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Quarta-Feira, 22 de Abril de 2015 @

A sobrevivência do Rádio - Programação musical

Quarta parte da conversa sobre o futuro do rádio, com foco nas grades musicais feitas pelas emissoras brasileiras.

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Olá querido leitor radialista ou fãs de rádio. Volto com um tema comum, mas que muitos tem me questionado ultimamente. Vou falar neste texto sobre programação musical.

Um amigo de rádio me perguntou o seguinte: “Afinal, quem deve influenciar na programação musical de uma emissora?”.

A resposta é única, O SEU OUVINTE.

Os cantores, gravadoras e sistemas de monitoramento de Rádio, devem servir apenas como fornecedores de informações e produtos.

Depois de ter o perfil de ouvintes a ser atingido pela sua emissora definido, você deve buscar o que esse público mais gosta de ouvir. Por exemplo: Você quer ter a maior fatia do mercado de audiência no Público 25+ (acima dos 25 anos). Para isso, tenha a ciência do que esse perfil de audiência, em sua maioria, deseja ouvir, respeitando principalmente a região.

Em várias oportunidades de viagens para o Nordeste, Norte e até mesmo São Paulo, foi perceptível a diferença do gosto musical entre as regiões. Para resumir, toque aquilo que os ouvintes da sua região realmente gostem de ouvir. Não é por que a Rádio “Tal” da Capital “X” está tocando determinada música, que você deverá tocar na sua emissora. Não é por que “Tal” pessoa falou que a música “X” está “bombando” pelo Brasil, que seja verdade e que você precise incluir na sua programação. Você é radialista e tem de ter a sensibilidade, além de dados baseados na realidade do seu público, para saber que a música é boa para a sua programação.

Me fizeram uma outra pergunta: “E a Blitz, o que você acha disso?”

Em resposta, a grosso modo, acho prejudicial para as emissoras de rádio. No último mês, se a minha memória ainda estiver boa, foram solicitadas pelo menos 8 Blitze, onde 4 eram em dias seguidos. E você se pergunta: “Por que esse maluco fala que tocar lançamentos em 4 dias seguidos, 5 vezes ao dia –como desejam todos os artistas-, é prejudicial?

Lembro que além dessas Blitze seguidas, você tem musicais ainda consideradas novas na sua programação. Quando o ouvinte não conhece uma música e está sem paciência, logo ele troca de sintonia.

Em todos os meus estudos e ensinamentos de marketing aplicados pelas faculdades pelas quais passei, sempre coloquei que para você ter audiência, tem de tocar músicas que os ouvintes no mínimo “cantarolem” ou “assobiem”. Mas se você não concorda com isso e participa excessivamente de lançamento em sua programação, que pelo menos inclua o lançamento dentro de um equilíbrio musical, ou seja, esteja entre dois grandes sucessos, os quais o seu ouvinte já saiba cantar ou tem grande simpatia.

Antes que escritórios de artistas ou gravadoras me sacrifiquem e meus amigos divulgadores fiquem tristes comigo, lembro que trabalhos de lançamentos devem ganhar uma nova cara.

Apesar da Geração Z ter a necessidade de coisas novas, temos uma grande maioria de gerações mais velhas ouvindo Rádio. Por isso, o cuidado com excesso de lançamentos na programação.

Vamos atender os desejos de nossos ouvintes e tocar o que eles querem ouvir?

Será que “enfiar” músicas a “goela a baixo” como diria meu saudoso avô, durante tanto tempo, não seja um dos motivos do rádio perder ouvintes? Lembre-se que a internet oferece milhões de músicas para se ouvir praticamente de graça.

Estou a disposição para discutir mais sobre o assunto pelo meu e-mail: [email protected]

Tags: programação musical, rádio, projeto, artístico

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Colunista
Cristiano Stuani
  • Cristiano Stuani – Formado em Administração com Pós em Planejamento e Gerenciamento Estratégico, Professor Universitário e com vasta experiência em Marketing, Artístico e Digital em diversas rádios do Paraná e São Paulo, incluindo a coordenação da 98 FM de Curitiba e gestão artística da Massa FM em São Paulo, Curitiba, Maringá e Londrina. Como Head de Digital do Grupo Massa de Comunicação, liderou estratégias de digital em TVs, rádios e portais, enquanto continua sua formação em Inteligência Artificial e atuando como consultor para emissoras de rádio e coordenador do PDA - Programa de Desenvolvimento Acaert. (Cursos profissionalizantes para associados de Santa Catarina). LinkedIn









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