Segunda-Feira, 07 de Outubro de 2013 @
O rádio anda marginalizado. O meio precisa urgente de mais atenção de todos os setores ligados à ele.
A partir de hoje vamos explorar textos mais políticos e polêmicos sobre temas que influenciam na vida do meio, independente da linha editorial abordada. Se você tem um material que considere ser importante para compartilhar com outros profissionais, mande para a redação do Tudo Rádio dar uma olhada. Após uma análise (sem prazo definido, obedecendo as prioridades da agenda da redação do Tudo Rádio) o texto poderá aparecer aqui, com os devidos créditos. Não é obrigatória a sua identificação como autor caso prefira.
Atenção: O Tudo Rádio não se responsabiliza pelos textos publicados nessa área, função remetida ao autor do mesmo. Participe!
Hoje o texto é sobre a burocracia e demora que afetam o meio em relação à concessões, aumento de potências, entre outras adequações técnicas. Também aborda o destrato que há com o meio. O autor preferiu não se identificar publicamente, mas deixou um endereço eletrônico para contato (veja no rodapé da coluna). Boa leitura.
O Rádio merece mais carinho
O rádio é o mais democrático meio de informação, cultura e entretenimento para a população. Todo mundo tem rádio em casa, aliás, mais de um. As pessoas acordam com o rádio, ouvindo músicas, notícias, casos e muita alegria, tudo isso inteiramente de graça. Alguém já imaginou viver sem o rádio?
Todo mundo gosta do rádio. Quem não ouviu seu time de futebol preferido pelo rádio? Sua música, notícias. Começou pela rádio AM, hoje combalido e morrendo, depois veio o FM, em pleno vapor, e agora falam no digital. Mas, parece que tem gente que não gosta do rádio!
Vou mais longe. Agem como inimigo do rádio. Talvez até por falta de informação e conhecimento do que é o radio, não o rádio que se ouve, mas a “Empresa Rádio”, os radiodifusores, que fazem a programação, cuidam do conteúdo, admitem radialistas, locutores, pagam impostos, etc, e são obrigados a uma série de obrigações que poucas empresas têm. Até parece que são penalizados por terem esse compromisso com a população de levar alegria, informação e conteúdo. Verdadeiros prestadores de serviços a comunidade.
Tanto o Ministério das Comunicações como a Anatel contribuiriam mais com a sociedade se participassem mais de como é feito o rádio, ou seja, vivendo mais a “empresa” e não simplesmente normatizando, multando, burocratizando, dizendo sempre não, impedindo o veículo de crescer, ou seja, prejudicando muito o rádio e, com isso, a população. Hoje, uma rádio, para não ser severamente multada, ter suas transmissões suspensas, ou sua concessão cassada, tem de ficar atenta aos mínimos detalhes de uma legislação rigorosa que é praticamente impossível de ser atendida.
Recentemente na imprensa geral, noticiou-se que a Anatel está elaborando um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que as operadoras de celular deixem de pagar bilhões de reais, isso mesmo, BILHÕES DE REAIS, em multas, obrigando-as a transformar esse valor em investimentos em sua rede e equipamentos.
Por outro lado, a Anatel e o Minicom pretendem que as rádios sejam mais oneradas ainda com outros encargos, como o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação), e ainda com data retroativa.
Por que não estendem esse TAC , um prêmio para as operadoras de celulares, ao rádio? Por que as altíssimas multas aplicadas aos radiodifusores não sejam transformadas em mais microfones, torres, antenas, transmissores, equipamentos, etc? Por que benefícios somente para as operadoras de telefonia celular, que têm as tarifas mais caras do mundo no Brasil e são as campeãs de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor? Quem se atreve a dizer que é bem atendido pela sua operadora de celular? O 3g funciona? Cadê o 4g da Copa?
No Procon não temos reclamações do rádio.
Radiodifusores, acordem...
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