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Sábado, 23 de Abril de 2011 @

Quando o Tsunami chegar

Faz tempo que temos conversado sobre a necessidade de repensarmos o conteúdo que o rádio oferece. Falta de criatividade, ousadia
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Faz tempo que temos conversado sobre a necessidade de repensarmos o conteúdo que o rádio oferece. Falta de criatividade, ousadia, inovação diante de uma audiência que é cativada por cada vez mais opções de mídia é um bom argumento.

Nem preciso dizer que as pessoas estão deixando de ouvir rádio e assistir TV enquanto buscam na internet algo mais segmentado, interativo e conectado ao seus desejos. Claro, sabemos que as emissoras estão correndo atrás, disponibilizando suas produções no ambiente virtual, já que, se não for assim, falarão para um público cada vez menor.

Provavelmente não é novidade para você que os veículos de comunicação de massa, aqueles que dependem de volume de audiência, estão direcionando o que fazem para as classes C/D/E, não só porque nelas tem mais gente, como também porque nos extratos mais populares há menos exposição as revoluções tecnológicas que amplificam o acesso a novas mídias e gera uma audiência mais exigente.

Estou tocando nesse assunto porque tenho sentido em muitos diretores de rádio o seguinte dilema "Sei que preciso investir em novos conteúdos, repensar minha programação, fazer algo mais interessante. Mas confesso que não sei até que ponto isso é absolutamente relevante para que eu tenha mais audiência hoje." Aí é que está. Se dependemos de audiência para faturarmos e o volume de audiência está nas massas que, por sua vez, ainda não chegou nesse patamar de exigência que tanto discutimos, por que raios devemos mexer em time que está ganhando?

Nesse caso, minha pergunta é: Ganhando até quando?

Não é preciso muito estudo para entender o quanto já perdemos em volume de audiência. O que há dez, quinze anos representava pouca coisa, hoje é disputado por quem quer permanecer (ou chegar) no topo. Tem cada vez menos gente ouvindo rádio.

Arrisco dizer que em menos de cinco anos esse numero diminuirá radicalmente a medida em que nossa audiência recorrerá a outras mídias. Esse é o ponto. As pessoas continuarão a gostar de música, ganhar prêmios, participar de promoções, mas o fato é: será que elas vão continuar buscando isso no rádio? Pensando nisso, a maioria das emissoras já disponibilizam conteúdo em podcast em seus sites, por exemplo. E fazem bem, afinal, daqui para frente estaremos falando com gente cada vez mais habituada com palavrinhas como "interagir", "compartilhar" e "produzir", inclusive conteúdo próprio. Tudo está mais claro nas classes A/B mas é óbvio que para chegar as C/D/E é só questão de (pouco) tempo.

Talvez quem esteja focando seu conteúdo para o "povão" ainda questione a real necessidade de reposicionamento de conteúdo. Talvez esses não vejam o porteiro assistindo TV através do celular na portaria, a padeiro ouvindo rádio pelo celular, as domesticas parcelando computadores em lojas de eletrodomésticos.

É possível que alguns donos ou diretores de rádio não acreditem que a "revolução" da comunicação, a partir das novas tecnologias, chegue as classes populares.

"Conheço minha audiência e sei que sempre existirá quem consome o que ofereço", pensam, sem saber que o que ele oferece é cada vez mais buscado em outras mídias, como música por exemplo. A começar pelos mais jovens, é questão de poucos anos para que essa mudança esteja mais clara entre as camadas populares e, quando for assim, ganharão os que sairam na frente, sabendo que, apesar da aparência de normalidade, um grande Tsunami está a caminho.

Nesse dia, sobreviverão os que se preparam hoje, olharam o horizonte e reconheceram que, no mundo das comunicações, não há e haverá cada vez menos espaço para comodismo.

Quando o Tsunami chegar, onde você estará? Como tem se preparado?

Pense nisso.

Em tempo: Criei um canal para gerar conteúdo para debatermos o rádio. É o "Video Papo de Rádio", disponível no meu novo site >a href="http://fsiqueira.com/" target="_blank">http://fsiqueira.com/ Apareça, sugira temas, compartilhe as informações que coloco no ar todas as semanas. Isso está ligado com meu trabalho de consultoria e treinamento em rádios, iniciado faz pouco tempo. Informe-se ! Já tem muita gente sugerindo temas - inclusive para as colunas do TR -. Quando puder acesse: http://fsiqueira.com/video-papo-de-radio/ Acho que vai gostar. Te vejo lá!
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Colunista
Flavio Siqueira

Flavio Siqueira é escritor e radialista. www.flaviosiqueira.com










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