Terça-Feira, 03 de Abril de 2018 @
Preservar o conteúdo de rádio é um dos desafios do setor. Inteligência artificial também deve estar em pauta na NAB Show 2018
É oportuno lembrar da NAB Show 2018 e do grande desafio do rádio é a preservação de seu conteúdo. Observa-se que mais da metade da população brasileira sintoniza a cada semana as suas emissoras locais, com os seus conteúdos locais, algo que também acontece na audiência nos Estados Unidos, principalmente na sintonia nos veículos, com as condições de informações jornalísticas. O desafio também é a questão de pagamentos de direitos autorais, como o ECAD, situações que vem em confronto com o faturamento das emissoras.
Aguarda-se também uma verificação de como abrangente é o mercado de caixas de som inteligente, de como as emissoras devem ser identificadas e consumidas através desses novos dispositivos. Lembrando sempre que as pessoas em suas residências acessam as caixas através da lembrança de seus programas e nomes de suas estações preferidas, prevalecendo a força da marca de uma determinada rádio.
A expectativa da NAB Show 2018 é uma abordagem eletrônica de conceito de inteligência artificiais em todos os setores, desde a edição de áudio/vídeo, todas elas controladas e sugeridas por inteligência artificial, que preparam os seus acessos e mantém as emissoras mais automatizadas.
Também vem a lembrança da sintonia e a empatia que o rádio tem, com o acesso individualizado para cada ouvinte como se fosse único e exclusivo. Isso é muito importante, porque essa preservação, essa parte intimista do rádio não desapareça. Muito mais difícil está a condição da televisão. O rádio conta com os “podcasts”, conteúdo on-demand, isso vem também favorecendo o conteúdo do rádio.
Ainda hoje recebemos uma consulta de uma emissora situada no interior de São Paulo, em um mercado de porte médio (cerca de 200 mil habitantes), onde o proprietário me questionou se deveria continuar com sua programação musical, estação esta que possuí foco no sertanejo e possui atualmente uma relevância considerável em sua área de atuação. Eu respondi que não se pode desconsiderar o aspecto jornalístico que a emissora pode ter, lembrando também que a música segue muito relevante para as rádios, mas que esse peso tem diminuído ao passar dos anos, devido ao maior acesso à outras fontes para se ouvir música. O diferencial do rádio é a sua credibilidade e sua programação auditada em confronto com a onda de “fake news”, o que auxilia na preservação do conteúdo radiofônico.
Aguardamos os radiodifusores brasileiros no Hotel Bellagio na terça-feira (10), com o café da manhã da AESP/ABERT, com a participação do MCTIC através do secretário Moisés Queiroz Moreira, além da presença da Anatel através do presidente Juarez Quadros e o superintendente Vitor Elisio Goes de Oliveira Menezes. Também estaremos presente com a SET 30 no setor norte da NAB Show 2018.
José Eduardo Marti Cappia - Graduação 1979 pela Universidade de Mogi das Cruzes. Engenheiro Eletricista com habilitação em: Eletrônica e Eletrotécnica. Consultor Técnico propagação – Sistemas Antenas FM Shively Labs. Diretor de Radio SET; Liderança Técnica AESP – desde 2011 e Diretor da Empresa EMC Diretor da Empresa EMC – SOLUÇÃO EM TELECOMUNICAÇÕES deste 1991. .