Em um cenário econômico como este – em meio à crise , em que os anunciantes, em determinados momentos, reduzem a verba, mas mantem a necessidade de resultados - o meio rádio desempenha um papel importante, pois permite a muitas marcas manter sua presença na mídia.
O custo absoluto de veiculação relativamente baixo (comparado a outros meios), a possibilidade de construir frequência, a identificação do público com os comunicadores (aumenta a relevância da mensagem), a dinâmica simples de troca de material (agilidade) e o baixo custo de produção, são alguns dos motivos que podem transformam o meio rádio em uma grande oportunidade de negócio.
Mas esses motivos não garantem a manutenção de todas as emissoras no plano.
Então, o que pode diferenciá-las?
Não quero entrar aqui no mérito de audiência, afinidade, participação no segmento, fidelidade e demais variáveis técnicas, pois estas devem ser avaliadas de acordo com o target, objetivos e mercados a serem trabalhados.
Neste momento, minha intenção é chamar a atenção para abordagem comercial, independente da posição da emissora no ranking.
As equipes comercias, os executivos das emissoras, precisam conhecer a fundo o produto que vendem. Seus pontos fortes, fracos, oportunidades, diferenciais, mas também, precisam estar atentos às necessidades de seus clientes.
Cada vez mais agências e clientes buscam soluções em mídia. Precisamos ir além dos 30”.
É preciso que agência e veículo troquem informações e construam os projetos juntos.
Tempo, dedicação e muito trabalho envolvidos.
Precisamos de executivos e profissionais de mídia preocupados com o negócio do cliente, com a estratégia, com o resultado final.
De como a informação será recebida pelo ouvinte, em que momento, com que frequência. Se a mensagem está adequada com a linguagem da emissora, qual o impacto ela causará.
Mas para isso, o mídia precisa ampliar seu pensamento, dar ferramentas para o executivo trabalhar e este, por sua vez, não pode estar preocupado apenas em bater sua meta comercial.
Sabemos que é um processo muito mais trabalhoso, que dispõe de muito mais tempo, mas por outro lado, são essas ações que tornam possível a manutenção de determinada emissora ou até mesmo do meio no plano final.
Além de levar soluções muito mais assertivas para os clientes, esse modelo de trabalho tira o foco da negociação do desconto e o transfere para a adequação da mensagem/relevância.
Não é uma conversa sobre custo e sim sobre valor. E isso, não tem preço.
Ao final, chegamos em soluções viáveis, rentáveis e que geram resultados.
Por Thatiana Almeida - Diretora de Mídia da Master Comunicação. Material publicado com a colaboração da AERP
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Crise, inovação, mercado, publicidade, rádio, oportunidade, reinvenção