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Sexta-Feira, 25 de Agosto de 2023 @

Tecnologia não é ferramenta, é cultura

Se sua rádio tem equipamentos modernos, saiba que não é o suficiente se não houver uma cultura tecnológica na equipe

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Por mais que a gente possa dominar a tecnologia nos nossos tempos, nós sabemos que muitas pessoas não têm essa habilidade. Algumas pessoas têm extrema dificuldade em se atualizar na tecnologia; algumas têm dificuldade em trabalhar com a tecnologia e, ainda, há pessoas que têm dificuldades em pensar sobre criações tecnológicas, sobre criações criativas em prol da tecnologia. Isso é facilmente explicável.

A tecnologia não é uma ferramenta; ela não se traduz e não trabalha somente com os aparelhos que nós utilizamos. A tecnologia é uma cultura! Ao longo do tempo, nós vamos adquirindo hábitos diferentes na nossa cultura por conta dos aparatos tecnológicos que vão aparecendo.

Assim como dominar o fogo foi um avanço tecnológico, equipamentos como um simples martelo foi um avanço tecnológico, a revolução industrial foi um avanço tecnológico, a invenção da escrita foi outro avanço tecnológico. Todos esses itens, essas ferramentas mudaram hábitos das civilizações, mudaram hábitos da sociedade ao longo do tempo e fizeram com que o homem trabalhasse de uma maneira diferente, criasse suas coisas de maneira diferente ou fizesse seus serviços de maneira diferente. Tudo isso é considerado tecnologia, a possibilidade de a gente fazer algo disruptivo, de fazermos algo totalmente diferente se a gente não tivesse aquele produto, aquela ferramenta. Isso faz ser tecnológico.

Hoje, nós falamos de tecnologia e podemos facilmente pensar em internet, em algo digital, mas uma pessoa que não tem a mente habituada ainda para trabalhar com a modernidade não consegue fazer um trabalho tecnológico por mais moderno que seja. Então, se nós voltarmos no tempo do domínio do fogo, a pessoa que tem disponível o domínio do fogo, mas ela não sabe o que fazer com aquilo, não vai poder usufruir dessa tecnologia. Sabe acender e dominar o fogo? Sim, mas e daí? Só isso?

Um trabalhador braçal que até muito tempo usava somente as mãos e depois descobre o martelo, ele pode ter aquele martelo, aquele objeto nas mãos, aquela tecnologia, mas se ele não tem a criatividade do que fazer e como fazer um trabalho bem lapidado com aquele martelo, ele fatalmente vai ficar com aquela ferramenta na mão e vai continuar fazendo a sua manufatura sem utilizá-lo.

A pessoa que hoje tem um iPhone, a pessoa que tem o software mais moderno, a versão 5.0, a versão do ano, ou a pessoa que tem o MacBook, enfim, a tecnologia acessível, sem a cultura tecnológica, a inteligência e criatividade tecnológica, fatalmente ela não vai saber fazer aquilo. E no rádio, nós vemos muito isso, haja vista que nós temos hoje microfones, consoles, câmeras com um valor bem acessível e de ótima qualidade. Nós temos softwares para rádio e áudios muito bons, que têm uma viabilidade de navegação muito boa. Nós temos recursos diversos dentro dessa cultura de tecnologia, dentro desses aparatos tecnológicos, mas se nós não tivermos a cultura tecnológica nos profissionais, de nada vale.

Um profissional pode ter o software mais moderno em mãos, mas sem a cultura criativa da tecnologia, ele vai continuar usando as ferramentas digitais para trabalhar de forma analógica.

A gente pode ter a ferramenta mais moderna, mas a cultura digital, a gente não compra! Ouso citar que se tivermos pessoas trabalhando nas nossas emissoras com a cultura digital, com a atividade tecnológica, com a criatividade da tecnologia atual, mesmo que nós não tenhamos as melhores ferramentas, as pessoas vão conseguir encontrar saídas criativas para poder colocar nossas emissoras nos dias atuais, mesmo com pouco recurso, mesmo com poucas ferramentas. Isso porque hoje também a tecnologia permite que nós façamos várias coisas na internet de forma gratuita, com softwares, com aparatos tecnológicos gratuitos, desde chatbots até programadores de postagens de redes sociais, filtros de ruído, entre outros.

Hoje, existe uma comunidade de produtos disponíveis na internet que nos ajuda a fazer uma rádio bem feita, que nos auxilia a fazer uma programação bem feita, e isso a gente só consegue acessar ou criar novas possibilidades a partir daí se nós tivermos cultura digital.

Portanto, vamos pensar um pouco. Será que em nossas emissoras estamos investindo mais em equipamentos tecnológicos ou estamos investindo mais em uma equipe que tem uma cultura tecnológica? Não adianta querermos ter uma rádio super moderna se ela não tiver uma cultura digital.

Tags: Digital, tecnologia, equipe, rádio, planejamento

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Colunista
Bruno Cardial Radialista, Jornalista e Publicitário. Desde 1999 atuando com comunicação e produzindo conteúdos principalmente para rádios, passou por emissoras em Londrina, Ibiporã e Maringá. Foi Gestor Artístico do projeto de migração para FM da Rádio Paiquerê de Londrina e Gestor Artístico na Implantação da Rádio Mix FM Londrina. Coordenador Artístico em Conteúdos e Programação nas rádios do grupo Maringá de comunicação: Maringá FM, CBN Maringá e MIX FM Maringá. Como head de mkt cria e faz a gestão de negócios em comunicação para empresas, produtos, pessoas, serviços e projetos.










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