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Sexta-Feira, 24 de Março de 2023 @

Falta rádio Jovem no Brasil

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Nos últimos 30 anos, houve muitas mudanças na forma como os jovens de 15 a 24 anos ouvem rádio e interagem com o meio. Com a internet e os dispositivos móveis, o rádio tem que se adaptar diariamente para manter sua relevância entre esse público exigente e conectado. Talvez por isso, falta rádio jovem no Brasil. Algumas emissoras que antes eram consideradas jovens estão envelhecendo sua programação para buscar um público de 25 a 34 anos. Vamos refletir.

A evolução da audiência de rádio entre jovens de 15 a 24 anos

Para entendermos melhor essa mudança na audiência de rádio, é importante olhar para a evolução do comportamento dos jovens nos últimos 30 anos. Nos anos 90, o rádio era uma das principais formas de entretenimento para jovens e adolescentes, que sintonizavam principalmente estações de música pop e rock. No entanto, com o crescimento da internet, o público jovem passou a ter mais opções de entretenimento e passou a dedicar menos tempo ao rádio.

Na década de 2000, surgiram novas tecnologias que permitiram aos jovens ouvirem música e programas em dispositivos móveis, tornando o rádio tradicional menos atraente. Como resposta, algumas estações de rádio começaram a investir em plataformas de streaming e na produção de conteúdo exclusivo para a internet.

No entanto, com mais opções de entretenimento, o que fez com que o rádio perdesse espaço. Segundo pesquisa realizada pelo Kantar IBOPE Media em 2019, a audiência do público jovem de 15 a 24 anos representou apenas 14,4% do total de ouvintes de rádio no Brasil. Isso mostra que, apesar de ainda haver interesse por parte dos jovens, o rádio não é mais uma das principais formas de entretenimento.

Atualmente, os jovens ainda ouvem rádio, mas de maneira diferente. As estações de música pop e rock ainda são populares, mas estão sendo escutadas mais por aqueles que não são mais jovens.

O que esperar

Com base nas tendências atuais, é provável que os jovens de 15 a 24 anos continuem a usar a internet e dispositivos móveis para consumir conteúdo de áudio e vídeo. As estações de rádio que desejam manter ou focar sua audiência entre esse público devem investir. O investimento básico começa em plataformas de streaming, aplicativos móveis e na produção de conteúdo exclusivo para a internet.

É importante que as estações de rádio entendam as necessidades e preferências do público jovem e adaptem sua programação para atendê-las. Manter um público mais jovem conectado na sua marca é mais difícil e, em alguns momentos, mais caro, pois exige um plano de ação, planejamento e marketing mais agressivo, mas é possível.

A influência do Jovem no consumo da família

Nos últimos 30 anos, houve uma mudança significativa na influência dos jovens no consumo da família, com os mais jovens agora tendo mais poder de decisão. A pesquisa da Kantar Worldpanel de 2019 mostra que os jovens entre 16 e 24 anos já influenciam em 61% das compras dos lares brasileiros.

Uma das principais razões para essa mudança é o acesso dos jovens à informação e às tendências de consumo por meio da internet e das redes sociais. Os jovens também têm mais poder de compra do que antes, o que lhes dá mais autonomia para tomar decisões de consumo e influenciar as decisões da família. No entanto, a influência dos jovens no consumo da família ainda varia de acordo com a cultura e a região.

Conclusão

Embora a audiência do rádio entre jovens de 15 a 24 anos tenha diminuído nos últimos 30 anos, a pesquisa realizada pela Toluna Insights em 2021 mostrou que cerca de 84% dos jovens brasileiros nessa faixa etária consomem músicas e podcasts. Isso indica que há interesse em conteúdo de áudio e que a falta de opções de rádio jovem pode ser superada com estratégias inovadoras adaptadas às preferências do público jovem, como investir em plataformas de streaming, aplicativos móveis e produção de conteúdo exclusivo para a internet.

Portanto, é importante que as estações de rádio entendam as necessidades e preferências do público jovem e adaptem sua programação para atendê-las, mesmo que conquistar e manter essa audiência exija planejamento e estratégias inovadoras. Eu concluo que a afirmação de que os jovens não ouvem rádio não é verdadeira, pois existe uma audiência em potencial, influenciadora em consumo e que precisa de opções adequadas às suas preferências.

Link original: https://mentoriacristianostuani.com/falta-radio-jovem-no-brasil/

Tags: rádio, jovem, audiência, tendências, consumo, emissoras, projetos, formato

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Colunista
Cristiano Stuani

Consultor de Marketing e Professor Universitário no Curso de Administração de Empresas. Formado em Administração com Pós em Planejamento e Gerenciamento Estratégico. Foi Diretor de Marketing e Artístico da Rádio Paiquerê FM 98.9 de Londrina, Gestor de Implantação da Rede Kairós FM, além de atuar como marketing nas Rádios Folha FM 102.1 e Igapó FM 104.5 (ambas em Londrina), com passagem pela coordenação da 98 FM 98.9 de Curitiba (Grupo GRPCOM), marketing da Rádio Banda B AM 550 FM 107.1 de Curitiba, gestão artística da Massa FM 97.7 de Curitiba e de São Paulo (FM 92.9), além de Head de Digital do Grupo Massa de Comunicação.










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