As mudanças ocorrem e nem sempre a gente se da conta de como eram as coisas antes. Por mais que eu tente não consigo separar o presente do passado. Estudando o passado não erramos no futuro.
Quero compartilhar com vocês essa característica de quem gosta muito do meio rádio ou melhor, quem gosta muito de comunicação. Mesmo tentando olhar pra frente, sempre damos uma espiadela no retrovisor, seja para comparar com o rádio hoje, seja para entender a história, seja para morrer de saudade daqueles tempos que não voltam mais.
Estamos vivendo uma tormenta em relação ao futuro da comunicação. Estamos no olho do furacão. Este momento é de mudanças e qualquer opinião aqui pode ser tola mesmo que tenhamos motivos para opinar. Explico: Não podemos dizer que um caminho será melhor que outro. Ainda não sabemos o quanto mais em conta sairá esse ou aquele formato de transmissão do velho rádio.
Será a Internet?
Os momentos do início com a Rádio Nacional, o pioneirismo do jornalismo radiofônico com O Repórter Esso, os programas de auditório, as transmissões de jornadas esportivas com ídolos do microfone, o rock nacional nos anos 80, a discoteca nos anos 70, as AMs e FMs de nossas vidas e a trilha sonora na rotina de nossa adolescência, a tradução das músicas que tocaram nossos corações, os locutores inesquecíveis, as músicas feitas sob medida pra gente e a saudade quando colocamos nossos ouvidos pra trás.
As opções de futuro são tantas que ainda não sabemos qual será a melhor plataforma de transmissão. Pode ser a internet, via satélite, transmissão digital ou todas juntas num futuro próximo. Mas o que importa mesmo é ver quantas pessoas com fones de ouvido grudados em celulares, tantas outras rádios na internet que já despontam ou tantas comunitárias fazendo belos trabalhos.
As redes sociais ligadas na rapidez de transmissão do "rádio" (aqui já entre aspas) podem fazer verdadeiros milagres como os vistos nas chuvas que devastam cidades . Em poucos minutos a solidariedade toma conta de microfones e smartphones.
Recordar é bom e necessário. Saber da história é fundamental, mas vamos prestar mais atenção ao futuro. Deixar tudo que passou em diversas caixas e fazer um caminho novo para um rádio mais racional e humano. Podemos e devemos abrir nosso leque de segmentos para opções de entretenimento e informação.
Rádio para terceira idade, para crianças, para todos. Que venha o rádio digital, que suba o satélite, que a internet seja mais acessível e confiável. Que o melhor do rádio ainda aconteça!
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rádio, futuro, comunicação, expectativas