Prévia do Techsurvey 2024 revela oportunidades e preocupações dos ouvintes de rádio sobre o uso da IA

Alguns resultados prévios da pesquisa Techsurvey 2024 evidenciam a receptividade do público de rádio frente à adoção de ferramentas e/ou soluções de inteligência artificial pelas emissoras. O levantamento, que envolveu 31 mil ouvintes de rádios nos Estados Unidos e no Canadá, revela um público jovem adepto ao uso da IA em seu dia a dia, mas mostra restrições quanto à rápida adoção dessa tecnologia pelas emissoras e um forte posicionamento contrário à substituição de comunicadores/talentos por soluções artificiais. Acompanhe os resultados prévios, já que a pesquisa completa sairá em 25 de abril.

O objetivo ao realizar os questionamentos é monitorar possíveis preocupações e também identificar oportunidades para o rádio na adoção da IA. E os resultados do Techsurvey indicam que 58% dos entrevistados já têm familiaridade geral com a IA, com um interesse particularmente notável vindo de faixas etárias mais jovens e de ouvintes de formatos específicos, como os que preferem estações de rádio alternativas. É importante ressaltar que a pesquisa apresenta segmentação por gênero/público de rádio, com base nos formatos, para melhor compreender os comportamentos de cada segmento de audiência.

Especificamente sobre a aplicação de inteligência artificial no rádio, os ouvintes revelaram um alto nível de desconforto com a ideia de substituir comunicadores ao vivo por apresentadores virtuais, com 75% se opondo a essa mudança. Há também uma resistência considerável, embora menor, em relação a comerciais e identificações de estação veiculados por vozes sintéticas, com 39% e 30% dos entrevistados, respectivamente, expressando grandes preocupações.

Outro aspecto importante evidenciado pelos dados prévios é a preocupação pronunciada com a adoção rápida da tecnologia, com 71% dos participantes alarmados com o ritmo de desenvolvimento da IA. Essa inquietação é compartilhada por todos os grupos demográficos estudados pelo levantamento. O ceticismo sobre o impacto social da inteligência artificial no curto prazo também é prevalente, com 53% antecipando consequências negativas de alguma forma.

Além disso, há um apelo do público por regulamentação do uso de IA, com 75% defendendo marcos legais para delinear o uso da tecnologia. Essa preocupação se estende ao campo político, onde 51% demonstram apreensão sobre a influência potencial da IA em eleições, especialmente entre as gerações mais velhas. Vale lembrar que os EUA terão uma disputa presidencial no segundo semestre deste ano.

"Muitas empresas de rádio aderiram rapidamente à IA, mas sem muita orientação de sua audiência. Os dados exclusivos do Techsurvey 2024 oferecem um feedback valioso de apreciadores de 10 formatos populares de rádio sobre suas esperanças e, ao menos por agora, seus temores em relação à IA", afirma Fred Jacobs, presidente da Jacobs Media, responsável pela pesquisa Techsurvey.

"Ainda estamos nos primeiros dias da IA no rádio, mas os radiodifusores precisam respeitar as diversas preocupações expressas pelos fãs mais assíduos do meio. Até agora, muitas decisões foram tomadas sem consulta. Agora, a audiência tem voz. Acompanharemos suas percepções nos Techsurveys nos próximos anos, à medida que a tecnologia amadurece. Os dados sobre IA segmentados por formato devem oferecer um feedback bem-vindo aos gestores de rádio que buscam compreender a IA", indica Paul Jacobs, gerente geral da Jacobs Media.

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Prévia dos dados sobre o sentimento do ouvinte sobre uso de IA no rádio. Sobre substituição de comunicadores, seguido por leitura de comerciais e depois sobre identificação de emissoras / reprodução Techsurvery 2024 - Jacobs Media

E por qual razão olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

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Com informações da Jacobs Media / Techsurvey 2024 e do portal Radio INK