Tradicional locutor da região de Ourinhos morreu na semana passada

O radialista e músico Aristides de Aguiar Lopes, mais conhecido como “Zé do Cravo”, morreu na semana passada aos 82 anos. O radialista trabalhava há muitos anos em Ourinhos, mas era natural de Santa Cruz do Rio Pardo. Ele foi vítima de três paradas cardíacas no sábado, 19, e acabou não resistindo.

Segundo depoimento de familiares, “Zé do Cravo” sentiu-se mal na noite de sexta-feira, 18. Levado para a Santa Casa de Ourinhos, foi medicado e, como apresentou certa melhora, liberado pelos médicos. Entretanto, no sábado, 19, a mulher do locutor tentou acordá-lo, mas sem sucesso. Zé do Cravo foi novamente levado a Santa Casa, mas acabou não resistindo e morreu. “Os médicos disseram que o diabetes dele estava muito baixo e isso acabou provocando as paradas cardíacas”, revelou uma das filhas do radialista.

Aristides começou a carreira em 1958, formando dupla com o xará “Zé Campinho”, em Santa Cruz do Rio Pardo. Depois de fazer sucesso na região, em eventos como comícios e até festas na zona rural da região, a dupla caipira foi tentar a sorte em São Paulo. Contudo, na capital paulista a dupla se desfez em 1964. Zé do Cravo até tentou refazer uma dupla com o locutor “Nhó Zé”, da Rádio Nacional (atual Rádio Globo), mas teve problemas e foi obrigado a voltar para Santa Cruz do Rio Pardo.

Na cidade natal, pela experiência em programas de rádio, Zé foi convidado para trabalhar na Rádio Difusora AM 1180 em 1970. Nove anos depois, o locutor se transferiu para Ourinhos, cidade de onde nunca mais saiu. Foi contratado pela Rádio Sentinela AM 720 e posteriormente pela Clube AM 820, onde gravou o último programa na quarta-feira, 16. Zé do Cravo foi enterrado no cemitério de Ourinhos no domingo, 20. Deixou a mulher Neide, três filhas e muitos netos