Quarta-Feira, 14 de Fevereiro de 2018 @
Site próprio atualizado, cuidados com o áudio on-line e outros detalhes precisam da atenção por parte das emissoras de rádio
Multiplataforma é a palavra do momento no meio Rádio e ela indica uma forma de agir que é muito importante para uma emissora gerar novas receitas e também oferecer mais conteúdo para a audiência. Grande parte das rádios brasileiras tem atuado de forma efetiva na internet através das redes sociais, o que é muito positivo. Porém tem pontos fundamentais nessa ação de trabalho multiplataforma que precisam de mais cuidados, talvez no mesmo nível da atenção que as rádios possuem com a sua transmissão no offline (AM e FM) e seu conteúdo. E quais seriam esses pontos?
Parece óbvio, mas o áudio via internet é fundamental para uma rádio nos dias de hoje. Mas logo vem o questionamento sobre essa importância, se os números no “offline” são muito superiores ao registrado de forma “online” na maioria das emissoras. Em volume de audiência, o “online” não tem o mesmo peso do que o “offline”, mas a relevância é a mesma. Explico: em muitos casos o áudio via internet é um cartão de visitas para a audiência e também para anunciantes, que procuram por essa “presença online”. E essa busca ocorre em todas as plataformas virtuais possíveis: site da rádio, aplicativo da rádio, aplicativo/portais como o tudoradio.com, redes sociais, etc.
A partir desse ponto é importante considerar que a rádio precisa estar “em todos os locais” do mundo digital. É para ser executada com facilidade aqui no tudoradio.com ou numa plataforma de Smartv, seja também pelo aplicativo da própria rádio ou pelo site da emissora. Vale lembrar que o rádio nasceu e cresceu sendo acessível no dial, ou seja, dificultar o acesso online vai contra a lógica do que é o rádio e também do que é a própria internet. Sendo taxativo: ela precisa ser encontrada e oferecer essa “degustação” online de forma simples e objetiva. Porém o simples não pode ser meia boca, ou seja, o som na internet precisa ser de boa qualidade.
Aí que mora o grande problema da maioria das rádios que estão online. O áudio! A qualidade de som precisa ser equivalente ou superior ao que a rádio oferece no offline, levando em consideração que o custo do online é inferior ao offline para conseguir o aprimoramento do áudio. A partir disso é preciso considerar também o servidor, que será o “transmissor online” de sua programação: do mesmo jeito que a rádio opta por um bom transmissor de FM/AM, ela precisa de um servidor (empresa de streaming) estável, com suporte e que não mude o link de seu áudio (IP do servidor/streaming) com frequência, para não “quebrar” o acesso ao áudio nas mais diversas plataformas.
Plataforma própria X Redes sociais
Outro ponto que precisa de um maior cuidado por parte das rádios é o site próprio. É fundamental contar com um site próprio atualizado ou pelo menos com alguma relevância ao conteúdo levado pela emissora em seu áudio. Explico o motivo: ficar priorizando as redes sociais é um risco, afinal essas plataformas podem mudar suas políticas de uso com frequência, como aconteceu recentemente com o Facebook (que irá diminuir a relevância das empresas de mídia na “timeline” dos usuários).
Por isso é importante manter atualizado um site próprio, assim como aplicativos. Isso não significa que a rádio deva abandonar as redes sociais, mas sim dar o mesmo peso para as suas plataformas próprias. Trabalhar tudo de forma integrada é o ideal, ampliando assim a oferta aos usuários/ouvintes.
Novamente: os agregadores
Já citei aqui a importância dos agregadores de rádio, como o tudoradio.com. Através deles a rádio amplia a sua presença virtual, seja para desktop como também em celulares, com mais presença em buscadores como o Google. Os agregadores também ajudam para que a audiência de rádio na internet continue com o rádio, já que são ambientes totalmente dedicados à essa prática, além de serem mais canais de divulgação das atividades realizadas por uma emissora. Exemplo: além do áudio, os agregadores também “municiam” de acesso outras plataformas das emissoras, como sites, redes sociais e aplicativos.
Mas aqui vai uma dica: não dá para contar com qualquer “agregador de rádio”. Priorize aqueles que possuem uma relevância e confiabilidade no mercado. Também explico o motivo: é importante contar com suporte/contato dessas plataformas, com a finalidade de evitar informações incorretas sobre a rádio, marca, entre outros detalhes. Além do tudoradio.com, plataformas como MobiAbert, Radios.com.br, Tunein, Vagalume, entre outros, contam com equipes próximas das rádios para auxiliar nessas atualizações de dados (links, logotipos, perfis de programação, etc). Também é importante a troca de informações para poder ter acesso e medir a audiência presente nessas plataformas, podendo assim gerar novas receitas para a rádio (afinal, a emissora pode incluir em seu plano comercial esses universos na hora de oferecer à clientes e parceiros).
Precisa ser simples
Novamente sobre áudio e site: precisam ser simples em suas linguagens. Ou seja: atualizados! O padrão é HTML5, sem uso de linguagens como Flash. Aliás, é importante que as rádios abandonem o uso de players em formato Flash ou híbridos. O ideal é sempre a “tag” de áudio em HMTML puro, muito bem aceita pelos navegadores atuais (com destaque para o Google Chrome, atual “dono” da internet). Streaming em servidores Shoucast e Icecast são fundamentais, facilitando o acesso em todas os ambientes digitais possíveis.
Alguma dúvida? Sugestão? Crítica ou situação a ser compartilhada? Escreva para [email protected].
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.