Terça-Feira, 07 de Março de 2023 @
O mercado é muito dinâmico e não ter a velocidade e até mesmo o DNA local para entregar uma experiência quente, sempre foi um calcanhar de Aquiles para o mercado de afiliados. Alguns radiodifusores enxergam isso e até gelam a espinha quando se trata deste modelo de parceria.
Eu, desde quando iniciei nosso trabalho com o Rádio Conteúdo, sempre pensei em como utilizar o melhor que um centro como São Paulo pode oferecer para o mercado, sem limitar o parceiro do outro lado para explorar o melhor do seu local e da sua maneira.
Em todas as minhas apresentações e palestras faço questão de inverter essa situação, dizendo que nossa empresa é justamente um local que é a extensão da empresa assinante, como um hub de criação e produção de conteúdo estratégico.
Nunca tive a vaidade do nome/marca e já provei isso nessa caminhada. O que me deixa satisfeito é ver a empresa que acredita na gente tendo resultado, aumentando faturamento e surpresa com nossas iniciativas.
Lembro de uma certa vez, quando eu trabalhava na Rede Transamérica, e além da locução, fazia um trabalho de produtor sonoplasta. Presenciei um estagiário sem direcionamento e de forma equivocada gerando pela Voz do Brasil as vinhetas para as afiliadas com a frequência de São Paulo - sim, era desta maneira que enviavam materiais para os afiliados - e eu preocupado com os afiliados disse rapidamente que era um erro, porque cada lugar tinha uma frequência. Ele olhou nos meus olhos e disse: Foda-se a rede! Três amigos me seguraram, pois coloquei os meus instintos primitivos em ação para acertar um dos seus olhos.
O tempo passou, veio o amadurecimento, mas ainda me incomoda ver que rádios de todos os tipos, tamanhos e de diversos lugares do Brasil sofrem com limitações para fazer uma rádio mais conectada com o seu público e também há outras largadas sem nenhuma perspectiva de mudar o jogo.
A grande verdade é que não dá pra fazer sozinho, a conta não fecha, não tem mão de obra para todas as demandas. Mas eu sempre acreditei que poderia ser uma rede sem ser uma "rede". No início do nosso trabalho de entrega de conteúdo via satélite utilizei, contra a minha vontade, o termo rede para facilitar o entendimento de que temos a mesma tecnologia de entrega de conteúdo das maiores redes, para tranquilizar aqueles que olhavam com desconfiança para o nosso trabalho.
Os anos passaram e agora não temos que ficar provando se funciona ou não. O fato é que jamais seria possível enganar as pessoas e o mercado por tanto tempo se efetivamente nosso trabalho, que sempre tem como ser melhorado, não tivesse cumprindo com a sua missão.
Eu não quero aqui generalizar. Tem emissoras afiliadas de redes tradicionais muito bem trabalhadas e com ótimos resultados, e parabenizo todos que conseguem tocar, tem o meu respeito. Porém existe sim uma quantidade absurda de rádios que estão machucadas com o modelo impositivo, ou até mesmo largadas sem perspectiva. Tem lugar para todos e é no espaço de ser um parceiro e não cabeça de rede que quero me posicionar cada vez mais.
Já tenho trabalhado desta maneira com os nossos "afiliados" e sei que iremos expandir cada vez mais, deixando isso claro. Proponho um tempo para aqueles que buscam uma oportunidade de fazer diferente para entender o nosso trabalho e juntos, na posição de parceiros e não afiliados, colocar o nosso mercado em outro nível.
Quem quer fazer a diferença?
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