produção de conteúdos nacionais em relação a convergência de mídias. Guimarães acredita que o atual modelo de radiodifusão assegura a produção de conteúdos regionais e também classificou a Voz do Brasil como “confisco”, já que nesse caso as emissoras são privadas de executar e produzir programação própria para cumprir tal obrigatoriedade.

O programa A Voz do Brasil segue como obrigatório para praticamente todo o país. Em São Paulo muitas rádios conseguiram direito na justiça de não transmitir o programa ou executa-lo em horários alternativos (isso desde a década de 90). Logo depois o Rio Grande do Sul conseguiu derrubar a obrigatoriedade da transmissão às 19h00, podendo jogar A Voz do Brasil para outros horários. O mesmo acontece no Paraná desde o ano passado.