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Terça-Feira, 09 de Janeiro de 2024 @

A sua curiosidade pode fazer a diferença para o rádio

A resiliência do rádio e sua capacidade de adaptação vêm de uma base de profissionais criativos e curiosos. E talvez isso seja fundamental para nos adaptarmos ao avanço da IA

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Este é mais um texto sobre IA (inteligência artificial) e o rádio. E, se você está um pouco cansado da repetição do tema, sugiro pensar sobre o assunto com outra abordagem, algo que vou tentar fazer neste artigo. Algo que sempre me chamou a atenção quando surge uma novidade tecnológica é a minha curiosidade em testar o que foi apresentado e, a partir disso, tentar entender como aquilo pode ser útil ao meu trabalho e na minha vida pessoal. Ter medo, ressalvas e até duvidar do que aparece é do jogo, mas a situação fica bem mais clara quando você trata aquilo como algo que você precisa experimentar, até para entender se é útil, fogo de palha, uma ameaça, etc. Acredito que, numa discussão bem parcial sobre IA, a curiosidade pode nos ajudar a entender como essas novidades podem ser úteis ao rádio.

Há muita coisa que é consenso entre especialistas em tecnologia e que me parecem fazer sentido para o que temos hoje: estamos no início ainda de uma eventual revolução digital, onde muitos postos de trabalho serão completamente alterados e outros que sequer imaginamos serão criados. Receios de ampliação de conteúdos falsos cada vez mais realistas, onde podemos perder a noção do que é verdadeiro e o que não é, a velocidade maior com que postos serão extintos na comparação com a criação de novos trabalhos, entre outros temas sociais e éticos, ainda estão muito iniciais nessas discussões e precisam ampliar o seu debate.

Hoje, de um modo muito inicial, ferramentas de IA fazem com que o mercado de trabalho tenha algo claro para o futuro breve (ou agora): pessoas não serão substituídas pelas ferramentas, mas sim por aquelas que utilizam a IA como ferramenta em seus processos. Essas sim podem fazer o trabalho de vários outros profissionais, o que coloca uma necessidade extra de adaptação de todos nós, além de um maior grau educacional, algo que fatalmente será necessário para que possamos ocupar aqueles novos trabalhos que hoje nem imaginamos quais serão.

Dito isso, um primeiro passo para começar a ver isso como uma oportunidade e não uma ameaça, é passar a conhecer as ferramentas já disponíveis. E, a partir de uma boa dose de curiosidade e questionamentos, começar a explorar as principais delas. É claro que não vamos utilizar todas as disponíveis, mas uma experimentação maior talvez nos dê a dimensão do que é realmente útil a você e à empresa em que você atua. E colocar esse auxílio na discussão: quando e como usar, estabelecer internamente políticas do que seria o uso correto desses recursos, entre outros parâmetros para que a tecnologia realmente ajude no dia a dia e incentive cada vez mais a nossa criatividade.

Qualquer discussão sobre regulamentação é válida. Note: a regulamentação não é necessariamente uma proibição. Se bem discutida entre todos os atores envolvidos, e isso inclui nós (eu, você, etc), ela servirá de 'regra do jogo', nos dando segurança sobre quais são os limites éticos, os devidos impactos sociais, entre outros pontos fundamentais. E, independente de qualquer regra que seja estabelecida, ela precisará sempre ser atualizada e aperfeiçoada, pois a tecnologia avança rápido e muito dos efeitos positivos e negativos dela nós só percebemos na prática.

Para o rádio, neste momento (importante colocar essa condição, porque tudo é muito rápido e só temos condições de ser assertivos com o que há hoje de informação), a IA me parece algo que até soa incoerente: incrivelmente perturbadora. Ela já está no dia a dia das empresas de comunicação e sabemos bem que está auxiliando demais em todos os processos. O volume de conteúdo que precisa ser gerado, as necessidades de interação com o público, com os parceiros e outras demandas acumuladas, só crescem e a IA tem ajudado nesses processos, sejam eles mais repetitivos ou até criativos. Mas também já prevemos o que ela é capaz de fazer e que há sim uma necessidade de estabelecer quais serão os limites.

O rádio está aqui, hoje, firme e forte. Mas isso é por sua capacidade de adaptação ao que apareceu depois ao longo de sua longa trajetória. É um meio criativo, feito por pessoas curiosas. Partindo dessa premissa, ouso dizer que podemos ficar mais otimistas com o que pode vir pela frente.

Tags: inteligência artificial, tendências, mudanças, criatividade, tecnologia, rádio

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Colunista
Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.










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