Terça-Feira, 03 de Março de 2015 @
O crescimento do rádio em dispositivos móveis e a importante presença do FM nos celulares.
Com a mudança de hábito da população e o crescente acesso ao Rádio no celular, confirmado pelos dados da Pesquisa PNAD do IBGE e da ABERT de 2004 a 2014, tem se tornado o ouvinte de rádio um consumidor de taxa de dados da telefonia celular, pagando por isto e consumindo mais bateria quando utiliza aplicativos convencionais (apps).
A não ser os apaixonados por rádio e seus aficcionados, são poucos os que ainda compram um receptor de rádio convencional. Entretanto não deixam de atualizar seus celulares mais de uma vez a cada dois anos, pela constante evolução dos aplicativos e facilidades das operadoras. A telefonia fixa é declinante em números de pares físicos mas a móvel já supera em mais de 15% o número de habitantes de nosso País.
Então como o rádio enfrenta essa batalha, permanecendo seu acesso tão crescente e com credibilidade, não perdendo seu conteúdo espaço na audiência?
A primeira grande batalha é mostrar aos fabricantes de aparelhos celulares que o consumidor se interessa por receber sua emissora pelo receptor que existe nos modelos da plataforma “android” e algumas versões da “apple” como o I-pod. Ao ouvir pelo AR, normalmente com a antena (fone) não aumenta sua conta e não consome tanta bateria.
Nos Estados Unidos esta campanha é forte e tem o apoio da FEMA – que o órgão federal que faz o gerenciamento dos casos de crise, emergências e catástrofes climáticas. Por uma questão ambiental e cultural lá há muito tempo já existem os receptores de rádio dedicados aos canais do tempo, avisando a população das situações de perigo, e como buscar ajuda e orientação pelo rádio/tv no AR e gratuito.
Uma das peças da campanha veiculada nos Estados Unidos (clique na imagem para ampliar)
Apoiando a Cruz Vermelha vários fabricantes de receptores colocam no mercado os dotados de alimentação por energia solar e por magneto a manivela (veja figura de um receptor típico). Em casos de corte de energia por inundações, ciclones, terremotos, é comum a telefonia entrar em colapso em suas transmissões normais.
Já o rádio é um veículo de comunicação de massa, de alcance regional, com seus parques de transmissão com geradores e acesso direto e automático ao sistema de alertas mantendo a população orientada e preparada para buscar os abrigos nestes episódios.
A venda dos receptores de emergência é declinante busca-se no celular a recepção livre do rádio para a continuidade da segurança, com programas como o “free radio on my phone” para que a população se mobilize buscando os celulares que tem o radio “embutido” sem uso de dados.
No Brasil a ABERT – Associação Brasileira de Radio e Televisão e as regionais como a AESP – Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo apoiam a campanha “smart é ter rádio de graça no celular” e irão apresentar na Sala da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão) em Las Vegas, NV, no dia 13 de abril, às 12:00 horas a importância destas campanhas, principalmente para a Migração uma vez que por razões técnicas só é possível incorporar ao telefone o receptor FM (incluindo a faixa estendida) de 76 a 108 MHz.
O Comitê Técnico AESP busca no estado de São Paulo, através de entendimentos com o DAEE, com dados fornecidos pelo SAISP - Serviço de Alerta a Inundações a obtenção dos avisos de emergência já disponíveis, a cada 5 minutos, em casos de fortes chuvas para que a população e o trânsito de veículos busquem rotas e locais seguros, ou montem planos estratégicos de deslocamento, reforçando a utilidade pública do Rádio.
(c) Eduardo Cappia - Março/2015 - Texto também publicado na coluna Hot News do portal da Hot 107 FM 107.7 de Lençois Paulista (SP)
José Eduardo Marti Cappia - Graduação 1979 pela Universidade de Mogi das Cruzes. Engenheiro Eletricista com habilitação em: Eletrônica e Eletrotécnica. Consultor Técnico propagação – Sistemas Antenas FM Shively Labs. Diretor de Radio SET; Liderança Técnica AESP – desde 2011 e Diretor da Empresa EMC Diretor da Empresa EMC – SOLUÇÃO EM TELECOMUNICAÇÕES deste 1991. .