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Quinta-Feira, 11 de Setembro de 2025 @ 11:28

BandNews FM utiliza IA para veicular comentário de Reinaldo Azevedo; Grupo Bandeirantes treina equipes para a tecnologia

São Paulo - Afastado temporariamente do ar, Reinaldo Azevedo teve sua análise sobre o voto do ministro Luiz Fux veiculada pela BandNews FM com o uso de inteligência artificial

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Mesmo afastado temporariamente da apresentação do programa O É da Coisa, devido a uma inflamação aguda, o jornalista Reinaldo Azevedo teve sua opinião transmitida pela BandNews FM 96.9 de São Paulo de maneira inédita: com o uso de inteligência artificial para reproduzir sua própria voz. O comentário foi ao ar nesta quarta-feira (10) e tratou do voto do ministro Luiz Fux no julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus ligados à tentativa de golpe em 2022. A utilização da inteligência artificial pela BandNews FM para veicular o conteúdo opinativo Azevedo está inserida em um movimento mais amplo de modernização do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Sob a liderança do CEO Claudio Giordani, o grupo tem promovido uma das maiores mobilizações do mercado nacional para uso estruturado de IA.

A iniciativa, que utilizou um texto original de Azevedo convertido em áudio, foi autorizada pelo próprio jornalista e destacada como exemplo de inovação editorial pela emissora. Mostramos como esses recursos podem preservar a essência da comunicação. Com autorização do jornalista, reproduzimos sua voz mesmo afônica, garantindo que a opinião fosse ao ar com autenticidade. Ferramenta usada com responsabilidade de maneira pioneira a favor do bom jornalismo, afirmou Sheila Magalhães, diretora de Jornalismo da Rede BandNews FM.

No comentário, Reinaldo Azevedo foi categórico ao criticar o posicionamento do ministro Luiz Fux. Não é preciso aguardar que o ministro Luiz Fux termine o seu voto para que concluamos que se trata de uma das peças mais vergonhosas jamais pronunciadas na história do Supremo, disse o jornalista.

Segundo ele, o ministro adotou uma postura destoante das decisões anteriores. Este senhor seguiu o relator, Alexandre de Moraes, e os demais ministros em 400 condenações dos peixes mais miúdos do golpe. Ele resolveu ser a voz esganiçada do ‘garantismo da impunidade’ no julgamento dos tubarões, afirmou.

Azevedo também criticou a mudança de entendimento de Fux em relação à delacão de Mauro Cid. Depois de votar pela nulidade nos três quesitos, anunciou uma mudança de ideia e votou pela validade da delacão de Mauro Cid, que ele já havia esculhambado algumas vezes. Por quê? Sei lá. Talvez para tentar diluir a impressão de que não é exatamente um juiz a votar, mas um sabotador, opinou.

Para o jornalista, o voto de Fux indicaria uma tentativa de absolver os réus mais influentes, apesar das evidências já apresentadas. Em suma: Fux votou pela nulidade do processo três vezes. Na suposição, em sua mente divinal, de que nulidade não houvesse, afasta todas as imputações e absolve os golpistas, resumiu.

Grupo Bandeirantes inicia curso sobre IA

Entre esta quarta-feira (10) e o mês de novembro, mais de 2 mil colaboradores passarão por treinamentos exclusivos em sistemas inteligentes. Paralelamente, o Comitê de Inovação da emissora — liderado por André Luiz Costa, CEO da Vibra (spin-off de tecnologia e estratégia digital da Band) — continua contratando especialistas e fornecendo ferramentas para 75 áreas da empresa.

Nos últimos três meses, cerca de 150 gestores participaram de workshops presenciais em São Paulo e no Google Brasil. O processo envolve ainda o desenvolvimento de agentes de IA e a modernização de metodologias e equipamentos em áreas que vão do conteúdo à publicidade, passando pelos departamentos jurídico e tributário. A proposta é clara: transformar a operação do grupo e consolidar sua posição como referência em conteúdo relevante e confiável no ambiente digital.


Ilustração: Instagram da BandNews FM

Leia o comentário de Reinaldo Azevedo na íntegra:

“Fux, que já condenou 400 vezes, dá voto vergonhoso sobre peixões do golpe”

Não é preciso aguardar que o ministro Luiz Fux termine o seu voto para que concluamos que se trata de uma das peças mais vergonhosas jamais pronunciadas na história do Supremo. Assumindo um tom professoral, como se fosse um mestre a falar a aprendizes, com a voz alguns tons acima do habitual, o homem não está exatamente a ler um voto, mas a fazer um comício em favor dos golpistas.

Compete, no rigor técnico, com o “jurista” Silas Malafaia, destacando-se que o pastor tem ao menos a virtude de ser menos pernóstico. Nunca antes na história do direito tantos juristas e humanistas foram citados em defesa de criminosos. Prestem atenção! Este senhor seguiu o relator, Alexandre de Moraes, e os demais ministros em 400 condenações dos peixes mais miúdos do golpe. Ele resolveu ser a voz esganiçada do “garantismo da impunidade” no julgamento dos tubarões.

O que aconteceu entre aquelas votações e o caso da tal cabeleireira, quando, então, resolveu operar uma inflexão, deixando claro que já mirava a proteção aos grandões do golpismo? Quais forças passaram a operar na mente divinal do ministro?

Fux votou pela nulidade de todo o processo, apelando a questões que já haviam sido examinadas pelos ministros: o foro, diz, deveria ser a primeira instância, não o Supremo, e permanecendo o caso no tribunal, que fosse então julgado pelo pleno, não pela turma. Alegou ainda cerceamento da defesa, que não teria tido tempo de examinar 70 terabytes de material colhido nas apurações, o que ele chamou de “bilhões de páginas” — hipótese, suponho, em que o processo seria concluído por volta do ano 2185... Comprou a tese do “data dump”, que ele chamou “document dump”, como se, efetivamente, todo e qualquer conteúdo extraído de celulares e computadores fossem relevantes para o processo.

A tese foi inicialmente levantada pela defesa do general Braga Netto e, claro!, encampada também pela de Bolsonaro, como se houvesse no que eventualmente não se leu alguma informação que contestasse, por exemplo, os testemunhos dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica, respectivamente, Freire Gomes e Batista Jr., sobre a minuta golpista. Não interessa. Para Fux, tudo deveria ser anulado. Insisto: duas das preliminares já haviam sido julgadas pela turma. Fux, pelo visto, só toma como decisões dos tribunais aquelas que contam com a sua anuência.

Imputações

Depois de votar pela nulidade nos três quesitos, anunciou uma mudança de ideia e votou pela validade da delação de Mauro Cid, que ele já havia esculhambado algumas vezes. Por quê? Sei lá. Talvez para tentar diluir a impressão de que não é exatamente um juiz a votar, mas um sabotador. Insisto: quando se tratou dos bagrinhos, este senhor acompanhou a condenação nada menos de 400 vezes. Por que, então, não pediu a nulidade? Quanto menos, uma das razões por ele alegadas estava posta: a questão do foro.

Na sequência, Fux passou a examinar as imputações. Não reconhece a organização criminosa porque, em síntese, disse não ver a existência de um grupo estruturado e estável. Menos ainda a organização criminosa armada, a despeito de todas as evidências de violência.

Também não acata as imputações de crimes contra o patrimônio porque, diz, seria uma forma de responsabilização objetiva, já que não existiria uma determinação dos réus para que aqueles crimes fossem cometidos. Ignora que chefões do golpismo controlavam os acampamentos.

Ficou para a segunda parte do voto o exame dos crimes de tentativa de abolição do estado de direito e de tentativa de golpe de estado. Segredo de Polichinelo. Também vai afastá-los. Aliás, já fez isso quando a questão nem estava em julgamento. Deixou claro que não reconhece os dois tipos como crimes autônomos. Mais: entende que a tentativa não caracteriza o crime consumado — e que se dane o Código Penal — e vê no conjunto nada além de atos preparatórios, jamais executórios.

Em suma: Fux votou pela nulidade do processo três vezes. Na suposição, em sua mente divinal, de que nulidade não houvesse, afasta todas as imputações e absolve os golpistas. Aquele que sempre foi considerado uma espécie de Torquemada das ações penais — basta ver como se comportou nas votações dos chamados “mensalão” e “petrolão” — se tornou agora uma pomba do garantismo. Definitivamente, os golpistas amoleceram seu coração.

O futuro

Tudo indica que o resultado será um 4 a 1 pela condenação dos réus com divergências no caso das penas — e, sim, Fux poderá participar da dosimetria. Como se trata de um processo que padece, já se disse no tribunal, de excesso de provas, é claro que as defesas podem comemorar. E se abre uma perspectiva, ainda que remota, de que um dia se venha a anular o julgamento.

Digamos que um candidato de direita vença a eleição presidencial. Indicará três ministros: substituto do próprio Fux em abril de 2028; de Cármen Lúcia em abril de 2029 e de Gilmar Mendes em dezembro de 2030. Sempre escrevi aqui e disse em toda parte que os advogados de defesa apostavam e apostam numa virada política do jogo, já que resta pouco a fazer na esfera jurídica.

Mas precisavam de alguém que tivesse, digamos, a coragem de fazer o que Fux faz. E esse tipo de coragem ele sempre teve...”.


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Tags: Reinaldo Azevedo, BandNews FM, inteligência artificial, Grupo Bandeirantes, Luiz Fux, STF, O É da Coisa

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Carlos Massaro
  • Carlos Massaro – Radialista e jornalista, já atuou como coordenador artístico da Band FM de Promissão/SP e como locutor nas afiliadas da Band FM em Ourinhos/SP e na Interativa FM de Avaré/SP. Também trabalhou como jornalista na Hot 107 FM 107.7 de Lençóis Paulista/SP, além da Jovem Pan FM 88.9 e Divisa FM 93.3, ambas de Ourinhos/SP. É advogado inscrito na OAB/SP e membro efetivo regional da Comissão Estadual de Defesa do Consumidor da OAB/SP. Está no tudoradio.com desde 2009, sendo responsável pela atualização diária da redação do portal. LinkedIn


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