29º Congresso | Profissionais da Band, Jovem Pan, CBN e Itatiaia participaram de painel sobre credibilidade e colaboração do rádio

Ainda na última quinta-feira (17) , o 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, realizado em Brasília, teve um painel que abordou como o rádio se adapta e oferece informação com credibilidade e colaboração. A sessão reuniu Eduardo Oinegue, apresentador da Band, Milton Jung, radialista da Rede CBN, e Roberto Araújo, CEO do Grupo Jovem Pan. A conversa foi mediada por Diogo Gonçalves, presidente-executivo da Rádio Itatiaia AM 95.7 de Belo Horizonte.

Milton Jung disse que “o rádio é mais que uma mídia, é um jeito de comunicar”. O radialista mostrou que, ao longo dos anos, as emissoras de rádio foram se adaptando às novas tecnologias e, com isso, ocupando os mais diferentes espaços, como os carros, os celulares e o streaming.

Jung ainda destaque que o rádio se fortalece em meio aos momentos de maior necessidade. “Na pandemia, sem o deslocamento das pessoas, houve quem pensasse que o rádio perderia audiência. Mas isso não ocorreu. As pessoas foram buscar informação nas fontes confiáveis, no rádio. Informação, emoção e companheirismo”, frisou Jung.

Segundo Jung, o rádio se caracteriza pela interação, personalização, velocidade, mobilidade e múltiplas plataformas. Se comparado às redes sociais, afirmou, a diferença central está na sua credibilidade. O radialista frisou, entretanto, que as rádios dependem de recursos humanos. “Rádio se faz com gente. Não há planejamento que sobreviva sem o profissional do rádio”, assinalou.

Já Eduardo Oinegue disse que cresceu acompanhando o trabalho do pai em emissora de rádio, é de quem se formou em jornalismo impresso e ingressou no rádio mais recentemente. “O rádio é um acordo entre a escolha pessoal e a curadoria oferecida pela emissora”, disse.

O jornalista do Grupo Bandeirantes disse que a radiodifusão também é feita de diversidade, sem perder a integridade, e de sinergia. “No rádio, o ouvinte corrige os radialistas durante o programa, é uma participação mais envolvente que nas redes sociais. O rádio tem um espírito de colaboração”, disse Oineque, que afirmou ainda que o rádio é instrumento essencial no combate às fake news.

Roberto Araújo, por sua vez, enfatizou a flexibilidade das emissoras de rádio. “Nós fazemos conteúdo que pode ser distribuído em diferentes canais. Se daqui a 10 anos o rádio for distribuído por telepatia, a gente vai estar lá transmitindo”, frisou.

O executivo também abordou a necessidade de defesa das liberdades de imprensa e de expressão. Ele lembrou que, no Brasil, a Constituição veda a censura e que os crimes contra a honra estão previstos na legislação.

Eduardo Oinegue, Milton Jung, Roberto Araújo e Diogo Gonçalves participaram do painel / Foto: ABERT

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O congresso

Realizado nos dias 16 e 17 de novembro, o 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão celebrou os 60 anos da ABERT e também o centenário da radiodifusão brasileira. A programação que foi realizada em Brasília reuniu empresários, profissionais de rádio e TV e renomados comunicadores para discutir temas como liberdade de expressão, gestão empresarial, inovação, publicidade, competitividade e convergência tecnológica.

Para mais detalhes sobre o congresso, basta acessar o link congressoabert.org.br

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Com informações da ABERT