Terça-Feira, 13 de Janeiro de 2015 @
A falta de cuidado e/ou manutenção com algo simples relacionado ao áudio da emissora "estraga o produto"
Olá pessoal! Estamos iniciando agora mais um ciclo de colunas do Tudo Rádio, com a expectativa de poder contribuir de forma significativa para o rádio em 2015, algo que tem sido a missão de nossa equipe ao longo desses últimos anos. Sempre procuramos temas de interesse dos ouvintes e do mercado e, se por algum motivo ele “cutuca” algo de negativo no rádio, a intenção é sempre de ajudar e não de jogar o meio para baixo. O rádio segue forte em audiência, influência na sociedade e também como um veículo apaixonante. Por isso vamos continuar abordando pontos positivos e negativos das áreas técnica, artística, audiência, publicidade, tecnologia, entre outros temas. Hoje eu vou falar de impressões no FM. Acompanhe:
Entre novembro e esse início de 2015 eu rodei mais de 7.000km entre os estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, sendo tudo de carro. Os motivos foram diversos, sendo relacionados à questões profissionais e pessoais. O que importa nesse ato para a coluna foram as escutas, afinal foram 7.000km de dial sendo girado para frente ou para trás. Sendo assim é inevitável que algumas situações expostas pelo rádio chamem a atenção. Entre elas está a qualidade do áudio emitido pelas estações desses três estados, independente da cidade de origem e também do tipo de programação. Existem bons exemplos e também alguns destaques negativos.
O que mais me chamou a atenção foi a ausência do som estéreo. Isso mesmo: FMs sem estéreo. E pelo visto não é algo proposital, pois o receptor indica a presença do sinal estéreo. Apesar de ter rodado mais de 7.000km, esse problema é maior no meu quintal: Curitiba. Rádios importantes estão há meses com o som distorcido e/ou com o estéreo ausente (apesar do receptor mostrar o contrário). Isso é grave: são FMs que possuem a produção musical como carro-chefe de seus projetos, voltadas a públicos exigentes. É preciso cuidar do som da FM, afinal ele é o produto final das emissoras. Esse produto está chegando “pela metade” ou com qualidade inferior ao que é proposto.
Algumas situações técnicas, geralmente aquelas que envolvem cobertura de sinal, são mais difíceis de resolver. Mas a qualidade do áudio deve ser sempre impecável. Por mais caro ou difícil que seja a solução de um eventual problema na transmissão (principalmente no áudio da emissora), ele não pode durar por mais de uma semana. E esses problemas constatados em Curitiba (e que não são exclusividade da capital paranaense) persistem há meses.
Enfim, vou aproveitar essa “andança” pelos três estados e abordar outros pontos curiosos originados pelas escutas realizadas, além de citar bons exemplos de operações no rádio (temos vários, o que é muito bom). Aproveito para pedir a sua participação e sugestão de temas. Envie para [email protected]
Ótimo 2015 a todos! E boas escutas!
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.