Segunda-Feira, 05 de Agosto de 2024 @
O Poder da Música na Neurociência
Estudos de neurociência mostram que a música ativa diversas áreas do cérebro, incluindo aquelas responsáveis pelas emoções, memória e até mesmo a cura. Segundo um estudo publicado na Nature Reviews Neuroscience, ouvir música pode liberar dopamina, o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e recompensa. Isso explica por que sentimos alegria ao ouvir nossas músicas favoritas (Fonte: Nature Reviews Neuroscience).
Além disso, a musicoterapia é uma área que tem mostrado resultados promissores na cura de doenças. Um estudo publicado no Journal of Music Therapy revelou que a música pode reduzir a ansiedade, melhorar o humor e até auxiliar na recuperação de pacientes com problemas neurológicos?Fonte: Journal of Music Therapy?.
Emoções e Nostalgia: O Papel da Música no Rádio
Quando uma música conhecida toca no rádio, ela pode evocar uma série de emoções, desde alegria até nostalgia. Músicas que fizeram parte da vida dos ouvintes têm um efeito especial, pois estão associadas a momentos importantes e memórias significativas. Isso reforça a ideia de que o rádio deve priorizar músicas conhecidas, aquelas que já têm um lugar cativo na memória dos ouvintes.
No filme Divertida Mente, há uma cena em que a personagem principal, Riley, experimenta uma onda de alegria ao ouvir sua música favorita, ilustrando como a música pode ativar sentimentos positivos no cérebro. A cena mostra a personagem dançando e se divertindo, uma representação visual de como a música pode transformar nosso estado emocional.
A Responsabilidade do Rádio
A programação musical no rádio deve ser tratada com seriedade. A escolha da sequência de músicas pode influenciar diretamente o humor dos ouvintes. Por exemplo, tocar músicas com letras positivas e ritmos agradáveis no domingo à noite pode ajudar a mitigar a tristeza associada ao fim do final de semana. Da mesma forma, na segunda-feira de manhã, uma música que fale de coisas boas, mesmo que lenta, pode ajudar a começar o dia de forma mais positiva.
A grande responsabilidade na escolha de músicas está em entender o impacto que elas podem ter no público. A música não é apenas um tapa-buraco; ela é uma parte essencial da programação e deve ser escolhida a dedo. O rádio não deve tocar músicas desconhecidas ou lado B, mas sim aquelas que ressoam com a maioria dos ouvintes e fazem bem para a maioria.
Conclusão
A música é um elemento poderoso e transformador na vida das pessoas. No rádio, a escolha das músicas deve ser feita com cuidado e consideração, sempre pensando no bem-estar dos ouvintes. Você, radialista, sabe qual música faz bem para o seu ouvinte? Está escolhendo as músicas para agradar ao público ou a si mesmo? A responsabilidade é grande, e a recompensa, imensurável.
Consultor de Marketing e Professor Universitário no Curso de Administração de Empresas. Formado em Administração com Pós em Planejamento e Gerenciamento Estratégico. Foi Diretor de Marketing e Artístico da Rádio Paiquerê FM 98.9 de Londrina, Gestor de Implantação da Rede Kairós FM, além de atuar como marketing nas Rádios Folha FM 102.1 e Igapó FM 104.5 (ambas em Londrina), com passagem pela coordenação da 98 FM 98.9 de Curitiba (Grupo GRPCOM), marketing da Rádio Banda B AM 550 FM 107.1 de Curitiba, gestão artística da Massa FM 97.7 de Curitiba e de São Paulo (FM 92.9), além de Head de Digital do Grupo Massa de Comunicação.