As chamadas "novas FMs", rádios que vieram da faixa AM, intensificaram o movimento de transição neste mês de janeiro, com mais de 660 emissoras migrantes. Idealizada em 2013 e com início oficial em 2016, a migração é uma tendência, já que há mutirão entre as emissoras para assinatura de contrato e abertura de operações dentro da faixa que vai de 88.1 FM para 107.9 FM.
O levantamento é realizado pelo sistema dials
tudoradio.com, que também informa a classe de operação das FMs, caracterizando o porte técnico das estações operantes. Os dados sintetizam a evolução das rádios, que se mostram atualizadas e prontas para entrar em um novo sistema, que apesar de único, permite crescimento e maior igualdade em questão de qualidade. O apontamento é, certamente, um sinal positivo também para a inclusão dos novos meios digitais para a radiodifusão, incluindo em suas programações a extensão da internet.
O que vemos é uma movimentação muito equilibrada das rádios, e não somente das empresas localizadas nas capitais, mas também aquelas em municípios do interior, que antes operavam na faixa AM. Além disso, é considerável que em 2020 o aumento seja mais expressivo, já que há a expectativa da liberação da faixa estendida do FM (FMe, 76.1 FM e 87.3 FM), importante para mercados com grande utilização da faixa FM tradicional, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Brasília, entre outros.
A relevância dessa movimentação da faixa AM para FM é inegável. É chegada a vez da modernização em todos os setores da radiodifusão e as empresas de rádio não poderiam deixar de participar. Acompanhar as tendências e atualizações do meio radiofônico é fundamental para evoluir e seguir em crescimento nos dias atuais, especialmente guiado por meios digitais. Aprimorar o sistema de distribuição e ocupação da rede FM também é um dos caminhos essenciais para unificar as emissoras em uma faixa de operação de porte técnico renovado.
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