Uma pesquisa recente divulgada pela Jacobs Media, uma das maiores referências internacionais no estudo de tendências de mídia, trouxe um dado que não surpreende quem vive o dia a dia das emissoras: cerca de 90% das pessoas afirmam ouvir rádio tanto quanto ou até mais do que antes. Em um cenário marcado por transformações digitais, plataformas de streaming e redes sociais, esse número fala alto — e reafirma a força do rádio como um dos meios mais resilientes e confiáveis da comunicação moderna.
O rádio segue onde sempre esteve: no carro, no celular, em casa, no comércio de bairro, nos fones de ouvido. Mas mais do que estar presente fisicamente, ele permanece relevante no imaginário e na rotina das pessoas. É o companheiro das madrugadas, o parceiro do trabalho, o alívio no trânsito e, sobretudo, uma fonte de informação confiável, acessível a todos os perfis de audiência.
Em tempos de excesso de conteúdo, de fake news e de sobrecarga de estímulos, o rádio oferece algo essencial: clareza, agilidade e credibilidade. E é por isso que continua sendo o meio preferido de quem busca se informar com rapidez e confiança. O rádio entrega o que as pessoas precisam — e faz isso com linguagem direta, proximidade afetiva e espírito comunitário.
No Rio Grande do Sul, esse vínculo é ainda mais forte. Nossa tradição de rádios locais atentas às demandas da comunidade, ao noticiário regional e à cultura do estado reforça essa conexão afetiva. As emissoras gaúchas não apenas informam: elas pertencem à vida das pessoas.
Como presidente do SindiRádio, tenho convicção de que esse cenário é fruto da capacidade de reinvenção constante do setor. Temos investido em tecnologia, modernização das estruturas, capacitação das equipes e adaptação aos novos hábitos de consumo, especialmente no digital. A transmissão em tempo real nas redes sociais, a integração com aplicativos e o conteúdo sob demanda são exemplos de como o rádio tem se transformado sem perder sua essência.
Seguiremos defendendo e promovendo o rádio como instrumento estratégico de comunicação social, ampliando o diálogo com anunciantes, governo e sociedade civil. O rádio é — e continuará sendo — uma ponte entre o que acontece e quem precisa saber, entre o local e o global, entre a emoção e a informação.
Mais do que resistir à era digital, o rádio a incorporou. E, com isso, continua pulsando forte no coração de milhões de brasileiros.
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