Sexta-Feira, 13 de Outubro de 2023 @
Por que essa cautela? Porque a IA, com toda a sua destreza, não entende a efervescência de um primeiro amor, a profundidade da saudade ou a energia de um momento único. Ela pode calcular, antecipar e até “interpretar” emoções, mas nunca as sentirá de verdade. E a música, meus amigos, é a personificação da emoção.
E se alguém te falar que é possível automatizar 100%? Bem, tecnicamente é. Mas a sensibilidade humana? Essa sempre fará a diferença. E se esse mesmo alguém insistir no contrário, está claramente alheio à alma da rádio. Não entende o ouvinte. Pois o ouvinte é muito mais do que um simples dado em pesquisas; é uma entidade que precisa ser compreendida nas ruas, sentida nos apertos de mão.
Cuidados primários
Se você está considerando usar a IA em sua rádio, é excelente! Porém, é vital empregar a IA sem perder a essência da música. Aqui vai um guia para te ajudar:
1 – A Essência da Playlist: Automatize, mas mantenha sua essência emocional intacta.
2 – Instruções com Intuição: Ao programar a IA, insira a sensibilidade humana que ela não pode simular.
3 – Balanceando Decisões: Estilo, ritmo, público. Será que a IA capta todas as nuances subjacentes?
4 – Curadoria Ativa: Mesmo com a IA, o toque humano na seleção musical é insubstituível. A IA sugere, você decide.
Você sabia que a música tem poder de cura? Segundo a “American Music Therapy Association”, a música pode ajudar a aliviar a dor, melhorar a recuperação pós-cirurgia e até reduzir os sintomas da depressão.
Você imagina que a música incentiva ao consumo? Um estudo da “Journal of Retailing and Consumer Services” revelou que a música ambiente adequada pode aumentar as vendas em até 9,1%.
É de seu conhecimento que um cantor ou DJ analisa cada reação do público para alterar ou manter sua sequência musical durante um show?
Olha o quanto é delicado fazer uma programação musical.
E você me pergunta: “Cristiano, uma programação musical pode ser excepcional com IA?”. Absolutamente. Já conduzi testes que me deixaram boquiaberto com os resultados. Porém, eis o segredo: mesmo que a IA te ofereça uma seleção quase divina, ela sempre necessitará do discernimento humano, do nosso toque singular. Isso é algo que apenas nós podemos oferecer.
Então, enquanto abraçamos a maravilha que é a IA, e reitero, sou totalmente a favor de sua adoção, é crucial não se deixar encantar por completo. Preserve a intuição e a sensibilidade que apenas nós, seres humanos, possuímos. Automatize, mas saiba quando intervir. Empregue a tecnologia, mas nunca sacrifique sua essência.
Concluindo
Ao final, a IA é uma parceira formidável na programação musical. Contudo, é imperativo lembrar: a música é um portal para a alma, e a alma é um território que a IA ainda não conquistou. Portanto, ao utilizar essa ferramenta, assegure-se de sempre dar o toque final. E eu, que sou um ardente defensor da IA, lhe digo: com equilíbrio e empatia, você conseguirá extrair o melhor de ambos os mundos.
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Consultor de Marketing e Professor Universitário no Curso de Administração de Empresas. Formado em Administração com Pós em Planejamento e Gerenciamento Estratégico. Foi Diretor de Marketing e Artístico da Rádio Paiquerê FM 98.9 de Londrina, Gestor de Implantação da Rede Kairós FM, além de atuar como marketing nas Rádios Folha FM 102.1 e Igapó FM 104.5 (ambas em Londrina), com passagem pela coordenação da 98 FM 98.9 de Curitiba (Grupo GRPCOM), marketing da Rádio Banda B AM 550 FM 107.1 de Curitiba, gestão artística da Massa FM 97.7 de Curitiba e de São Paulo (FM 92.9), além de Head de Digital do Grupo Massa de Comunicação.