Estou perto dos estudantes por dirigir um curso técnico profissionalizante de comunicação, a Escola de Rádio no Rio de janeiro. Hoje temos que nos adaptar ao ambiente de trabalho e antes de tudo ter a ideia do que vai encontrar nesse ambiente. Penso que isso deveria ocorrer antes da formatura.
Como passar, para os que querem aprender, a realidade do mercado e sua rotina desgastante? Na cabeça do aluno existe a fantasia de ser contratado para uma tarefa de jornalismo na qual não teria habilidades para desenvolver. Descobre-se mais tarde que não consegue ultrapassar a timidez ao falar em público, a dar opinião, ao entrevistar e ser colocado na parede pelo entrevistador e uma forma mágica de se enterrar para sair urgente daquele lugar como faz um avestruz.
O que ocorre é um abismo entre o que se ensina na faculdade e o que se encontra no mercado. As escolas tradicionais não servem para os dias de hoje. Estão preparando pessoas para um mercado que não existe mais. Como entender isso sem deixar a graduação de lado? O aluno precisa saber o quanto ele é importante para o futuro do meio que vai ocupar. Aqueles que apenas estudam para passar de período e não completam suas horas se informando e estudando profundamente sua atividade, correm o risco de serem formados sem aptidão.
Está na hora das faculdades, graduações e pós graduações pensarem no mercado. Caso contrário, continuaremos tendo apenas estudantes profissionais em sala de aula.
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