Quinta-Feira, 20 de Abril de 2023 @
Claro que tem a promessa que os vários antecessores fizeram (com resultados que variaram do esforçado ao irrisório) de rever todos os processos parados das emissoras, milhares, tomando poeira nas prateleiras digitais ou ao vivo, lá em Brasília.
Mas aí tem o título deste artiguinho. Sim, eu abordei o ministro na saída do evento. Dei sorte dele estar por um momento livre do tanto de gente que o cercou na maior parte do tempo. Eu me apresentei rapidamente ao ministro Juscelino e sinteticamente fui ao ponto: A grande maioria dos radiodifusores não fazem rádio melhor porque não conseguem ou nem mesmo sabem.
O rádio do Brasil é um retrato do Brasil. Num país em que falta acesso à educação e à cultura, o rádio é feito por gente que pode aprender mais e se desenvolver muito melhor. Mas para isso é necessário fomento. Sublinhei fomento falando com ele também. O Rádio nunca teve acesso a este dinheiro que encharcou a produção de TV aberta, fechada e qualquer outro formato de vídeo.
E este dinheiro, ministro pode sair de uma união de ministérios além da Comunicação. Cultura Educação também tem de entrar na receita deste bolo. A formação e informação têm de atingir a quem trabalha em rádio e isso inclui uma grande quantidade de radiodifusores que também enfrenta os microfones. Fomento significa financiar a produção de conteúdo país afora. Pra isso, capacitar profissionais, abrir horizontes de radiodifusores. Significa ter conteúdo muito melhor para oferecer ao mercado que não seja o estacionamento pago de músicas (não é o caso de discutir este ponto aqui). Gerar cursos, concursos, licitações, seja lá qual for o mecanismo para que o rádio se torne mais atraente, mais informativo, mais relevante.
É um resumo da ideia, apenas. E foi ainda mais comprimida pra o ministro Juscelino , que me ouviu e ...... não me sinto autorizado a dizer o que rolou depois. Mas de verdade fiquei feliz e aliviado por compartilhar ao menos uma parte do que temos conversado há tantos anos no nosso meio.