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Terça-Feira, 05 de Outubro de 2010 @

Imposto Profissional

Pensei em muitos temas para poder debater com vocês, mas o assunto que vou falar hoje considero importante: O imposto profissional.

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Pensei em muitos temas para poder debater com vocês, mas o assunto que vou falar hoje considero importante.

O imposto profissional.

Albert Einstein disse um dia: “A coisa mais difícil de compreender no mundo é o imposto profissional.”

Pensei muito a respeito. Pensei em todas as dificuldades que enfrentamos para atingirmos os nossos objetivos.

Todas essas dificuldades podem ser comparadas a impostos.

Vejo muitos jovens dando duro em faculdades de rádio. Vejo jovens aprendendo no dia a dia a ser locutor, a ser operador de áudio, a ser produtor.

Mas também vejo o lado oposto, o caminho fácil.

E é esse caminho fácil, que algumas vezes nos deparamos, que desencoraja muitos profissionais.

Vamos pensar. Refletir.

Eu sou carioca e estou em Curitiba há três anos. Desde que cheguei à cidade, converso com muitos radialistas e amigos sobre o atual mercado radiofônico curitibano. E o que mais escuto são os problemas existentes no rádio. Todos os problemas que cada um de nós enfrentamos em nossa escalada profissional.

As maiores reclamações são: falta de apoio dos donos / diretores de rádio, falta de perspectiva de crescimento profissional, discriminação, salários etc... Enfim... Muita coisa.

Eu considero Curitiba uma grande capital com um potencial de rádio gigantesco. O mercado aqui é bem diversificado. Temos opções de rádio em todas as segmentações: jovens, populares, adultas, etc...

Mas em contra partida, encontramos problemas que cada vez mais enfraquecem o mercado.

O primeiro, em minha opinião, é a desvalorização profissional.

Temos cada vez mais profissionais multitarefas. O que por um lado é ótimo para poder desenvolver a criatividade e o conhecimento de diversas áreas. Mas por outro lado, isso muitas vezes é levado pelas empresas como forma de diminuir as oportunidades de mercado, sugando todo o potencial de um só profissional sem dar nenhum retorno ao mesmo. Seja esse retorno financeiro ou de acúmulo de cargo em carteira. Isso fecha o mercado.

O que era bom, pode se tornar um pesadelo. Não só para o profissional multitarefa, que acabará estressado e desmotivado; como para o profissional que tenta ingressar no mercado e não encontra vaga disponível.

O segundo fator é a discriminação e o preconceito.

Vejo muitos profissionais de fora reclamar da discriminação em serem recebidos nas rádios. E eu me pergunto: Por quê??

Rádio é cultura. Cultura é diversidade. O Brasil é um país multicultural! Porque não unir o útil ao agradável. Misturar e somar experiências! Muitas vezes um profissional do Rio, de São Paulo ou de Belém pode lhe passar uma nova idéia, uma nova visão. E você pode contribuir com a sua experiência e o seu toque de regionalismo.

Sabe quem irá ganhar com isso? O rádio e o ouvinte.

O terceiro fator é a remuneração.

Cada vez mais os radialistas encontram-se em um mercado onde não existe a visão de um plano de carreira, de aumento salarial e remuneração por desempenho.

Por isso digo, nós, os profissionais do rádio, temos que nos unir por um mercado melhor. Por um mercado mais competitivo e com mais oportunidades.

Oportunidades de crescermos. Oportunidades de ganharmos reconhecimento profissional e financeiro.

Que os diretores e donos de rádio entendam que liderar não é impor; mas despertar nos outros a vontade de fazer.

Quem faz rádio, faz por amor. Por gostar da profissão e por ter o rádio na veia.

Quem faz rádio gosta de perder horas falando de programação, de promoção e até da parte comercial.

Em rádio só se trabalha quem ama a profissão.

Por isso eu proponho uma campanha em prol do rádio baseada em um texto de uma escritora que gosto muito que diz:

Vamos ser mais bem-humorados, mais desarmados. Vamos ser profissionais sérios e responsáveis e, ao mesmo tempo, leves. Vamos agir com delicadeza, soltura, autenticidade, sem obediência cega às convenções, aos padrões, aos patrões. Vamos ter um pouco mais de jogo de cintura, de criatividade, de respeito. Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias.

Vamos vencer os impostos profissionais do rádio.

See Ya!

Aline Becker

Tags: radialistas

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Colunista
Aline Freitas Aline Freitas é empresária, produtora artística e radialista com passagem por emissoras do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná entre elas, Jovem Pan, Rádio Cidade, Jb Fm, Extra Fm, entre outras. Também atua como consultora em marketing digital.










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