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Terça-Feira, 19 de Novembro de 2024 @

Diz aí: A frequência do mistério: como o rádio nos prende em histórias de crimes reais

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A parte visual das mídias audiovisuais tem o seu apelo, mas não é à toa que a comunicação apenas por voz ainda faz sucesso: há algo único e especial em acompanhar histórias de true crime pelo rádio.

O rádio é o segundo meio de comunicação massiva mais antigo do mundo, ficando atrás somente dos jornais de papel. A tecnologia teve suas origens no final do século XIX, e dominou a maior parte do século seguinte. Mesmo com o advento da televisão e da internet, o rádio manteve sua importância.

Isso significa que todos os acontecimentos históricos passaram pelo rádio, incluindo as duas Guerras Mundiais. Numa época em que os jornais estavam sempre defasados por transmitirem informações do dia anterior, o rádio entregava notícias imediatas, permitindo o crescimento do bom jornalismo.

É aí que entramos no segundo ponto principal desse texto: os crimes. É parte do trabalho jornalístico lidar com assuntos de violência e interesse público, o que hoje nós conhecemos como “true crime”. O nome pode até ser novo, mas a história do true crime é longa e está diretamente associada ao rádio.

Um artigo publicado pela ExpressVPN apresenta um panorama mais completo, citando o sequestro do filho do aviador Charles Lindbergh como o primeiro grande true crime do rádio. Nos tópicos abaixo, nós vamos explorar em detalhes a história dos crimes reais no rádio e nos podcasts. 

A história do true crime nos rádios

O primeiro grande caso de true crime que moveu uma nação, segundo o artigo da ExpressVPN, foram os assassinatos de “Jack, o Estripador”, só alguns anos antes da invenção do primeiro rádio comercial. Tudo o que veio depois foi contemplado por esse meio de comunicação, o que é verdade até hoje.

No Brasil, o true crime no rádio teve (e ainda tem) uma relação estreita com o que chamamos de “jornalismo policial”. Gil Gomes é de longe o nome mais marcante, com sua voz distinta, perfeita para o rádio, mas a qual encontrou espaço também na televisão. O interesse público sempre foi massivo.

Atualmente, a internet alcança quase a totalidade dos lares brasileiros, mas ainda há espaços onde o rádio é o principal meio de comunicação. Em todos os lugares do país, o interesse pelo que é mórbido se mantém, o que pode ser explicado por alguns fatores que vamos abordar um pouco mais adiante.

Podcasts e o legado do rádio

Os podcasts tiveram seu início praticamente ao mesmo tempo que a internet, mas o formato só se solidificou em 2000, ganhando o nome pelo qual o conhecemos hoje. Por se tratar de um meio de comunicação exclusivamente focado no áudio, o formato deve muito ao rádio, incluindo o true crime.

Se no rádio o que é comum são notícias ao vivo sobre crimes reais, nos podcasts há um tipo de análise mais detalhada e atemporal, o qual não pede o imediatismo. Na verdade, o oposto é preferível: um caso já finalizado e antigo pode ser estudado de maneira mais profunda e atraente para os podcasts.

É claro que, assim como no rádio, o true crime não é o único assunto explorado pelos podcasts, mas é possivelmente o mais popular de todos. Um levantamento feito pela plataforma Listen Notes afirma que o número de podcasts no mundo extrapola os 3 milhões, com uma parcela sendo sobre true crime.

O sucesso contínuo do true crime no rádio 

Alguns parágrafos atrás nós questionamos as razões pelas quais as pessoas se interessam pelo true crime no rádio, o que pode ser explorado melhor aqui. O artigo da ExpressVPN cita razões como curiosidade, controle do medo, sensação de preparo, fascínio pelo mal e processamento de emoções.

Aliado a isso, há elementos de influência social e cultural, os quais diferenciam a forma como o rádio brasileiro trabalha o true crime em contraste com o rádio estadunidense ou o japonês. Cada país tem a sua cultura de jornalismo sobre crimes reais, algo que independe do meio onde a notícia é abordada.

Embora o true crime seja cada vez mais frequente em mídias de vídeo, o apelo do rádio permanece, muito provavelmente pelo seu aspecto íntimo, como se alguém estivesse lhe contando uma história. Sem efeitos especiais e distrações, o áudio continua sendo a melhor maneira de explorar o true crime.

Vale ressaltar que, apesar do podcast desempenhar papel similar ao rádio tradicional, ele não é um substituto ou mesmo um concorrente direto. Enquanto o rádio é transmitido ao vivo, os podcasts são programas gravados, o que imediatamente elimina o elemento “em tempo real” que valoriza o rádio.

Em todo caso, e como explora o artigo da ExpressVPN, o true crime continuará fazendo sucesso na internet, o que significa que o rádio se adapta ao meio. 

*Por Sandro Maciel


Imagem de Jonathan Velasquez no Unsplash

Tags: podcasts, histórias, rádio novela, true crime, áudio, digital, rádio, on demand

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