Bets ampliam investimentos no rádio e impulsionam mercado de iGaming no Brasil

Segundo dados do Ministério da Fazenda referentes ao primeiro semestre de 2025, o país conta com 182 marcas de bets autorizadas e 17,7 milhões de apostadores. A receita bruta de jogos (GGR, na sigla em inglês) foi de R$ 17,4 bilhões. Já a Statista projeta que o faturamento dos aplicativos de cassino no Brasil crescerá 37% até 2029.

Esses números ajudam a explicar outro dado impressionante: as empresas de jogos e apostas foram as que mais ampliaram seus investimentos publicitários no país. De acordo com a Kantar IBOPE Media, o setor aumentou a compra de mídia em 47% entre 2023 e 2024. Jogos e apostas já formam o terceiro segmento que mais anuncia na TV brasileira, conforme projeção da Tunad referente a setembro de 2025. E há oportunidades para todas as demais mídias, inclusive o rádio.

Rádio ganha protagonismo no crescimento do iGaming

Leonardo Sampaio, CEO da Todos Querem Jogar (TQJ), empresa de iGaming do Grupo Silvio Santos, revelou informações valiosas sobre esse cenário. Em uma publicação recente no LinkedIn, destacou o alto desempenho de conversão do rádio, especialmente no Norte e no Nordeste, regiões com enorme potencial de crescimento para o setor de apostas on-line.

A eficácia do rádio, no entanto, também se confirma nas demais regiões do país, inclusive no Sudeste, que concentra 46,93% do mercado nacional de iGaming, segundo relatório produzido por Otávio Esteves, gerente de mídia e performance da TQJ. Essa força se traduz em ações inovadoras com resultados concretos.

Um dos melhores exemplos vem de Minas Gerais. A Nova Sertaneja, rádio FM nascida em Divinópolis e que desde julho de 2024 também opera em Belo Horizonte, possui três estúdios móveis, verdadeiras rádios sobre rodas, modernas e muito bonitas. Com eles, a emissora se aproxima ainda mais do público e realiza projetos especiais para os anunciantes.

Um desses anunciantes é a KTO, que, além de ter spots ao longo da programação, utiliza os estúdios móveis da Nova Sertaneja, com equipamentos e equipe técnica incluídos, para transmitir, ao vivo do Mineirão e da Arena MRV, as lives dos influenciadores patrocinados pela marca nos dias de jogos dos principais clubes mineiros. Trata-se, portanto, de um negócio que vai muito além do tradicional pacote de mídia: abrange infraestrutura e serviços, dois elementos que precisam integrar cada vez mais o portfólio das rádios, pois criam fontes de receita e proporcionam margens de lucro interessantes.

Por que o rádio é um meio estratégico para o setor de apostas

A KTO está tão satisfeita com os resultados obtidos que, além de renovar seu acordo comercial com a Nova Sertaneja, encomendou mais quatro estúdios móveis para ativar em outros pontos do país. Vale lembrar que a KTO é, historicamente, uma das empresas de iGaming que mais confia no rádio como meio de comunicação, conquistando posição de destaque no mercado graças a um planejamento de mídia muito mais eficiente do que o de outros players que desperdiçam verba em canais com menor ROI (sigla em inglês para retorno sobre o investimento).

E por que o rádio é tão estratégico para as bets? Porque reúne três atributos especialmente valiosos para essas marcas: (1) capilaridade, ao alcançar todas as regiões do país, inclusive o interior, onde o potencial de crescimento da receita bruta de jogos é ainda maior; (2) credibilidade, já que o rádio é consistentemente apontado pelas pesquisas como a mídia em que os brasileiros mais confiam, característica essencial em um setor como o de iGaming; e (3) forte afinidade com o conteúdo esportivo, que ocupa papel central nas grades das emissoras e constitui uma das bases do próprio mercado de apostas.

Com a aproximação da Copa do Mundo, o iGaming tende a crescer ainda mais, e o rádio pode, e deve, ser protagonista desse movimento. As emissoras que souberem oferecer entregas completas e diferenciadas, unindo mídia e outros serviços de comunicação, estarão na linha de frente de um dos mercados mais dinâmicos e lucrativos da atualidade.