Em tempos de coronavírus, a criatividade precisa ser um diferencial do radiodifusor

Vivemos um momento bastante difícil (para não dizer dramático!) que, com toda certeza, acarretará impactos severos na economia mundial e mesmo em nossos relacionamentos interpessoais.

Porém, o imperador romano Marco Aurélio já dizia que ‘o que existe no caminho se torna o caminho’ e, como em outras adversidades, o rádio e a televisão são ainda mais relevantes para a população!

Em tempos de isolamento e muita apreensão, o rádio e a televisão continuam com a missão fundamental de levar informação de qualidade e com credibilidade à população, de forma a mantê-la adequadamente atualizada sobre os fatos e orientando sobre as providências e os cuidados que devem ser adotados.

Portanto, os responsáveis pelas áreas de jornalismo das emissoras possuem a missão fundamental de continuar acompanhando de perto o desenrolar dos fatos, propiciando o cumprimento do binômio direito-dever de informar.

Já o comunicador deve, em momento tão particular, continuar utilizando toda a sua empatia para levar essas melhores informações aos ouvintes e telespectadores, permitindo que a população haja com responsabilidade, mas sem aumentar o nível de estresse desnecessariamente.

Assim, o momento não é o de dispensar os melhores colaboradores, embora seja sim necessário realizar algumas adequações nas condições de trabalho, como a implementação do teletrabalho (home office) e o controle remoto das operações.

Mas como manter essa operação em funcionamento diante das restrições de locomoção e com grande parte do comércio e dos prestadores de serviços paralisado?

Tenho que a solução passa pela criatividade, buscando demonstrar aos anunciantes atuais e a outros em potencial o valor e a eficácia do rádio e da televisão.

As primeiras medições têm comprovado que a audiência tem aumentado a cada dia diante da pandemia do novo coronavírus, especialmente dos programas jornalísticos, a ponto de alguns telejornais terem retornado a patamares de 2011 e 2012.

Com as pessoas em casa, os comerciantes também estão sendo obrigados a inovar e, para levar ao conhecimento da população essas inovações, nada mais eficaz que utilizar o rádio e a televisão!

Assim, que tal um spot que informe que o tradicional restaurante que ficava repleto aos finais de semana e que nesses dias aparenta estar fechado, na verdade agora aceita pedidos por aplicativos como o whatsapp e elaborou um cardápio especial?

Ou bonificar a farmácia ou mercearia, anunciante já habitual, com um testemunhal esclarecendo dos cuidados que a população deve adotar?

Não tenho qualquer ilusão que será fácil, mas certamente será menos difícil para aqueles que optarão por enfrentar as adversidades de cabeça erguida e com criatividade.

E viva o RÁDIO e a TELEVISÃO!”