Bons tempos! Pensando bem... Nem tão bons assim

O locutor liga o microfone com um largo sorriso no rosto e dispara: 
- A primeira ligação para o nosso telefone, fatura ingresso para o show da banda Y e ainda leva o último CD dos caras! 

Saudades desse tempo? Sim e Não! (risos)

Vou explicar primeiro o meu “sim”. Era tudo mais simples! O telefone tocava, o ouvinte gritava feliz do outro lado do telefone, a telefonista já ligava no estúdio e passava o nome do ganhador. O locutor, extasiado, ligava o microfone, pouco depois de 30 segundos depois de anunciar o sorteio, anunciando o ganhador. Ou então, fazia-se uma enorme lista de ouvintes que sonhavam ganhar aquele sonhado prêmio ao final da hora ou do programa.
Me lembro como se fosse hoje, de um cliente que fazia uma ação assim no flash ao vivo. No início (do flash) já se provocava a audiência a ligar para o telefone da empresa para ganhar determinado prêmio, aí discorria o flash, o telefone tocava, a atendente escrevia o nome do ganhador(a) no papel e ao final do flash citava-se o nome do contemplado. Era uma adrenalina e uma ansiedade descomunal! (risos).

Agora, vamos ao “não”. Às vezes as coisas não aconteciam como esperávamos (às vezes só sabíamos do engajamento de um prêmio ou promoção no final), o prêmio ou a promoção não tinha tanta procura assim. Ou simplesmente ao responder a um cliente ou parceiro como está a promoção, a resposta pode ter sido “ah… está bombando!”. Ou então, só tinha-se dimensão de como a promoção foi um sucesso somente no final! (ah, se eu soubesse que estava tão bem assim, teria aproveitado mais a promoção, prorrogado, etc.)
Vamos voltar ao exemplo citado acima. E se o telefone não tocasse? E se naquele exato momento alguma coisa acontecesse com a central telefônica? Uma manutenção naquela rede de telefonia a algumas quadras? Como ficaria a reputação da emissora ou do locutor que estava alí dando a “cara a tapa” ? E qual era o histórico e o aprendizado absorvido de cada promoção?

Convenhamos que esse é um “TBT” um pouco recente, mas de lá pra cá o rádio passou por um amadurecimento, a tecnologia a serviço do rádio foi se aprimorando e aprofundando em todos os departamentos da emissora e passamos a conviver com um “vizinho” com uma grama realmente “extremamente verde”.

Esse vizinho se chama Digital e a sua grama verde, os insights e leads. (para que estejamos todos na mesma página, insights são números que traduzem alcance/engajamento e leads são pessoas que demonstram interesse por algum tipo de produto ou serviço)
Como “camaleão” que é, o rádio soube se adequar e também explorar essa “grama verde” com as suas promoções também voltadas às redes sociais de sua emissora. Isso foi o princípio da Gestão de Rádio orientada à dados.

Hoje com as tecnologias que temos à nossa disposição, é possível entender o comportamento de cada promoção da emissora, corrigir a rota, além do mais importante… entender o que realmente faz sentido para a nossa audiência e monetizar essas ações com base em leads! (embora esse seja um assunto para um próximo artigo).
Com os insights de uma campanha também é possível metrificar o engajamento de um locutor! Citando um exemplo real de promoção recente do Grupo RCN de Comunicação, cada locutor divulgava em seu horário uma senha. O ouvinte fazia o seu cadastro usando esta senha, e no final da semana, eu divulgava o ranking dos campeões da semana e do mês, inclusive com premiação de aumento percentual de cadastros novos. (foi uma disputa saudável, justa e interessante entre os comunicadores!)

Esse é apenas um entre tantos exemplos de promoções com captação de leads, todas em conformidade com a LGPD (lei geral de proteção de dados). Existe um vasto oceano azul na captação e monetização de leads a ser navegado.
Quanto mais você conhecer o seu ouvinte através dos leads e insights, melhores promoções você fará e o mais importante, mais engajado e fidelizado ele será.

Te encontro no próximo artigo pra falar sobre monetização de leads e promoções! ;)