Sexta-Feira, 25 de Setembro de 2020 @
De repente, meu espaço sagrado foi invadido por um ser minúsculo que paralisou o mundo. O tal SARS-COV-2, vulgo coronavirus.
Nunca imaginei, nem em série da Netflix, que viveria uma época em que algo pudesse impactar tão profundamente toda a humanidade.
Antes da pandemia, 2020 estava no padrão normal do brasileiro que fez pedidos e promessas na virada do ano, embalado por canções e jingles de fé, esperança e renovação.
Melhorar de vida, saúde pra família, um carro novo, uma viagem inesquecível...
Aí esse COVID chega e vira de cabeça pra baixo meus valores, crenças, desejos. E traz de carona o medo, as dúvidas e a tristeza de ver a dor e o sofrimento que ficarão na História.
O silêncio depois de uma explosão devastadora causa vazio e um olhar perdido no tempo e no espaço. Mas também a oportunidade de mudanças de atitudes e mentalidade.
Como disse Frank Zappa, “a mente é como um pára-quedas, só funciona se for aberto.”
Precisamos aproveitar a deixa e amplificar nossas atitudes e iniciativas de gentileza e de solidariedade. E perceber melhor as pessoas ao nosso redor.
É hora de aproveitar e fortalecer nossa esperança nas pessoas e na capacidade de sairmos melhores dessa situação.
E lembrar Renato Russo: “é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez, eu sei.”
A essa altura você se pergunta: “E aí, Felipão, onde o rádio entra nisso ?”. Calma que eu explico.
Recentemente eu ouvi versões de músicas produzidas por três emissoras que me ajudaram a reforçar esses desejos de conforto e esperança. A Liberdade, de BH, com “Dias Melhores”, a Mix com “A Cura” e a 89 Rádio Rock de SP com “Tempo Perdido”.
Elas me tocaram profundamente e serviram para confirmar a força e a importância que o rádio tem nesse momento.
As tradicionais músicas de final de ano das rádios sempre trouxeram esperança em novos tempos e na nossa capacidade de acreditar e reinventar, de amar a vida e o próximo.
Por tudo isso, proponho um desafio a todas as emissoras: antecipem e coloquem no ar imediatamente suas músicas de fim de ano.
O rádio tem a força de transformar a vida das pessoas.
E é disso que a gente precisa aqui e agora.
E que venha 2021 com a esperança no ar !!
#aesperançanoar
Atualmente na Success, empresa de representação e planejamento de mídia para rádios, começou no rádio em 1988 na Antena 1 de BH como locutor e Chefe de promoção, foi diretor artístico das rádios Transamérica, 98Fm, foi proprietário da Mix BH, foi Diretor da Belotur no planejamento do carnaval de rua, produziu grandes eventos da música como PopRock Brasil, Mix Rock Festival, DVD Skank Multishow no Mineirão, Parada Disney e diversos shows nacionais e internacionais. Contato: [email protected]