Prospecção não é sobre você – e esse pode ser o seu maior erro

Parecia simpático. Objetivo. Profissional. Mas, na prática, quase nunca gerava retorno. E eu comecei a me perguntar: por que minha mensagem, ainda que educada e clara, não criava conexão?

Foi aí que entendi uma chave essencial: prospecção não é sobre mim. É sobre o outro.

Essa mudança de perspectiva foi transformadora. Em vez de abrir com o que eu oferecia, comecei a olhar primeiro para quem eu queria alcançar. Investiguei. Estudei os vídeos que a produtora divulgava, analisei as marcas envolvidas, percebi o estilo de locução que usavam — mais jovem, mais institucional, mais descontraído...

E então minha mensagem mudou. Passei a dizer algo como:

"Vi que você produz vídeos com uma pegada jovem e dinâmica. Acabei de gravar algo nessa linha, posso te mandar pra ouvir?"

Simples, direto — mas, dessa vez, com propósito e personalização. Mostrava que eu havia escutado, que entendia o que ele ou ela precisava. E só depois oferecia algo.

A diferença? Engajamento.

A resposta agora vinha. Às vezes com um “pode mandar sim!”, outras com uma troca que abria espaço para relacionamento.

Prospecção de verdade não é sobre empurrar um portfólio. É sobre gerar conexão. E essa conexão nasce quando a gente escuta antes de falar.

Por isso, se você também está tentando "se vender" e não está obtendo retorno, talvez esteja falando demais sobre você — e pouco sobre quem está do outro lado.

A lição que aprendi e que divido aqui é simples: pare de tentar parecer útil. Comece a mostrar que você é a solução.