Quinta-Feira, 04 de Maio de 2023 @ 11:12
São Paulo – Conglomerado de comunicação relatou queda de 3,8% no primeiro trimestre do ano
A iHeartMedia relatou uma queda na receita de 3,8% para US$ 811 milhões no primeiro trimestre, mas a alta administração do grupo vê uma tendência de leve melhora no segundo trimestre. Embora tenha gasto mais do que ganhou no primeiro trimestre, a empresa planeja gerar fluxo de caixa livre positivo em cada um dos trimestres restantes em 2023. Os números são importantes, pelo fato da empresa ser a maior do setor de rádio e áudio nos Estados Unidos, sendo um termômetro importante de como está o mercado global, principalmente na receita de anúncios.
O CEO Bob Pittman reafirmou a resiliência do rádio, apesar do fraco mercado de anúncios e da incerteza econômica contínua. “Provavelmente estamos vendo um mercado um pouco melhor do que esperávamos. E nossa expectativa com base no que vemos hoje é que continue melhorando ao longo do ano”, disse Pittman.
A gigante do áudio está vendo força em algumas categorias inesperadas de anúncios, incluindo automóveis. Nenhum anunciante individual é responsável por mais de 2% de sua receita total e nenhuma categoria por mais de 5%. Os serviços automotivos e financeiros agora representam pouco mais de 5%, disse o presidente e COO Rich Bressler.
Podcast e rádio
O podcasting foi o segmento de anúncios de crescimento mais rápido da iHeartMedia durante o primeiro trimestre, totalizando US$ 77 milhões, 12% a mais que no ano anterior. No geral, seu Digital Audio Group – que inclui seu streaming de rádio e outros negócios online – teve um aumento de receita de quatro por cento ano a ano, para US$ 223 milhões. Sem o aumento do anúncio de podcast, no entanto, teria subido apenas um por cento. De qualquer forma, o podcast e os negócios digitais da iHeart continuam lucrativos.
Pittman também disse que a iHeartMedia se beneficia de ter uma vasta operação de rádio, dando-lhe uma “vantagem natural” na criação de conteúdo de podcast, promoção, marketing e vendas de publicidade. “Na sua essência, o podcasting é um negócio adjacente e verdadeiramente complementar”, disse ele.
A esse ponto, Pittman disse que os dados mostram que, nos EUA, 68% da audição de rádio acontece fora de casa e que 69% da audição de podcast ocorre dentro de casa, o que ele diz “ilustrar claramente que o rádio transmitido e o podcasting são negócios complementares e mutuamente aditivos em termos de uso do consumidor”, ressaltou.
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E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Carlos Massaro atua como radialista e jornalista. Já coordenou artisticamente uma afiliada da Band FM (Promissão/SP) e trabalhou como locutor na afiliada da Band FM em Ourinhos/SP e na Interativa de Avaré/SP e como jornalista na Hot 107 FM 107.7 de Lençóis Paulista/SP e na Jovem Pan FM 88.9 e Divisa FM 93.3 de Ourinhos. Também é advogado na OAB/SP e membro da Comissão de Direito de Mídia da OAB de Campinas/SP, da Comissão de Direito da Comunicação e dos Meio da OAB da Lapa/SP e membro efetivo regional da Comissão Estadual de Defesa do Consumidor da OAB/SP. Atua pelo tudoradio.com desde 2009, responsável pela atualização diária da redação do portal.