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Segunda-Feira, 20 de Setembro de 2010 @ 00:00

Marcos Bortoni

Teste

Salve, salve amantes do rádio no Brasil inteiro. Estamos de volta como sempre, papeando sobre rádio e com mais um colega nosso das Minas Gerais, Belo Horizonte. Marcos Bortoni hoje nos conta um pouquinho da sua carreira, as oportunidades de viver e trabalhar em São Paulo, além de um momento trágico que foi vítima de um sequestro relâmpago. Vale a pena dar uma olhada aqui no Entrevistas.
 

Marcão Bortoni. Tudo bem meu rei? (Risos)

(Risos) Grande Tubaraum. Tudo bom sim. Em primeiro lugar, obrigado pelo convite, viu? É uma honra fazer parte da sua coluna de entrevistas.
 
Que nada. Conta um pouquinho da sua vida aqui pra gente. Onde foi que começou a sua carreira no rádio?

Na minha cidade, Juiz de Fora, na época com 14 anos. Hoje eu já tô com 30, então, já tem um tempinho que o rádio faz parte da minha vida.
 
Já tinha idéia de que essa seria a sua vida profissional?

Olha, eu nunca tinha pensado que o rádio seria meu ganha-pão. Mas, desde criança, ouvia muito rádio. Minha família sempre teve o hábito de ouvir rádio. Minha mãe, por exemplo, sempre ligou o rádio logo cedo, por volta das 7 da manhã e só desligava na “Voz do Brasil”. E, em alguns dias da semana, ela abandonava as novelas para ouvir mais rádio. Assim, fui ficando apaixonado. Mas àquela época, ainda não pensava nisso como profissão. Aos meus 12 anos, isso em 1992, a Transamérica estreou em Juiz de Fora. Até então eu só ouvia as rádios que minha mãe gostava, rádios populares. Mas quando a Transamérica entrou em Juiz de Fora fiquei apaixonado e comecei a pensar muito em ser radialista. Comecei a escutar também a concorrente direta, a Rádio Cidade, esta até hoje uma rádio jovem de grande audiência na região. Lembro-me que em 1994, dois locutores de Juiz de Fora, o Aloísio (hoje não tenho notícias) e o Luciano Oliva (atualmente na Jovem Pan de São Paulo) deram um curso de locução. Na chamada que rodava na Rádio Cidade era prometido um estágio na rádio para os melhores alunos e lá fui eu fazer o tal curso. Assim que terminou, comecei a fazer contatos nas rádios. Fiz um teste na Transamérica de Juiz de Fora e entrei na rádio. Eu tinha 14 anos na época.  Hoje, acho engraçado pensar em um moleque de 14 anos trabalhando. (Risos)
 
Você já tinha uma outra atividade antes da profissão?

Nada. Eu estava na oitava série. (Risos)
 
Quais foram os seus inspiradores no começo?

Putz! Muita gente. Na verdade não tive aquela pessoa específica que me inspirou. O rádio como um todo me inspirava. Mas vou falar daqueles profissionais que admiro muito, ok?
 
Opa, pode ser sim ...

Lui Riveglini, Tina Roma, Telma Emerick, Gislaine Martins, Ana Martins, Emílio Surita, Ricardo Sam, Marcelo Braga, Marcelo Eduardo, Banana, Fábio Félix, Ruy Balla, Ronaldo Resende, Ricardo Henrique, Jonas, Gleyson Lage, Danilo e Bonan da Metrô, Waguinho da 89, JC, Rod Becker, Windson Clay, a galera da Transamérica: On, Israel, Anderson. E os caras que ouvia em Juiz de Fora: Joe, Gil Horta, Morango, Enilson, Douglas, Marcelo Café (não é o de SP)... admiro muito também o Beep, que foi meu chefe na Rádio Vida em SP e me ensinou muito, mesmo sem saber que estava me dando verdadeiras aulas. Gosto também da Renatinha da Transamérica de BH, Cássia da BH FM, Gilbert e Antonélio da 98. Admiro muito também, a equipe que está comigo na Jovem Pan de BH, tenho orgulho por tê-los escolhido. Todos muito talentosos (mesmo!): Henrique, cara que tem um vozeirão e um caráter excepcionais, a Beth, locutora que fiz questão de trazer pra Jovem Pan, além do Rafael Zoqbi, um cara que o Brasil inteiro ainda vai descobrir. Na minha opinião, um dos melhores do país. E, sem puxar saco, tem o Geraldo Limírio. Admiro-o pelo caráter e pelo amplo conhecimento que tem sobre tudo na rádio. Ele é o superintendente da Jovem Pan de BH e sabe de tudo: artístico, comercial, promocional, técnica. Só pra você ter idéia, ele não deixa ninguém regular o áudio da Jovem Pan, só ele. E a Pan tem o melhor som de Belo Horizonte. Além do quê, devo minha experiência como coordenador de programação à confiança dele em mim.
 
Que beleza! Mas e as suas passagens em rádios paulistanas?

Bom, fui pra São Paulo e fiquei apenas 1 ano por lá. Trabalhava de 14 às 18 na Transamérica Pop pra São Paulo, e de 20 à 00h na Rádio Vida FM. Gostei muito de ter trabalhado em São Paulo, especialmente pelos amigos que eu fiz por lá. Tenho muito carinho mesmo pelas pessoas que conheci em SP e esta foi a maior dificuldade em voltar pra BH. Mas acho que tive um ciclo vitorioso por lá. Trabalhei com ícones do rádio, pessoas que eu ouvia durante minha adolescência em Juiz de Fora. Enfim, foi muito bom. E aprendi muito convivendo e ouvindo as rádios paulistanas. Foi muito bom pra mim profissionalmente.
 
E por que você retornou para Minas?

O Geraldo, superintendente da Jovem Pan, me convidou para assumir a Coordenação Artística da rádio. Como esta é uma função que nunca havia exercido antes, achei que deveria aceitar e aprender com esta nova oportunidade. Sem contar que financeiramente, seria bem melhor. (Risos)
 
Entendi. Tem saudades de São Paulo?

Muita! Tenho saudade das cervejadas com o pessoal da Transamérica. Sabe, o ritmo de vida de São Paulo não é pra qualquer um: trânsito sempre engarrafado, leva-se muito tempo pra chegar ao trabalho, mas, apesar disso, a convivência era tão boa que às vezes me pego sentindo muita falta. Tanto que nas duas férias que tirei aqui, corri pra São Paulo, exclusivamente para rever meus amigos. Foi apenas 1 ano, mas muito intenso! Só quando estava vindo embora, por exemplo, fiz umas 5 despedidas. O Rodrigo On da Transamérica ainda brincava “vamos na sétima despedida do Bortoni?” (Risos)
 
Você é de Juiz de Fora, não é? Já trabalhou em alguma rádio por lá?

Sim, sou natural de Juiz de Fora, o que os belo-horizontinos costumam chamar de “carioca do brejo”, mas isso não é verdade! Não mesmo. Somos mineiros, comemos pão-de-queijo, falamos uai, porém, o futebol é carioca... só isso! (Risos) Mas voltando à sua pergunta, trabalhei na Transamérica, Rádio Cidade, FM Itatiaia e gravava na Alvorada FM.
 
Como é a luta pela audiência em Belo Horizonte?

Desde quando vim pra Belo Horizonte, sempre fui Jovem Pan. E a luta é dura, já que temos ótimas rádios por aqui. Por isso, buscamos sempre pensar em alguma coisa nova, promoções diferenciadas, sermos os mais interativos e próximos o possível. Sempre seguindo e aproveitando todo o know-how da Rede Jovem Pan. Buscamos fazer a Jovem Pan com seu reconhecido padrão nacional, mas com a cara e a essência de Belo Horizonte. E tem dado certo, graças a Deus!
 
A que horas é o seu programa?

Fico no ar de 8 às 10 da manhã de segunda a sexta e, depois, fico na rádio cuidando de assuntos internos.
 
Bortoni, fiquei sabendo que você passou por maus lençóis com um assalto, seqüestro relâmpago recentemente e te levaram tudo em Belo Horizonte. Está tudo bem com você agora?

Nossa! Cara, você pesquisou mesmo antes de fazer esta entrevista, hein? (Risos) Bom, foi um momento terrível. Achei que fosse morrer. Ser rendido por bandidos sem saber que horas – e se – eles vão te soltar é uma experiência absurda. É um sentimento de impotência e uma angústia indescritível. Meu sequestro foi um dos piores momentos da minha vida. Também tive problemas de voz por causa disso, enfim, digamos que passei por maus momentos, mas que agora estou bem. Obrigado pela preocupação.
 
Que bom que tenha se recuperado. Apesar disso, lembra de algo curioso na profissão que sempre ti traz ou trouxe muita alegria?

Lembro-me de coisas que já me trouxeram muita vergonha, mas que hoje gosto de contar. Os meus micos... (Risos)
 
(Risos) Ah! Todo mundo do rádio, sempre tem os seus “famosos micos”.


Então, uma vez, apresentando um evento pela Rádio Vida, o Beep (coordenador da rádio) falou no meu ouvido: “vai lá no palco e apresenta o Maurício (não sei o sobrenome)...” E eu fui. Depois de jogar algumas camisas da rádio, falei “E agora com vocês, Maaarcelo...” Quando olhei pro lado, o Beep falava “É Maurício, jegue...” Eu então disse: “quem quer mais bonés e camisas da Rádio Vida? Agora sim, Maaaaurício...” (Risos) Ou quando, na Jovem Pan, antes de ir pra São Paulo, estava com uma ouvinte no ar e perguntei a ela se ela já tinha comprado o presente pro Dia dos Pais e ela respondeu “não, ele já morreu”. E eu, vermelho, disse “que pena, você vai perder a promoção da TIM”. (Risos)
 
(Risos) Muito espirituoso você, hein? Achas que todo profissional do rádio deveria tentar trabalhar nas grandes cidades, mesmo por uma temporada como foi com você?

Tuba, as grandes cidades têm mais habitantes, o que traz mais interesse e  investimento das empresas. Este investimento faz toda a diferença no trabalho em qualquer área. E no rádio não seria diferente. Nas capitais a concorrência é maior, o que obriga que as emissoras invistam, melhorando muito a qualidade do rádio como um todo. Mas, individualmente, acredito que cada um deve saber bem o que deseja e correr atrás. E isso não quer dizer necessariamente trabalhar em BH, Rio, Brasília ou São Paulo. Pelo contrário, o cara pode ser muito mais feliz em uma pequena cidade. Existem casos de pessoas que trabalham em grandes cidades e não são bem sucedidas e outras que trabalham no interior e são um sucesso. Depende mais do indivíduo, do querer fazer. Aquele cara esforçado, “antenado” e humilde sempre vai fazer a diferença, esteja ele onde estiver.
 
Qual a sua imprensão positiva e negativamente do rádio hoje em dia?

O rádio sempre me impressionou positivamente pela capacidade que tem de mexer com as pessoas. Nós gostamos de criar promoções diferenciadas na Jovem Pan, por exemplo, e o resultado que obtemos com elas sempre nos surpreende. A força que o rádio tem, mesmo em época de internet, MP30, essas coisas... Aliás, encarar a internet como parceira e tirar proveito dela, ao invés de temê-la é uma fórmula que estamos usando bem aqui na Pan. Porém, paralelamente a isso, o rádio, segundo veículo de comunicação mais consumido, amarga as menores verbas publicitárias. E, para piorar, vemos emissoras que, ao invés de tentarem juntas melhorar o mercado para todos, vendem anúncios pela metade do preço, dão inserções gratuitas, diminuindo o dinheiro para todas as emissoras. Mas, por sorte, as maiores e mais profissionais não adotam esta prática.
 
Gostaria ou recomendaria que seu filho seguisse a mesma carreira?

Ainda não tenho filho, mas se tivesse, deixaria que ele trilhasse seu próprio caminho, como eu decidi o meu. Minha família queria que eu fosse médico, advogado, etc...
 
Entendi. Me diz o que você conquistou, está conquistando e gostaria de conquistar num futuro próximo com a sua carreira.

Bom, estou crescendo muito como pessoa e como profissional. Hoje vejo que nem tudo que eu pensava estava certo, que às vezes era injusto com algumas pessoas por imaginar que fosse tudo mais fácil. Hoje, vejo que estava errado.
A cada dia aprendo uma coisa nova, vejo algo que não tinha pensado. Aliás, a cada dia me cobro pensar em coisas novas devido à rádio. E isso vai me tornando um profissional mais completo. Isso me satisfaz... claro que uma boa estabilidade financeira também é bem vinda, mas não posso me queixar disso.
 
O que tem ouvido ultimamente em casa?

Cara, eu ouço a Jovem Pan o dia todo. Da hora que acordo até a hora de dormir. Analiso música por música pra ver se estão virando bem, se a programação está bem montada, etc... De vez em quando ouço as concorrentes, mas não gosto de ouvi-las por muito tempo para que eu não me deixe influenciar por elas. É sempre aquela história de achar que o do vizinho é melhor que o seu, né? Então, só passo e leio sobre as demais rádios, apenas para atualizar-me. Foco minha atenção ao que pode ser melhorado na Jovem Pan. Mas, nos momentos em que decido me desligar um pouco do rádio, aí sim coloco os sons que gosto: Men At Work, Direstraits, Tears For Fears, Jamiroquai, essa galerinha... sou velhinho, né? Gosto de música de veio mesmo. (Risos)
 
Um conselho bacana, para os mais novos na carreira?

Corra atrás dos seus sonhos. Se é isso que você quer pra você, nunca desista, mesmo quando levar um não. E hoje eu posso dizer isso: se você deixou um piloto em algum lugar e não foi chamado, nem sempre o cara não gostou de você. Pelo contrário. No meio de tantas coisas para fazer, às vezes ninguém teve tempo de analisá-lo. Por isso, insista. Eu digo isso porque antes de entrar na Transamérica de São Paulo, mandei vários pilotos. E nunca desisti. A Gislaine Martins, sabe bem disso. (Risos)
 
Dá pra se aprender rádio na escola, na faculdade ou precisa ter o dom?

Acho que deve se ter o dom, mas os cursos podem sim melhorar sua desenvoltura. Agora pra quem não tem o dom ou resolveu de última hora ser locutor, acho meio difícil...
 
Você está participando de algum projeto de comunicação em universidade?

Não, nunca fui convidado.
 
Marcão, que bacana foi conversar com você! Quero te agradecer demais a sua disponibilidade de papear com a gente aqui do site. Espero que tenha gostado. Já fazia um tempo que estávamos combinando, lembra?

É verdade mesmo, mas é a correria de sempre e gostei demais desse momento aqui com vocês do Tudo Rádio. Eu que agradeço pela paciência de ler respostas gigantescas e, é claro, pelo convite, Tubaraum. E parabéns pelas entrevistas do site. Valeu mesmo. Abraço a todos.
 
Bate-Bola Rápido 
 
Eu sou: um cara apaixonado pelo rádio
Mas poderia ser: um pouco menos ansioso
Jovem Pan FM: minha casa, minha vida e não é da Caixa Econômica (Risos)
Um fone: o meu SONY V 600
Um microfone: um Newmann, mas qualquer um bem equalizado, tá valendo
BH x SP: duas cidades que amo muito. Parecidas em muitos aspectos, completamente diferentes em outros
Time do coração: Brasil na Copa de 2014, vale?
Amor: já faz 4 anos que tenho um grande
Música especial: cada uma em seu momento
Um arrependimento: não costumo me arrepender de nada que já fiz, apenas do que deixei de fazer
Uma grande lembrança: as farras com meus amigos
Um sonho: ser rico e comprar a minha rádio. Falou que era pra sonhar...
Sou grato ao: Pedrão, Enilson, Morango, Marquinhos, Geraldo Limírio, Gislaine, Ruy Balla, Luís Guilherme e Ricardo Beep pelas oportunidades que já me deram ao longo da minha vida
Mais amigos ou colegas: todo mundo tem mais colegas, mas eles também são importantes. Nem que seja pra tomar uma cerveja...
Esporte: sou sedentário ao extremo.
Marcos Bortoni by Marcos Bortoni: um cara que gosta muito de amigos, bares, baladas e RÁDIO

Tags: Jovem Pan 2

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Rodrigo Viriatto

Rodrigo Viriatto, conhecido no meio como Tubaraum. Quatorze anos como locutor, profissional formado. Atualmente está na Sete Colinas FM em Uberaba/MG, mas já teve passagens por algumas rádios da cidade e região do Triângulo Mineiro. Futuro jornalista, tem 34 anos de idade e é mineiro de Itaúna.










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