Terça-Feira, 18 de Julho de 2023 @
Consultor Fernando Morgado defende o rádio e combate aqueles que insistem em duvidar da força dessa mídia
Muitas vezes, o rádio é deixado de lado em estratégias de mídia e substituído por plataformas digitais. Entretanto, a realidade dos números mostra uma situação diferente. O consumo de rádio FM/AM, de acordo com a pesquisa, é de 73%, muito superior à percepção das agências e anunciantes, que imaginavam um percentual de apenas 28%.
Por outro lado, o consumo de Pandora e Spotify com anúncios, segundo a mesma pesquisa, foi drasticamente superestimado. O Pandora com anúncios, que as agências e anunciantes imaginavam ter um alcance de 16%, na realidade, alcança apenas 5% dos ouvintes. Já o Spotifycom anúncios, ao contrário do que pensavam as agências e anunciantes (28%), possui uma presença de meros 4%.
Estes dados evidenciam um preconceito contra o rádio que se baseia em suposições desatualizadas sobre o consumo de mídia e ignora o alcance e a resiliência deste meio de comunicação. O rádio permanece sendo uma fonte confiável de diversão e informação para grande parte da população, e não pode ser negligenciado no planejamento de mídia.
Além disso, o rádio possui características únicas que o tornam um meio de comunicação valioso. Uma de suas grandes vantagens é a capacidade de atingir diversos segmentos de público. O rádio permite um relacionamento íntimo e personalizado com a audiência, proporcionando uma experiência de escuta única que não pode ser replicada por outras formas de mídia.
Outro aspecto positivo do rádio é a sua capacidade de transmitir mensagens simultaneamente para grandes audiências. Em tempos de crises, o rádio se torna ainda mais importante, oferecendo informações rápidas e confiáveis para a população. Isso evidencia o seu valor inestimável como ferramenta de prestação de serviço.
No entanto, para aproveitar ao máximo o potencial do rádio, as agências e os anunciantes devem atualizar suas percepções. É crucial que eles se informem sobre as tendências atuais do consumo de mídia e que considerem o rádio como parte integral de suas estratégias. Isso requer um entendimento aprofundado das necessidades e dos hábitos da audiência, bem como uma avaliação contínua de métricas e práticas.
Além disso, é necessário que haja uma mudança na percepção cultural do rádio. A ideia de que o rádio é um meio antiquado deve ser substituída pelo reconhecimento de sua relevância e eficácia continuadas. Ações educativas e campanhas de conscientização podem desempenhar um papel crucial nesta mudança de percepção.
Repito: é preciso acabar com o preconceito contra o rádio. Este meio segue sendo eficaz e popular. Ignorar ou subestimar o rádio é, na melhor das hipóteses, uma decisão de negócios mal-informada e, na pior, uma falha em se conectar com os consumidores. É hora de dar um basta em percepções obsoletas sobre o rádio e reconhecer, de uma vez por todas, a sua importância para a sociedade brasileira e global.