Quarta-Feira, 10 de Setembro de 2025 @
Mesmo com os aplicativos de navegação, o rádio continua sendo companhia indispensável ao motorista ao explicar os acontecimentos nas vias e compartilhar a experiência de quem também vive o trânsito
Contexto e empatia.
O rádio oferece contexto da informação. Muitas vezes, você até já sabe que há um tráfego maior que o normal à frente, mas não tem exatamente o porquê. Os apps notificam obras, acidentes etc., mas não trazem muito mais do que isso.
O rádio explica o que houve e, muitas vezes, o que fazer também. Rotas alternativas, informações atualizadas, ou seja, contexto.
A outra característica: empatia. Como o locutor, o repórter, também vive o que o motorista está vivendo, eles trazem, além do contexto da informação, a capacidade de se colocar no lugar do motorista, não só se solidarizando com ele quando o trânsito está ruim, como manifestando no ar o sentimento que o motorista tem quando algo atípico está acontecendo.
Esse pequeno detalhe cria uma conexão que é um grande diferencial entre motoristas e comunicadores através do rádio. Por isso, mesmo com aplicativos, o serviço de trânsito continuará relevante no rádio.
Para finalizar, uma pequena história: em abril de 2025, um caminhão tombou e interrompeu uma rodovia federal em Santa Catarina. Eu tinha dois amigos trafegando pela rodovia naquele dia.
Um deles ouviu no rádio, com contexto e empatia, que a pista demoraria horas para ser liberada. Ele parou num posto e esperou. Outro amigo, que ia com app de música e app de trânsito, seguiu e ficou preso no trânsito sem saída, comida e banheiro por horas. Ah, o celular descarregou. Quem fez companhia com ele de lá em diante? O rádio.