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Segunda-Feira, 16 de Maio de 2011 @

Futebol em FM: vantagens e os perigos

Vale a pena investir em transmissões esportivas, ou melhor, de partidas de futebol? Vale e não vale. Saiba mais.
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Durante essa semana um radionauta do Tudo Rádio entrou em contato comigo via e-mail solicitando informações sobre o atual panorama do rádio brasileiro em relação às transmissões esportivas. Um assunto no mínimo interessante e que pode virar uma discussão importante para a atual fase do rádio. Vale a pena investir em transmissões esportivas, ou melhor, de partidas de futebol?

Valer, vale. Principalmente no ponto de vista comercial. O retorno em faturamento é rápido e pode alcançar receitas que uma determinada emissora de rádio não conseguiria alcançar em um curto período de tempo, dependendo do trabalho artístico efetuado por essa estação. Claro que é necessária a relização de investimentos em equipes de jornalismo esportivo e também técnica. Mas esse retorno vem para todo mundo?

É fácil obter um retorno financeiro quando o produto possui demanda no mercado. Alias fácil é maneira de dizer: só não conquista retorno se o produto for muito ruim ou for apresentado de uma maneira extremamente equivocada. Então a ?bola da vez? é futebol no rádio, correto?

Não necessariamente. É preciso ter demanda de público e clientes interessados em investir em um projeto como esse. Duas, três ou até quatro rádios em FM investindo nessa linha de planejamento até vai bem (dependendo do tamanho do mercado). Cinco, seis e talvez mais estações batendo nessa mesma tecla, esquece. Não se pode ter em um mercado um número próximo a metade de estações investindo no mesmo produto. Ai ele passará longe da vantagem.

Existe outro fator importante para ser considerado. O produto esporte/futebol gera retorno rápido dependendo da demanda do mercado onde a rádio investidora atua. Porém ele também impõe outras questões à estação, como a mudança no publico da FM. Várias rádios já são reféns financeiras do produto futebol e sofrem com o ?esvaziamento? do público que anteriormente era o alvo da rádio e considerado fiel à programação anterior. Pode ser um caminho sem volta e também turbulento caso mais estações de um mesmo mercado aderem esse tipo de planejamento.

O estudante de jornalismo Rafael Rosa de Souza possui o investimento em transmissões esportivas pelas rádios como tema de sua monografia. O futuro jornalista diplomado entrou em contato comigo através do Tudo Rádio e incitou essa discussão. Acompanhe as perguntas feitas pelo estudante que foram respondidas por mim (Rafael autorizou a publicação do conteúdo). Acompanhe:

Atualmente, o mercado radiofônico tem investido na transmissão de partidas de futebol e em programas esportivos?

Sim, boa parte das emissoras de programação jornalística e também algumas estações musicais de diferentes segmentos. Só nesse ano (2011) tivemos a estréia da Estadão ESPN em São Paulo (rádio que também gera conteúdos e transmissões ao vivo para outras emissoras de diferentes regiões do país), além dos inícios de transmissões esportivas em rádios como 98 FM de Curitiba, BandNews FM (São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto), Interativa FM (Goiânia), Regional FM (Florianópolis), 98 A Rádio Rock (Santos), entre outras.

Você possui dados com números e/ou percentuais de emissoras de rádios que transmitem o futebol hoje em dia, seja a nível Brasil, ou na região que você dispuser? Se tiver, pode me enviar?

Não existe um número fechado em relação a isso. Apenas em 2012 e com a proximidade com a Copa do Mundo de 2014 teremos um número mais fixo, já que alguns projetos esportivos não chegam a completar 1 ano no ar.

Você acredita na força do rádio, no que diz respeito a transmissão esportiva, de que ela não perecerá?

Dificilmente. O futebol trás uma receita extra considerável às emissoras de rádio, algo que geralmente elas não conseguem obter com um trabalho comum comercial em sua praça. Porém é preciso cuidar de outro fenômeno que ainda não incomoda o mercado: se todas as FMs e AMs migrarem para esse tipo de planejamento, vai banalizar o produto futebol/esportes no rádio. É bom que cada mercado mantenha um equilibrio. Existe público que quer acompanhar futebol no rádio, mas também existe uma parcela ainda maior que não deseja isso.

Qual a relação do rádio com as novas tecnologias? Elas representam novos desafios ou vieram para somar de alguma forma?

Representam novos desafios e também somam com o rádio como conhecemos. No momento e provavelmente nos próximos anos, essas novas tecnologias serão "adicionais" ao produto rádio, não o principal como é a transmissão que conhecemos em AM e no FM.

Você conhece muitas pessoas que acompanham jogos de futebol pelo rádio?

O número é considerável. Ainda mais pelas emissoras que transmitem futebol serem minorias em seus mercados.

A que você atribui o sucesso da tabelinha entre o futebol e o rádio?

Emoção repassada pelos locutores, possibilidade de acompanhar em qualquer lugar (carro, estádio ou até mesmo em casa enquanto o ouvinte executa outra atividade) e a agilidade do meio rádio.


E você? Concorda com o panorama apresentado nessa coluna? Opine através de nosso Twitter (clique aqui para acessar) ou envie um e-mail para [email protected]


Tags: Futebol

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Colunista
Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.










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