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Terça-Feira, 05 de Janeiro de 2016 @

A sobrevivência do Rádio - Músicas e artistas semelhantes

Uma reflexão sobre os "hits" atuais e como trabalhar a grade musical de uma rádio

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O mercado atual da nova música sertaneja vem sofrendo, isso mesmo, SOFRENDO um excesso de músicas alusivas a bebidas alcoólicas e artistas com timbres de vozes muito parecidos. Isso é bom ou ruim?

Bem, tudo o que é em excesso é ruim. Até agua demais não faz bem.

Hoje temos, no mínimo, 10 duplas ou artistas que seguem o exemplo da formação original de João Carreiro e Capataz, Jads e Jadson e por ai vai. Muitos artistas e empresários seguem a MODA deste estilo sertanejo para pegar uma carona no sucesso de um e de outro, fazer alguns shows e faturar algum por ai. Mas será que eles pensam nas rádios?

Acredito que não. Na minha opinião pensam somente em seus próprios bolsos, pois, se pensassem nas rádios, ou melhor, nos cuidados com os ouvintes, trariam coisas novas para as nossas mesas.

Então eu pergunto a esses empresários: Cadê a criatividade meu povo?

Vamos pensar juntos: Se uma emissora de rádio entrar com pelo menos 5 duplas de estilos semelhantes na programação, além de correr o risco de perder a audiência, pois não são todos os ouvintes que gostam deste estilo, a emissora não estará mostrando uma falta de preocupação com o que pode ser cansativo e com a identidade da programação?

Outra pergunta: Será que os ouvintes, principalmente os mais velhos, conseguem diferenciar um artista do outro?

Podem até diferenciar, mas quanto tempo vai levar pra isso acontecer?

Para complicar ainda mais a programação musical, não basta a semelhança entre os artistas, mas também com os temas e letras das músicas.

A moda agora é de músicas SOFRÊNCIA, tratando sempre de algum desiludido no amor em uma mesa de bar cercado de goles de bebidas e garçons.

Será que os compositores seguem sem criatividade ou realmente é mais fácil copiar e fazer uma letra basicamente com sinônimos?

Músicas que tratam do mesmo tema é bom para os ouvintes?

Bom, desde que não seja um exagero, com intervalo entre uma e outra, sem problemas.

E a alusão à bebida?

Isso sim, na minha opinião, tem sido perigoso. A pior música de todos os tempos, a qual ouvi esses dias, foi a do Gusttavo Lima, que dizia que Eu vou morrer mas eu não paro de beber. Será que o compositor e o cantor sabem o número de famílias com problemas de bebidas alcoólicas, inclusive entre adolescentes, no Brasil, para querer levar isso como se fosse uma coisa muita legal e divertida, pelas mais de 5 mil rádios do nosso pais?

Enfim. Vamos tocar sim músicas que falam de bebidas, pois faz parte da história do sertanejo mais raiz, mas vamos equilibrar, sempre oferecendo uma sequencia de temas diferentes.

Todo responsável pela programação tem de agradar o seu ouvinte e fazer o possível para pensar como o ouvinte pensa. Por muitas vezes ouço de alguns ouvintes: nossa, essa rádio só toca música que fala de bebida.... essa música não tocou agora pouco?... mais um cantando assim?

As programações estão muito iguais, repetitivas e cansativas. Nós radialistas temos que nos preocupar em agradar os nossos ouvintes e não em entupir a programação para agradar escritórios ou empresários que pensam somente em seus próprios sucessos.

A falta de inovação e criatividade tem feito com que os ouvintes busquem coisas novas na internet, pois o Rádio tem oferecido muita “mesmice”. Mesmice nos timbres de vozes... mesmice nas histórias das músicas...

Para finalizar, você me pergunta: então uma emissora não pode tocar músicas ou artistas parecidos? A resposta é: Pode, mas com dosagens certas.

Esses dias ouvi em uma emissora, num mesmo bloco musical, Bruno e Barreto e Jads e Jadson. Evite esse tipo de combinação. Se o programador definir que apenas 3 artistas desse estilo fazem parte da programação, ele consegue dar um intervalo mínimo de 1 hora e meia de um para o outro.

Dúvidas, sugestões e troca de dieas, escrevam para mim: [email protected]

 

Tags: programação musical, rádio, projeto, artístico

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Colunista
Cristiano Stuani

Consultor de Marketing e Professor Universitário no Curso de Administração de Empresas. Formado em Administração com Pós em Planejamento e Gerenciamento Estratégico. Foi Diretor de Marketing e Artístico da Rádio Paiquerê FM 98.9 de Londrina, Gestor de Implantação da Rede Kairós FM, além de atuar como marketing nas Rádios Folha FM 102.1 e Igapó FM 104.5 (ambas em Londrina), com passagem pela coordenação da 98 FM 98.9 de Curitiba (Grupo GRPCOM), marketing da Rádio Banda B AM 550 FM 107.1 de Curitiba, gestão artística da Massa FM 97.7 de Curitiba e de São Paulo (FM 92.9), além de Head de Digital do Grupo Massa de Comunicação.










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